Todos os Fogos o Fogo

Todos os Fogos o Fogo Julio Cortázar




Resenhas - Todos os Fogos o Fogo


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booksdalaus 24/11/2023

Todos os Fogos o Fogo
Estas histórias de "Todos os fogos o fogo" – algumas simétricas, outras paralelas e simultâneas, estas tecidas por associações de ideias, aquelas contraponteando tempo e espaço, umas concêntricas e, assim, em oposição às evocativas, quando então a memória envereda por espiralados volteios – há que destacar, sempre, a força de persuasão do escritor. Persuasão que integra o leitor de tal modo na narrativa que o torna um seu participante, que o faz cúmplice do que lê e do que vive.
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Leonardo.Rodrigues 03/09/2023

Que livro bom!
Cada conto desse livro é um soco no estômago diferente. Mostram, cada qual do seu modo os diferentes fogos que acometem a humanidade. O "Autoestrada do Sul" é talvez um dos melhores textos que já li em muito tempo.
Pandora 30/01/2024minha estante
O desfecho desse conto me arrebatou de um jeito...




Renato 28/08/2022

Me surpreendi. Realmente Cortázar pode ser intitulado como um mestre dos contos. O que mais me chamou a atenção é que cada um dos contos se apresenta como uma unidade autônoma, com pouca ou nenhuma concatenação com os demais. Isso me surpreende porque penso que não seja fácil ao autor se desvencilhar das demais histórias para criar uma ou várias diferentes das anteriores.
Espero ter a oportunidade de ler outras obras do autor em breve, especialmente ?O Jogo da Amarelinha ?.
Francisco240 01/09/2022minha estante
Amei demais sua resenha padrinho


Renato 01/09/2022minha estante
Obrigado ??




Renata 09/02/2021

Esse livro que reúne oito contos foi a escolha pra me introduzir na escrita de Cortázar. Devo dizer que a escolha de palavras é excepcional e que a leitura é bem fluida. Gostei bastante
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djoni moraes 03/06/2020

Todos os Fogos o Fogo, uma introdução à escrita de Cortázar.
É muito difícil falar de uma coletânea de Cortázar sem antes falar um pouco da minha relação com o autor. Quando era muito jovem, ainda na escola, fui apresentado a este incrível autor, e já fiquei, desde então, deslumbrado pelo seu jeito único de escrever. Lembro-me muito bem quando comecei a ler "Rayuela" (em português: O Jogo da Amarelinha) e fiquei simplesmente embasbacado.

Todos os Fogos o Fogo é uma coletânea oito contos bem breves que dão um "gostinho" do que é ler Cortázar. Tem alguns contos que, na minha opinião, foram um pouco arrastados, mas outros foram realmente desenvolvidos com maestria. Não irei falar sobre cada um dos contos (tem algumas resenhas aqui que já falam a respeito); mais importante do que isso, acho que seria falar NÃO ACHE QUE CORTÁZAR É SÓ ISSO!
Eu sei que pode ser confuso às vezes ler um conto que é narrado por duas pessoas ao mesmo tempo, ou ler outros nas quais acontecem duas histórias paralelamente e confluem para um fim único, mesmo distanciadas cronologicamente por séculos (que é o caso do conto homônimo, Todos os fogos o fogo). No entanto, vale a pena conhecer outras obras do autor. Acho que esta coletânea serve como introdução à leitura de outras obras, principalmente "O jogo da Amarelinha", que é bem mais complexa na sua construção, mas que tem alguns elementos em comum: a fantasia e a irrealidade, o surrealismo e a cotidianidade, o pensamento e o grito, a ordem e o caos, tudo acontecendo ao mesmo tempo de uma forma que, mesmo que pareça desorganizada, apenas expressa uma entropia própria.
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Ratinha de Biblioteca 28/03/2020

Bom, mas confuso!
Sempre ouvi falar do autor Julio Cotázar que é um autor de difícil leitura mas que valhe o esforço. Creio ter de concordar com o consenso geral! Esse pequeno livros de contos te prende, pois as histórias são instigantes. Mas, em muitos deles, há mistura de falas de personagens e até de histórias, em um mesmo pequeno conto. O que por vezes me forçou a reler trechos, para compreender melhor. E há uma sensação de angústia, de algo iminente (e de que não será boa coisa...) que permeia todos os contos. É um autor que desperta vários sentimentos no leitor, mas um com certeza não: indiferença!
Marcos.Azeredo 22/05/2020minha estante
Ele muito bom contista.


