Diante da dor dos outros

Diante da dor dos outros Susan Sontag




Resenhas - Diante da dor dos outros


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Clarissa 18/02/2023

Susan Sontag provoca e conduz o leitor a estar diante de si quando está diante do outro. Um livro que traz críticas importantes e nos sensibiliza ao que podemos já estar a naturalizar por aí.
Emocionada com a profundidade dessa autora.
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Luís Gustavo 03/02/2024

Estamos menos sensíveis?
O livro é um enorme convite a pensar a fotografia jornalística e, mais do que respostas, estimula inúmeras perguntas: (1) por que algumas fotos de tragédias são expostas exaustivamente e outras não?; (2) por que fotos de soldados estadunidenses mortos não mostram rostos, enquanto de outras nacionalidades, principalmente as ?exóticas?, sim?; (3) Por que existem museus da Shoah nos EUA e não um museu da escravidão?; (4) Por que fotos de guerras são publicadas da forma que são?; (5) É válida a afirmação de que o grande número de imagens/fotografias trágicas nos torna insensíveis?

Sontag mobiliza uma série de referências para pensar essas questões, de forma direta e clara.

P. 42: ?[?] fotografar é enquadrar, e enquadrar é excluir.?
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Nica 01/03/2023

Tem que tá preparado
É uma leitura bem densa, bem pesada sobre guerras e os efeitos da guerra.
Não é grande, ainda bem, mas é bem extenuante.
Ler ele junto com "Quadros de Guerra" da Butler da um diálogo interessante.
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Cintia295 16/07/2022

Imagens que ferem, o livro trata basicamente sobre o que uma imagem por exemplo da guerra e qual a nossa relação e reação ao vê-la.
Achei bem interessante e super rápido de ler.
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Cibele 02/05/2013

Não vou resenhar o livro, apenas dar uma opinião pessoal. O livro me fez pensar como estou vendo as notícias que tenho acesso ou que não tenho. E como lido com a impressão de fotos onde mostram a agonia de quem morreu ou esta morrendo e sofrendo sobre o julgo de outro. "... uma foto mostra um cadáver de um homem ou uma mulher, tão mutilado que poderia muito bem ser de um porco, sua ideia é que a escala do morticínio na guerra destrói aquilo que identifica as pessoas como indivíduo, e mesmo como seres humanos. Isso, está claro, é como a guerra parece, quando vista à distancia, como uma imagem." (pag. 54.)
A preocupação moral com imagens, o sofrimento irrevogável a quem devemos julgar, de quem é a culpa? E como parar? São perguntas que se repetem. O livro me deixou com a sensação de que somos todos convenientes com o infortúnio dos outros, está lá, é de certa forma distante. Também me deixou a sensação que sofremos mas não é o bastante para parar a barbárie que o mundo é, como se o ser humano estivesse fadado a sempre cometer a violência sobre o outro dependendo da circunstância.
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PAULINHO VELOSO 25/12/2022

Um outro olhar
Uma leitura gostosa, não muito fácil, que remete a reflexões importantes sobre
o ato de fotografar a partir do Fotojornalismo de guerra. É um passeio histórico, ético, jornalístico, filosófico e artístico. Uma leitura completamente diferente do que havia lido.
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Anna intimista/yt 28/02/2021

Por quê?
Eu não acredito que alguém leia este livro e não termine com lágrimas ?. Me senti hipócrita. Por dirvesas vezes. Susan, toca na ferida e esfrega nossa cara no asfalto sem dó. Terminei esse livro em live, que faço no canal no YouTube. E tive que me conter para chorar. Porém ao desligar a câmera. Fiquei em posição fetal.
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kiki.marino 05/03/2021

Uma frase ou melhor um trecho da bíblia que ouço desde sempre e de alguma forma sempre retorna em reflexão pra mim é: "Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará",dita em um contexto de um tempo futuro.Mas a guerra,violências, conflitos sempre fez parte da história humana,assim como a empatia e indiferença ao sofrimento.

