O Quinze

O Quinze Rachel de Queiroz
Shiko




Resenhas - O Quinze


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Tati.Lima 21/10/2023

Esse livro é  muito intenso e forte...Com certeza, já li muitos livros falando sobre o sofrimento e dor do povo nordestino durante os períodos de seca, mas nenhum deles, mostrou de forma nua e crua, e ao mesmo tempo com tamanha poesia. É uma narrativa, sobre a Seca de 1915, considerada uma das mais terríveis já acontecidas. São histórias fortes , intensas e sofridas. Confesso q a parte mais chocante, foi a q falou sobre os currais do governo, espécies de campos de concentração onde pessoas morriam. Sim, eu nunca soube sobre isso, e fiquei absolutamente em choque. Entrei em uma gigantesca ressaca literária, diante de tamanha crueldade e angústia. A gente parece q sente muito de perto o sofrimento e a dor desse povo tão sofrido, mas sofrido mesmo. E a Rachel de Queiroz narra com absurda mestria a vida acontecendo sob a vigília constante de soldados. E esfrega na nossa cara, a verdadeira face dos políticos, q já eram corruptos naquela época,  e q viviam às custas da Indústria da Seca, desviando dinheiro destinado às vítimas da seca. Essa parte então parece q daqui a 100 anos  continuará acontecendo bem diante de nossos olhos da mesmíssima forma, já q a Seca continuará e os políticos corruptos tb...Enfim, leiam, leiam e leiam esse livro
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trizisreading 19/10/2023

Seca no Nordeste de 1915
No romance "O Quinze", Rachel de Queiroz conta a história de personagens que vivem no sertão do Ceará, no ano de 1915, onde ocorreu uma seca que trouxe aos habitantes do nordeste brasileiro desespero, fome e morte.

No decorrer da história conhecemos diversos personagens, moradores do sertão cearense que, devido a uma seca que durou um ano, precisam abandonar suas moradas e partir para o desconhecido em busca de melhores condições de vida. Ainda assim, passam por uma grande provação e, muitas vezes, acabam em uma situação pior ainda.

Em muitas partes me senti angustiada, queria que o jogo virasse e aquelas pessoas finalmente encontrassem paz na vida, mas Rachel não busca escrever um conto de fadas, e fiel à situação dos mais pobres à situações de vulnerabilidade, muitas vezes, senti que só acontecia desgraça.

Esse é um livro extremamente rico em cultura, traz diversos aspectos da vida no sertão, principalmente em sua escrita, que usa o dialeto sertanejo nordestino.
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Adrielle Macena 18/10/2023

À medida em que lia O Quinze, ia recordando a impressionante informação de que ele foi escrito por uma pessoa de 19 anos de idade.
Sobre o enredo, é interessante perceber como a seca atinge cruelmente a vida dos 3 personagens principais, mas de forma mais densa a de Chico Bento e sua famíliia. São cenas extremamente tristes.
Preciso pontuar que fiquei chocada e enojada especificamente com uma fala racista de Conceição, mas que deve representar bem o pensamento de uma moça letrada nos idos de 1915.
É um livro de leitura fluida, apesar de ser um clássico publicado em 1930. Gostei muito e recomendo.
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Maria7823 15/10/2023

A veracidade contida sobre a seca
Não fujo da tentação em escrever sobre esse livro, aos 19 anos Rachel de Queiroz nos enlaça em sua perspectiva crua e viva, tão pungente quanto o sol quente e rubro, escorrendo e ressecando tudo que se sobrepõe a ele, a intensidade da escrita é de opinião comum a todos da fortuna crítica que compõe essa edição, Rachel descortinar com uma realidade tão crua e latente daqueles que só dominam tal ato ao se depararem com tamanha realidade, coisa que a autora conhece, uma vez que nasceu no Nordeste, os personagens são reais, as discrepâncias entre suas perspectivas e crendices também, são todos dotados se significados simplórios e bem construídos, essa simplicidade obviamente decorrente de uma realidade brutal, tudo resseca diante desse cenário, tudo arde, tudo é real.
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Alisson 10/10/2023

É um livro interessante de ler por todo o seu simbolismo regional, especialmente pela autora ser uma jovem do sertão nos anos 20.
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Thauã 10/10/2023

O Quinze/ Rachel de Queiroz
"Talvez fosse até para a felicidade do menino. Onde poderia estar em maior desgraça do que ficando com o pai?"

