A Grande Arte

A Grande Arte Rubem Fonseca




Resenhas - A Grande Arte


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nerito 04/01/2024

Uma jornada de ação, erotismo e suspense
Mandrake é um advogado incomum. Ao invés de se ocupar em defender a as causas que assume, ele passa o tempo envolvido em conspirações, metendo o nariz onde não é chamado e se envolvendo com diversas mulheres.

O caso mais pitoresco que o advogado assumiu é a busca de uma fita de vídeo cassete, que parece matar todos aqueles que se envolvem com ela. Tudo começa com a narração da morte de uma prostituta. Seu assassino, após matá-la apertando-lhe o pescoço, escreve em seu rosto com uma faca a letra "P". Em seguida, um misterioso homem chamado Roberto Mitry comparece ao escritório de Mandrake e de seu parceiro, Wexler, solicitando que eles intermediassem a recuperação da fatídica fita cassete.

Curioso com a pessoa de seu cliente e com as circunstâncias envolvendo as mortes das supostas detentoras da fita, Mandrake se lança numa espiral de violência, loucura e vingança. Além de muito sexo.

"A grande arte", livro de Rubem Fonseca, nos leva a uma narrativa estilo romance policial, em que os culpados são muitos, talvez até mesmo você, leitora ou leitor. A violência é crua, a linguagem direta e o estilo repleto de referências refinadas, embora bruto na linguagem.

Mandrake é um verdadeiro canastrão. Seja com seus charutos, seus vinhos ou suas paqueras, ele parece passar por todos os perigos incólume, ou quase. A morte parece amá-lo tanto quanto as mulheres, bem como o perigo.

Outra personagem importante é Camilo Fuentes, o boliviano indígena, grande e forte, dotado de um ódio frio contra o mundo, sobretudo contra brasileiros. Fuentes entra na narrativa como antagonista de Mandrake e alvo de sua vingança, até alçar-se ao grau de (anti)herói e improvável aliado.

Além de Camilo Fuentes, há um tritagonista nessa narrativa. Este é Thales de Lima Prado, um financista que também é chefe do crime organizado. É através dos supostos cadernos de Lima Prado que Mandrake completará a intrincada e enigmática narrativa, onde todos são suspeitos e ninguém é inocente.

Não posso me esquecer de mencionar também de José Zakkai, o Nariz de Ferro, que entra em guerra contra Lima Prado e vem a ser um improvável mas valioso aliado de Mandrake.

Há um problema de datação no texto, levando-se sem consideração que o mesmo foi publicado no início da década de 1980. Ainda assim, é muito incômodo ler Mandrake chamar pessoas pretas de crioulos ou menosprezar e caricaturizar a homossexualidade.

Apesar dessas questões delicadas, "A grande arte" foi uma jornada interessante. Uma leitura ágil e revigorante, uma narrativa repleta de ação, erotismo e suspense, onde no final suspeitamos de todos, até de nós mesmos.

site: https://www.oguardiaodehistorias.com.br/2023/09/a-grande-arte-uma-jornada-de-acao.html
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Mauro 21/09/2023

Caótico
Este livro me deixou bastante dividido. Acho que eu estava em uma expectativa muito grande que fosse uma coisa e acabou sendo outra totalmente diferente.
Depois de ter lido os três contos com o Mandrake que foram escritos antes deste romance, eu imaginei que estaria diante de uma história completamente investigativa, mas mais longa, aos moldes de Bufo ? Spallanzani, outro clássico Rubem Fonseca.
Mas não, este livro é caótico, me lembra mais O Caso Morel, primeiro romance longo do autor.
Aqui, lidamos com uma espécie de "serial killer" que mata prostitutas com uma arma branca e as marca com uma letra P feita a faca, ao mesmo tempo, um homem misterioso contrata Mandrake para resgatar uma fita de vídeo que pode conter um segredo importante.
Madrake então se vê envolvido no submundo do tráfico de drogas e de assassinos de aluguel, enquanto tenta entender como tudo se encaixa.
Como disse antes, o diferencial do livro é sua caoticidade e sua imprevisibilidade, fugindo aos padrões do esperado em outras obras policiais.
Nota: 7,0.
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Jeff_Rodrigo 01/08/2023