A primeira parte reflete a percepção e registro da guerra na mídia com o advento da fotografia.
Seu texto não diz nada novo,mas é pontual e reflexivo, abre novas discussões sobre como o "nós" contemporâneo não sabe lidar com a realidade do sofrimento e usamos a imaginação e o hyper realismo (fotorrealismo e outras vertentes da arte,consumo cultural...) para "espetacularizar" e torna-la mais palatável aos nossos sentidos com a justificação da violência.

Em "Isto é um homem" do Primo Levi ele também aborda suas seus preocupações com o "esquecimento " do Holocausto e outros genocídios ,já que a o nazismo era uma máquina de propaganda em manipulacao midiatica,reduzindo humanos a números em uma contagem.

Ele também discursa sobre memória e reflexão e sobre dar voz à àqueles quê não puderam falar,aos anônimos das fotografias,pois a História inevitavelmente se repete...

Na segunda parte Sontag faz uma breve descrição e análise iconográfica do sofrimento na arte e literatura e seu impacto no jornalismo. Sontag aqui usa essa nova percepção do sofrimento através de fotografias de guerra e seu uso, seja estético ou social,informativo,publicitario,politico (manipulativo)...para criar uma "verdade". A vulgaridade do pathos social.

A nossa questão atual é ainda não perder contato com a realidade e nossa humanidade, ser mero expectador e testemunha envoltos nesta modernidade.

"Los demas somos voyeurs, tengamos o no la intencion de serlo" 
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Christiane 24/07/2021

Trata-se de um ensaio sobre a questão da fotografia sobre temas que chocam, fotos de guerra,conflitos, e sobre a questão ética e efeitos de suas publicações.

Sontag nos traz um percurso histórico desde o tempo dos desenhos como Goya em relação a invasão da Espanha pelos franceses até os dias atuais. Os primeiros fotógrafos de guerra, as fotos tiradas no local e as que são encenadas. Ela se questiona qual seria a função e a necessidade de mostrar ao público estas fotos.

Com a recente publicação da foto do garotinho sírio morto numa praia que foi veiculada em todos os jornais e redes sociais, é uma questão importante. Sontag levanta a questão também do direito da família, mas sem deixar de frisar que estas questões normalmente surgem quando se trata de alguém branco e ocidental, por que ninguém questiona isto quando se trata de uma foto de uma menina morrendo de fome na Etiópia, por exemplo.

Como reagimos diante da dor do outro? estaremos realmente insensibilizados devido ao excesso de veiculação de imagens? ou as imagens ainda podem chocar e levar a ação? A foto das crianças fugindo de uma aldeia no Vietnã resultou num protesto maior contra esta guerra e acelerou seu final.

Eu pessoalmente acho que é necessário que a verdade surja, que seja veiculada, para nos tirar do comodismo, apesar de que sei que quando se está em segurança o efeito não é o mesmo do que para aquele que está vendo ou vivendo o que a foto nos traz. Mas o ocultamento dos fatos também não é bom. Por outro lado um dos pontos é que muitas vezes mudamos de canal ou deletamos a foto porque não podemos fazer nada a respeito. O que eu não concordo é que nos ocultemos sob a ilusão de que isto primeiro só acontece lá longe, e segundo que ignoremos estes fatos tristes e dolorosos. Concordo que provavelmente a foto não traga grandes mudanças, mas eticamente falando, você já não pode se desresponsabilizar sob a ignorância do fato.

A foto do pequeno sírio resultou em vários protestos na Europa para que os países acolhessem os emigrados, refugiados.

Um outro ponto importante levantado por Sontag é a questão do reconhecimento pelo outro da dor que se sente. Quem sofre quer ser reconhecido, e não consolado pelo fato de outro sofrer tanto ou mais que ele, precisa do crédito disto pelo outro. Que seu sofrimento não seja banalizado, exemplificado, mas visto e reconhecido.