Ratinha de Biblioteca 22/05/2020minha estante
Verdade! Gostei muito e agora fiquei curiosa para ler O jogo da amarelinha.




Erica 19/02/2020

Gostei bastante, pois são contos que me prenderam sempre que começava a ler
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Alexandre.Tardin 12/04/2019

“Todos os Fogos o Fogo” (Julio Cortázar):
Nesse livro reúne oito contos do escritor argentino Julio Cortázar, mestre do conto curto e da prosa poética, e neles temos como principal característica a perda da noção de tempo.

1º) “A Autoestrada do Sul”: Na minha opinião esse é o melhor conto do livro, que é aberto em grande estilo. Nele um colossal engarrafamento dura dias, em uma estrada de volta para Paris logo após um feriado, e nessas circunstâncias o calor, a sede, a fome, o frio, entre outras sensações começam a tomar conta das pessoas. Com isso grupos se formam para tentar superar essas adversidades, e imersos em uma rede de boatos pois ninguém sabe o motivo desse enorme trânsito, mantém vivos a sua vontade de viver. Dentro desse contexto o melhor e o pior que existe dentro de um ser humano floresce, e essa convivência caótica determina relações de poder em busca da sobrevivência. Sensacional!

2º) “A Saúde dos Doentes”: Para preservar a saúde da mãe, seus filhos e tios escondem o falecimento de um dos filhos dela. Porém, com o tempo essa farsa vai ficando difícil de ser ocultada, e essa piedosa comédia continua a existir até o final dos dias dessa senhora. Outro conto de muita qualidade, e seu desfecho é inusitado demonstrando o enorme talento de Julio Cortázar.

3º) “Reunião”: O narrador desse conto é Ernesto Che Guevara, porém ele não é identificado pelo seu nome. Somente quem conhece um pouco sobre essa figura, e também sobre a história da Revolução Cubana conseguirá identificá-lo. Nele Che Guevara atravessa uma crise de asma, e no meio de tantas incertezas provenientes durante essa revolução, ele devaneia seus pensamentos entre diversas questões.

4º) “A Srta. Cora”: Esse conto é fantástico não pela história em si, mas pela forma como o autor o conduz. A história é de um garoto que está internado em um hospital e se prepara para uma cirurgia, porém fica muito acanhado com a presença de uma bela e jovem enfermeira chamada Cora, que acaba o perturbando com a sua presença (quem não queria uma enfermeira que nem a Cora?). Somente esse enredo poderia propiciar um belo conto, mas o que me chamou atenção foi a sua estrutura. Em um texto contínuo o autor vai mudando os narradores, ou seja, narra o texto através do ponto de vista de diversos personagens, e isso é feito sem interrupções sequer de parágrafos (há parágrafos com três narradores diferentes). Surreal.

5º) “A Ilha ao Meio Dia”: Esse conto é um pouco místico, pois envolve um pressentimento de Marini, um comissário de bordo, no qual três vezes na semana sobrevoava a ilha grega de Xiros exatamente ao meio-dia. Marini começou a ficar atraído por Xiros, e passou inclusive a pesquisá-la de maneira intensa, sendo chamado por alguns pilotos de “o louco da ilha”. Mas será que essa atração por Xiros era por acaso? Esse é outro conto onde o seu final é magistral e inesperado.

6º) “Instruções a John Howell”: Nesse conto Rice que era um simples espectador de uma peça de teatro se torna ator dela mesmo, tudo isso acontecendo de maneira inusitada, e nos bastidores acaba se transformando em John Howell. De uma hora para outra terá que entrar no palco e desempenhar seu papel, e todo esse imbróglio ocorre de maneira frenética, sem parágrafos.

