Resenhas - Bandidos, profetas e Messias - Movimentos populares no tempo de Jesus

RAGGI0 15/03/2022

ACHEI UMA LEITURA MUITO DIFÍCIL
Este livro é um documento de excelente qualidade, redigido por historiadores muito bons, e, por sinal, o trabalho de pesquisa deles é muito interessante, no entanto, eu acho que a leitura poderia ser mais fluida.

Denso e de uma leitura complexa, os movimentos populares do tempo de Jesus são explicados pelos autores com a maior quantidade de detalhes possível, o que, por mais confiável que seja, historicamente falando, tornou a narrativa, em diversos momentos, um tanto enfadonha e repetitiva. De fato, os autores alegaram, logo no prólogo, que o livro não seria destinado à pessoas comuns, mas seu público alvo seriam os acadêmicos de teologia e sociologia judaica.

No mais, acredito que é necessário um grande conhecimento bíblico para entender a leitura de forma mais contundente. Este livro, definitivamente, não foi escrito para quem nunca leu a Bíblia, o que, no meu caso, como pesquisador desta área há anos, é algo que me fez querer ler ainda mais.

Acho, sinceramente, que faltou, aos autores, falar um pouco sobre os movimentos cristãos em contraste com os outros movimentos de Bandidos, Profetas e Messias, visto que ambos, em determinado período da história, aconteciam ao mesmo tempo, no entanto, fiquei extremamente satisfeito com a espécie de resumo que havia a cada final de capítulo, bem como com a conclusão do livro, que reuniu todo o estudado durante o livro, fazendo um paralelo direto com Jesus de Nazaré.

_Du_ 08/03/2011

Um dos fatores importantes no cotidiano e movimentos populacionais na palestina da época de Jesus estava ligado às ações da massa camponesa. Impelida abandonar seu estilo tradicional de vida. Pressionada por fatores econômicos, religiosos e culturais, a massa camponesa adotou estilos de vida mais ofensivo engrossando assim as fileiras da revolução que resultou na guerra de 66 a 70 d.C.
O quadro sócio - econômico na palestina no século primeiro d.C. Foi muito mais complexo do que se tem suposto. A deterioração do estilo de vida e a insustentabilidade das famílias devido à pressão exercida pelas classes dominantes judaicas e o Império Romano levou a vários movimentos, do bandidismo camponês aos sicários, mais organizados e munidos de propósitos.
Essa é a intenção Horsley e Hanson, apesar da escassez de informação e a tendenciosidade da Flávio Josefo, pintar com cores vivas as condições sociais, econômicas e religiosas que resultaram em tipos diferentes de movimento que culminou na revolta de 66 – 70 d.C.
Muito boa leitura.