Quem não está numa guerra e nunca passou por ela não consegue nem mesmo pela imaginação saber o que é isto, e na maioria das vezes nada podemos fazer, mas não podemos nos ocultar sob isto.
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cat ð 09/07/2021

Quebra a cabeça
Reflexões muito boas, mas me perdi em alguns momentos pois a autora apresenta bastante coisa. Gostei bastante e pretendo refletir melhor sobre o que li
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Carol 20/04/2020

Impressões da Carol
Lido: Diante da dor dos outros {2003}
Autora: Susan Sontag {EUA, 1933-2004}
Tradução: Rubens Figueiredo
Editora: Companhia das Letras
112p.

Considero Susan Sontag uma das ensaístas mais brilhantes do século XX, capaz de trazer ao debate questões, até então, adormecidas. É isto que ela faz em "Diante da dor dos outros", de forma magistral.

Neste ensaio publicado em 2003, logo após o 11 de setembro, Sontag reflete sobre o impacto das fotografias de guerra na nossa percepção sobre o Outro e seu sofrimento. Como ela afirma, sucintamente, "a compreensão da guerra entre pessoas que não vivenciaram uma guerra é, agora, sobretudo um produto do impacto dessas imagens."

Um texto rico que possibilita diversas deliberações por parte do leitor. De minha parte, consigo extrapolar alguns dos pontos levantados para nossa situação atual, não de guerra, mas de pandemia.

É notório que parte da população rejeita o jornalismo sobre o COVID-19. Frente aos números crescentes de infectados e de mortos, optam por se alienar, "isso não acontecerá comigo, nem com minha família". É um sentimento muito humano, compreendo, mas não passa de umbiguismo, de negação.

É como o efeito 'Morgan Freeman' - se eu não falar sobre racismo, ele deixa de existir; se eu não me informar sobre a Guerra na Síria, não há guerra; se eu não ler sobre o vírus, ele vai desaparecer. Retomo Sontag, que atesta: "ninguém, após certa idade, tem direito a este tipo de inocência, de superficialidade, a esse grau de ignorância ou amnésia."

A partir de qual momento nos tornamos indiferentes a fotografias, a notícias, a informações? Num mundo como o nosso, saturado, a noção de coletividade deteriorou-se. Precisamos sair desse individualismo em prol do bem comum.

Escrito há quase duas décadas, "Diante da dor dos outros" continua repercutindo. Grifei diversos parágrafos, concatenei vários pontos. Um livro que me trespassou e indico fortemente. Meu único senão foi a falta de imagens, nesta edição. Leiam o livro com o Google aberto.

"A compaixão é uma emoção instável. Ela precisa ser traduzida em ação do contrário definha."
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Conry Mapel 19/01/2022

Imagens que ferem
Um conjunto de ensaios sobre fotografia de guerra que abordam várias questões, dentre elas a manipulação das imagens, o contraste fascínio-repulsa proporcionado pelas fotografias de guerra, a perda de sensibilidade frente a exposição constante da violência no cotidiano e, no que se refere aos EUA, cabe bem a frase "pimenta nos olhos do outro é refresco". Uma leitura pequena mas intensa.
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Jennifer.Fonseca 31/05/2022

adorei a escrita da autora e quero mt ler mais livros dela, esse me fez refletir mt e sai da minha zona de conforto
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Priscila 17/07/2022

Que livro!
Sontag ganhou meu coração com esse livro. Sua perspectiva, seu esclarecimento, sua escrita contundente sobre fotografias de guerras e a insensibilidade humana diante da dor dos outros é magistral. Esse livro me ensinou a ser mais sensível aos demais, fez-me sentir raiva da humanidade, fez-me mais consciente de que é preciso questionar toda a história que nos foi contada e mostrada em fotografias.

É um livro inteligentíssimo que acredito ser necessárias inúmeras releituras. Abismada com a erudição dessa mulher.
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Paula 14/06/2020

Ebook ?
O livro e mesmo ótimo em suas reflexões. No entanto, aí citar inúmeras imagens de fotografias famosas, o livro não apresentava nenhuma . Portanto não conseguia saber do que exatamente a autora falava, na maior parte do livro. De qualquer forma, o livro é muito bom.
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