7º) “Todos os Fogos o Fogo”: Conto que dá nome ao título do livro, e curiosamente achei que foi um dos mais fracos, mesmo sabendo que muitos leitores o veneram. Nele duas histórias são contadas de forma paralela, sendo que uma se passa no Império Romano e a outra em Paris no século XX. As histórias se desenrolam de maneira vertiginosa, e ambas vão se intercalando com os eventos sendo narrados de maneira curiosa. Com certeza é mais um conto desse grande escritor argentino, no qual o surrealismo está presente.

8º) “O Outro Céu”: Essa é a história de um sujeito que lembra de suas andanças e vivências no mundo da prostituição, onde inclusive acaba se apaixonando por uma meretriz. Dentro dessa atmosfera de prazer e de luxúria, a tensão invade esse recinto, isso porque um estrangulador de mulheres começa a atacar deixando todos inquietos. Por esse motivo esse rapaz abandona sua vida de devassidão, e retorna para uma rotina pacata e até certo ponto medíocre. Nesse novo panorama começa a pensar em quem vai votar ou se votará em branco, ou então simplesmente ficará em casa tomando chimarrão e olhando para as plantas.

Para quem gosta de surrealismo e de contos do realismo fantástico essa obra é um prato cheio, e dificilmente o leitor se decepcionará com essa coletânea de contos, repleta de qualidade e de finais inusitados.


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Cris 20/03/2018

Ótimo
“Na verdade, não me incomodo de não entender as mulheres, a única coisa que vale a pena é que elas gostem da gente.” Pág. 84

Este livro do escritor argentino reúne 8 contos diversos com histórias contemporâneas.

O primeiro conto, “A autoestrada do sul” pra mim foi um dos mais interessantes. Um grupo de pessoas fica preso em seus carros em um congestionamento caótico na volta de um feriado prolongado para Paris. Neste tempo, este grupo se une para conseguir sobreviver ao caos, e temos pessoas de todos os estilos. Vemos como eles formam uma comunidade, onde cada um assume seu papel em benefício de todos, mas também vemos os pensamentos egoístas que todos nós trazemos. Simplesmente genial.

No segundo conto, “A saúde dos doentes”, temos uma família que tenta de todas as formas esconder da mãe doente a morte de um dos filhos. Eles acabam se enrolando cada vez mais e envolvendo cada vez mais pessoas na mentira, e o final é cômico. Adorei.

O terceiro conto é “Reunião” , e narra as agruras de soldados em um combate numa guerra. Eles ficam na angústia de saber se a outra parte do grupo sobreviveu ou não. Gostei da narrativa, porque gosto de histórias de guerra, mas não me empolguei muito com essa história.

No conto de nº 4 - “Senhorita Cora”, temos um doente adolescente que se interna em um hospital para um procedimento simples, mas acaba tendo que ficar mais tempo do que o esperado aos cuidados da Enfermeira Cora. A forma como o autor conta a história é muito interessante, ele muda o narrador da história sem aviso prévio, e você tem que ler com muito cuidado para não se perder na narrativa. Muito bom!

O conto número 5 é “A ilha ao Meio-dia” e conta a história de um comissário de bordo, que todos os dias em sua rota de trabalho sobrevoa o mesmo lugar no mesmo horário: uma ilha na Grécia que exerce um verdadeiro fascínio nele. Eu adorei esta história e fiquei pensando nas descrições lindas do mar e da ilha, o final foi arrebatador.

O sexto conto, “Instruções a John Howell”, foi o que menos gostei. Um homem vai assistir a uma peça de teatro e sem perceber acaba fazendo parte dela. Eu achei bem confuso.

O conto número 7 é “Todos os fogos o fogo” e conta duas histórias de amor paralelas, que eu não gostei muito também.

O último conto - “O outro céu” também é um dos que menos gostei. Conta a história de um rapaz que relembra sua vida regada a prostituição, amores bandidos e bebedeiras. Não me sintonizei com a história.

Eu adorei a escrita do autor, a escrita dele é muito envolvente, mesmo nos contos que não apreciei tanto. Em cada história ficou uma mensagem importante. Com certeza quero ler outras histórias do autor.