"- Ora o amor!...Essa história de amor, absoluto e incoerente, é muito difícil de achar...eu,pelo menos nunca o vi...O que vejo, por aí, é um instinto de aproximação muito obscuro e tímido, a que a gente obedece conforme as conveniência...Aliás, não falo por mim...que eu, nem esse instinto...Tenho a certeza de que nasci para viver só."

"E num foguinho de garrachos, arranjado por Cordulina com um dos últimos fósforos que trazia no cós da saia, assaram e comeram as tripas, insossas, sujas, apenas escorrida nas mãos."

"E antes de se erguer, chupou os dedos sujos de sangue, que lhe deixaram na boca um gosto amargo de vida."

"Ficou em paz. Não tinha mais que chorar de fome, estrada afora. Não tinha mais alguns anos de miséria à frente da vida, para cair depois no mesmo buraco, à sombra da mesma cruz."

"Então ser superior é renunciar ao seu feitio e à sua vontade, e, recortando todo o excesso de personalidade, amoldar-se à forma comum dos outros?"

"E do projeto ambicioso só lhe ficou, triste e aguda, a melancolia do desterro próximo."
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escritora.A.Santos 08/10/2023

O tipo de livro que você não quer que acabe!
De leitura fluída e passagens emocionantes, 'O Quinze' conseguiu me emocionar e fazer refletir sobre temas muito reais, mas que não conseguimos abranger as diversas faces.
Pelo tema, me recordou 'Vidas Secas' de Graciliano Ramos (que também é um livro incrível).
Queiroz trouxe o tema 'mulher x maternidade', nesse livro que foi publicado em 1930.
Recomendo muito a leitura e fico orgulhosa de encontrar livros nacionais tão bem escritos.
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Francesco.Calderan 05/10/2023

O Quinze
Que surpresa, um livro curto, mas muito denso. Uma realidade que aconteceu que me deixou bem chocado, ainda mais com os meses de hoje com as altas temperatura.
De secar a garganta!!!
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Fabricia98 05/10/2023

A seca não é só literatura...
Rachel de Queiroz escreveu esse clássico da literatura aos 19 anos. Enquanto todos na casa dormiam, ela à luz do lampião escrevia aquele que seria seu livro mais conhecido. Apesar de ser ficção, ele conta algo real que é a grande seca de 1915.
É um romance curto, muito fácil de ler, mas de uma grande magnitude. Retrata a seca e como ela afeta a vida do sertanejo. Nele acompanhamos dois núcleos. O primeiro núcleo é do vaqueiro Chico Bento e sua mulher Cordulina e filhos expulsos de sua terra, enfrentando o calor além dos limites e a morte em diversas formas enquanto seguiam pelas estradas em busca de melhor condição na capital. O segundo é o da professora Conceição, que mora com a avó e tem interesse amoroso por Vicente. Contudo não se engane: essa história de amor não é o foco do livro.
Essa edição em especial conta com fortuna crítica, cronologia e glossário.
Li, gostei e recomendo.
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Isabela 05/10/2023

Confesso que sobre seca não foi meu livro favorito. Esperava um final diferente. Mas, a leitura fluiu bem e a escrita é fácil de entender
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J.â­ 04/10/2023

Um livro que mostra as dificuldades que os nordestinos passaram, e mesmo com todas as histórias tristes é um livro lindo,
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i2delrey 30/09/2023

O quinze
O coordenador da minha escola que me recomendou, no começo fiquei meio receosa em ler já que é um clássico e a linguagem é mais difícil para o meu entendimento, porém dei uma chance e me surpreendi com o livro e o jeito da escrita não foi ruim e abordar de um jeito a seca e a fome no sertão.
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Duda linda 28/09/2023

Vou entrar em ressaca literária, sinceramente... Única parte interessante foi a de quando falavam da família do Chico, de resto, tenho nem palavras pra demonstrar minha frustração com esse livro.
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Rafa569 26/09/2023

#21: O Quinze - Rachel de Queiroz

Há tempos eu queria ler algo da autora, e comecei por este, o primeiro romance de Rachel, publicado em 1930, quando ainda tinha 19 anos.

O título é uma referência ao ano de 1915, em que ocorreu uma das grandes secas no sertão cearense. Conceição é uma das personagens principais, uma jovem de 22 anos, órfã, criada pela avó Inácia. Conceição é professora, apaixonada pela leitura e por tudo que pode descobrir nos livros, e tem um ligeiro interesse no primo, Vicente.

