Mônica 02/05/2021Fofinho, mas previsívelA história nos apresenta Sarah e Igor, arquitetos e melhores amigos, que possuem aquelas amizades super bacana. Ele é focado e talentoso e ela só quer se vingar do ex que a traiu. Quando Sarah recebe a chance que pediu, percebe que não era isso que realmente queria e tem que correr atrás do que o coração ansiava esse tempo todo.
A leitura é rápida e leve, do tipo que é possível terminar em um dia, mesmo tendo bastante página. Mas é extremamente previsível.
No primeiro capítulo você já entende o que vai acontecer e tudo bem com isso. O que eu senti falta foram de diálogos mais maduros.
Sarah pra mim é uma cabeça de vento e totalmente cega. Traz questionamentos esquisitos e que nem deveriam passar na cabeça dela depois de 4 anos de uma relação ruim. Aguenta tomar bolo, aguenta desculpas toscas e se mostra um pouco fútil e antiprofissional.
Igor é uma graça, chega a beirar a perfeição, mas não de uma maneira que irrita. Mas queria mais eles juntos. Ele é fofo e traz essa leveza pra leitura.
Fátima é um adicional muito legal e interessante e gostei muito do protagonismo que ela ganha na história, também queria que aparecesse mais. Dei umas risadas com algumas falas dela.
Já o Bruno é tão mal construído que não dá nem pra se identificar com nada dele. A autora quis fazer um ?vilão?, mas nem se esforçou pra isso, usou de estratégicas toscas para criarmos ranço da personagem, desculpas esfarrapadas e mal explicadas. Citou a Greta que nem precisava aparecer na história daquela maneira e ficou no ar... enfim. Poderia ter sido mais trabalhado, para gerar aquela atenção de início e o um twist poderoso com a informação que vem no final.
Ah, quanto a Renata, só tenho palavra: talarica. Hahahahah
Talvez se a Mônica de 2012 tivesse lido esse livro tivesse gostado mais, mas a Mônica de 2021, um pouco mais madura, achou que tudo bem ser previsível, o livro não deixa de ser fofinho por isso, mas a Sarah poderia ser mais autoconfiante, mais segura de si mesma e um pouco menos cabeça dura.