“Estava em Xiros, estava ali onde tantas vezes duvidava que um dia pudesse chegar.” Pág. 101


site: https://www.instagram.com/li_numlivro/
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Henrique Fendrich 05/03/2018

Principalmente nos primeiros contos, salta à vista a capacidade de Cortázar em produzir textos fluentes, com ritmo e envolventes, de maneira que a leitura flui com muita naturalidade. Isso se dá tanto pela estrutura da narrativa como pela escolha vocabular.
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Breno Vince 03/05/2016

Para aprender a gostar de ler os clássicos
Um livro muito fácil e agradável de ler. Todas as histórias, de modo geral, foram interessantes e envolventes, embora umas mais que outras. Vale ressaltar que são 8 (oito) histórias: (1) Auto-estrada do sul, (2) A saúde dos doentes, (3) Reunião, (4) Senhorita Cora, (5) A ilha ao meio-dia, (6) Instruções a John Howell, (7) Todos os fogos o fogo, e, pro fim, (8) O outro céu. As melhores e mais comoventes histórias, em minha opinião, são 1, 2, 4 e 8. É uma leitura bastante agradável (o primeiro conto, no começo, me lembrou um pouco "ensaio sobre a cegueira", de José Saramago) e que não chega a cansar. É bem verdade que algumas são melhores que outras, mas, em minha opinião, nenhuma história é ruim. As piores merecem três estrelas e, em minha opinião, Senhorita Cora é a melhor e chega a merecer cinco estrelas, de modo que 4 estrelas fica justo pelo conjunto.
Marcello 30/08/2017minha estante
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Aninha 23/12/2013

Contos deliciosos!
"... as mensagens que realmente importam estão, em dado momento, aquém de qualquer palavra." (página 127)



Ler os contos de Cortázar é um deleite pra alma.

Essa obra reúne 8 contos, cada um com sua particularidade e sensibilidade.



O primeiro - "A autoestrada do sul" - é o melhor: presos em um engarrafamento rumo à Paris, os motoristas aprendem a conviver uns com os outros por dias a fio.



"Sob cobertores sujos, com mãos de unhas crescidas, cheirando a fechado e a roupa suja, algum sinal de felicidade persistia aqui e ali." (página 29)



Esse conto, aliás, me fez lembrar de Saramago e suas tramas que exploram os limites de convivência entre os seres humanos.



Em "Senhorita Cora", um jovem luta pela vida em um hospital e conta com os cuidados da enfermeira Cora. No conto, os pensamentos dos personagens afloram de forma intercalada e sem aviso prévio. Você lê um pensamento e deduz de quem é pelo conteúdo da mensagem.



Os outros contos são: "A saúde dos doentes", "Reunião", "A ilha ao meio-dia", "Instruções a John Howell", "Todos os fogos o fogo" e "O outro céu".



Não vou detalhar as surpresas de cada um, leia e descubra os tesouros aos poucos.



Boa leitura!


site: http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com.br/2013/12/todos-os-fogos-o-fogo.html
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Silvio 11/10/2012

Ugh...uhg...argh....Decepção pura e total.
Criatividade = zero
Originalidade = zero
Confusão = dez
O livro não acrescenta nada, não diz nada; parado, morto. Repetição e mais repetição do dia a dia comum de pessoas comuns.
Henrique Fendrich 05/03/2018minha estante
Admito que haja confusões no livro, sobretudo nos últimos contos, mas dar "zero" em criatividade e originalidade diante dos enredos desse livro é de uma injustiça monstruosa.




Victor 29/12/2011

Simplesmente...Cortázar.
A coletânea "Todos os fogos o fogo" traz uma gama impressionante de contos com a típica dicção "cortaziana" rápido, profundo e com bruscas mudanças de tom, e até de enredo, que nos faz identificar prontamente como contos de Cortázar.
Subjetivamente opino pela genialidade de Cortázar confirmada nos contos presentes no livro, tanto pelo viés criativo dos contos quanto pela estruturação que atende quase como rigidamente a estrutura decorrente da teoria do conto moderno.
A dica de leitura é simples: deixar um pouco de lado Edgar Alan Poe ou Stephen King para ver o que há de maravilhoso nos contos de autores latino americanos.
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