Esta paixão vai morrer e não dará em nada, Conceição é uma solteira convicta (para desespero de Mãe Nácia, que cobra de Ceição o papel de mulher casada, submissa e dona de casa, que qualquer papel contrário a esse seria um desperdício da vida), que gasta seus dias preocupada em ajudar os necessitados. Mas essa história fica em segundo plano, e acredito que a história de Chico Bento e sua família se sobresaia.

Chico Bento é vaqueiro, casado com Cordulina e juntos têm 5 filhos. Desempregado por conta da forte seca, com a morte diária do gado, Chico se torna um retirante, tentando escapar à pé da fome e miséria de Quixadá. No meio da caminho há duas passagens muito fortes: a perda do filho Josias, envenenado por ter comido raiz de mandioca crua, e um outro em que, desesperado pela fome, mata uma cabra que encontra pelo caminho, e o dono do animal surge. A Chico é permitido levar somente as tripas do animal, que ele e a família comem sujas, por falta de água para a limpeza.

Ao final da história Chico, ajudado por Conceição, consegue ir para São Paulo com a esposa, e 2 dos cinco filhos (um outro se perdeu no caminho e o mais novo, Duquinha, passa a ser criado pela madrinha Conceição).

Rachel descreve de forma muito crua, dura e áspera a seca que assolou o sertão, a esperança da chuva que nunca vem, um povo que precisa ser forte, mas que é tão humilhado a ponto de ter sido criado um campo de concentração para os retirantes, e eu só vim a saber desse fato lendo este livro.
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Lyamel 26/09/2023

Rachel de Queiroz: The Boss
Eu achei interessante trazer no livro informações como prefácio, glossário, crítica ? sobretudo ? e cronologia. Pois achei que tive um estudo "mais completo" da obra. Além disso, foi super legal ler as críticas construtivas de escritores renomados, pois você passa a conhecer a estrutura do texto e consegue confirmar aquilo que você sentiu/absorveu, porém que não soube colocar em palavras, de forma bem explícita. Inclusive, me apaixonei por essa autora, principalmente, quando fui atrás dessa entrevista completa. É de se admirar os seus pensamentos certeiros e atemporais. BENDITO SEJA O NASCIMENTO DESSA MULHER. Virei fã!

OBS: não dá pra colocar aqui as frases que mais gostei dessa entrevista, porque é muuuuita coisa. Vou deixar o link¹ no finalzinho.


Esse comentário que achei no Google² e as críticas já presentes no livro³ descreveram bem o que eu acho:

²"Os acontecimentos de O quinze deixam no chinelo a tristeza com a morte da Baleia, em Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Ela descreveu a grande seca de 1915 com uma precisão tão grande, que, ao tomar o próximo copo d'água, você vai lamber até a última gota" ? Martins Silveira (não coloquei o primeiro nome do autor da resenha pra manter a sua privacidade. E não li ainda esse livro de Graciliano, mas consegui entender o ponto de Silveira)

³"Tudo experimentado viva e expressivamente na prática pela artista: um universo transposto com precisão e coerência ao plano literário.
Nele o assunto da seca perde peso, para ganhar complexidade e alcance." (pág. 178)

"Sem deixar de ser fiel às figuras humanas, à paisagem, aos costumes e à linguagem da região, Rachel incorpora com vivacidade a fala comum do meio cearense, para abordar questões sérias e complexas, unindo o social ao psicológico (...)

Na verdade, nenhum resumo pode sequer alcançar a poesia que suscitam as imagens iniciais do romance: a cena doméstica rodeada pelo sertão ressequido. (...)

A naturalidade é o que se nota primeiro." (pág. 179)

"Conceição murcha ou definha desde o principio, de modo que terá contra si o tempo, desgarrando-se em sua busca errante, à medida que ele passa. Assim, encontrará na paisagem ressequida um espelho moral de si mesma, imagem de seu ressecamento interior." (pág. 181)

¹https://www2.camara.leg.br/a-camara/documentos-e-pesquisa/arquivo/historia-oral/Memoria%20Politica/Depoimentos/raquel-de-queiroz/texto#:~:text=RACHEL%20DE%20QUEIROZ%20%2D%20Eu%20era,era%20o%20puxador%20da%20corrente
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