A cor da ternura

A cor da ternura Geni Guimarães




Resenhas - A cor da ternura


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Núzia 06/09/2015

A Cor da Ternura
A mãe sentava-se na cadeira, tirava o avental e amamentava a menina não tão pequena para precisar do peito materno. Alimento para o corpo ou jeito simples de confessar o amor diário?
"- Mãe, a senhora gosta mim?
- Ué, claro que claro que, filho.
- Que tamanho?
- Assim."
Para a menina, o tamanho certo do amor equivalia à extensão dos braços da mãe.
Geni é a penúltima filha de uma família de oito irmãos. De origem negra e pobre, percebe muito cedo o peso da cor e da condição social.
Negritude se apaga? E se esfregasse na perna tijolo triturado, mistura certa para retirar carvão do fundo das panelas? O sangue jorrou quente, vermelho da cor da vida, da liberdade e da consciência da desigualdade dos homens.
Crescer negra num lugar onde branco substitui o preconceito pelo paternalismo.
O tamanho certo da vontade de lutar pode ser medido pela extensão dos braços da mãe?
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