Isabela 24/06/2015
Sensível, mas real.
Confesso que comecei a ler duas vezes A amante de Brecht, ambas infelizes. A terceira vez foi melhor e não parei até o final, sendo uma leitura de apenas dois dias. Em primeiro lugar, escolhi o livro por sorte; em segundo, o resumo do marcador de página do livro era interessantissimo, afinal, falava de uma Alemanha dividida entre EUA, URSS e o legado nazista. Amette tratou o romance com uma introdução cheia de recheio e o desenrolar nutrido de luz. Incentivando a criatividade e, sobretudo, a curiosidade, o livro me conquistou desde quando parei para lê-lo. Dando uma visão oposta à didática e à crítica política, "A amante de Brecht" se marcou para mim como um romance seco, sem o encanto dos livros que acostumei a ler. O começo é duro e o final mais ainda. Mas também como não seria duro se o autor decidiu narrar em meio ao século XX?
SPOILER "Perambulou pelas alamedas de um mundo pacífico, familiar e habitável. [...] Abriu o portão de casa, o jardim cheirava bem". Depois de tanto se sofrer numa vida que nao resultou em brilho, Maria merecia se preocupar apenas consigo mesma, cuidar apenas de si.