Tem um enredo muito doido, mas bom. É divertido de ler, apesar das histórias paralelas que, se num primeiro momento não fazem sentido, ganham tração e significado ao final da história.
Me chamaram a atenção o personagem do psicopata e do advogado: o psicopata "China", em um determinado momento se vê diante de um dilema moral; o advogado Mandrake, por sua vez, apesar de parecer uma pessoa brilhante, tem uma vida atribulada, cheia de problemas amorosos diante de suas limitações emocionais perante o afeto e ao prazer. A crítica, aliás, fica em cima da construção desse personagem, em especial, de como as mulheres são vistas a partir da visão dele: não dá pra dizer que ele não é um típico machista, porque ele é!
No mais, é muito interessante como são descritas as técnicas de manejo de facas, as cenas de violência, sexo, etc... - diante da riqueza dos detalhes, parece até uma coisa técnica. O quê deixa a leitura ainda mais interessante.
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Karamaru 18/12/2022

SEXO E CRIME
“A grande arte”, como todos os outros livros de Rubem Fonseca, proporciona um turbilhão de surpresas, não somente pelos crimes e investigações que capturam o leitor, mas pela forma como se constroem a trama e os personagens. É impossível que se interrompa a leitura.

Nessa trama, um trio de prostitutas é assassinado em série. Após os crimes, um detalhe inusual chama a atenção: todas têm a letra “P” marcada, à navalha, em seus rostos. Em meio ao mistério, uma fita cassete. Desenrola-se, assim, mais um caso para o sedutor advogado Mandrake.

Num contínuo de incontáveis personagens, todas interessantíssimas, pequenas pistas são apenas entrevistas. Mas é perceptível que o romance escapa à tradição policial – “A grande arte” é, antes de tudo, um painel frio e até aterrorizante do submundo do crime das grandes metrópoles brasileiras.

A escrita de Rubem é tão instigante, refinada e de alto nível literário que, a certa altura, o desenlace do mistério inicial se torna secundário, tamanha a força das personagens e das subtramas (muitas, por sinal!) que aparecem no decorrer da narrativa.

Esse é mais um dos livros que estavam “esquecidos” na minha estante e conversando com o amigo @wanderson.karamaru resolvemos “resgatá-lo” e embarcar em mais uma leitura conjunta. E que leitura! Sem dúvidas, Mandrake é uma das personagens que mais nos marcaram neste ano.

Leitura e microrresenha feitas em parceria com Carlos (IG: @o_alfarrabista).
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Luiz 23/05/2022

A grande arte da escrita
O autor expõe sua genialidade ao mostrar o iceberg da trama policial brasileira. Entre passagens objetivas, citações filosóficas, referências clássicas a diversas outras obras (e autores), além da violência e sexo característicos do gênero, somos absolvidos pela história vertiginosa e dinâmica que o autor apresenta.

Não acredite em nenhum personagem, duvide de todos. Os sorrisos, o escárnio e a ironia estão por toda a parte. Desde as divagações existencialista às cenas brutais de assassinato, você vai se confundir, se perder e depois se achar novamente. Mais do que tudo, você vai perceber que existe uma espécie de essência. Como um tempero que mantém o equilíbrio entre os ingredientes, a arte está em tudo. Dosada e objetiva. Uma grande arte.
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Danielle 15/04/2022

História de detetive incomum
Um livro policial incomum com personagens comuns e uma história confusa. Mas dizem que é assim que Rubem Fonseca mota suas obras-prima. Um protagonista advogado (Mandrake) com uma curiosidade para casos sem muita atenção. Mandrake ainda consegue viver seus casos amorosos e complicados no meio disso tudo. Algumas vezes nos perdemos na história do livro, esquecendo qual é a grande trama.
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Arruda 16/03/2022

Uma grande arte
Rubem Fonseca expõe sua genialidade nesse livro. Uma trama barrada pelo advogado Mandrake, que nos faz continuar a ler sem parar. Trama muito boa com temas sempre atuais.
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MIRANDA 06/08/2021

Minha primeira experiência com RF . Preciso de mais experiências , mas me impressionou com um alguns entremeios na história .
Palavra para o livro : TIRÉSIAS
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Rafaela498 13/07/2021

A grande tragédia
Eu não conhecia o autor mas estava esperando mais. Começou bonzinho mas depois entrou em uma pura confusão, vários detalhes que não agregaram em nada, coisas sem explicações depois. A parte sobre a família do vilão, chatissima, ninguém liga, não serviu pra nada. Personagens água com açúcar, principalmente as mulheres que eram apenas corpos. O que é esse livro...
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Peleteiro 12/05/2021

Encontrando a sua voz
Depois de ter lido quase toda a obra de Rubem Fonseca, encarando este primeiro romance, penso que, embora tenha se destacado, não à toa, pelo seu talento narrativo evidente, este romance atua como uma experimentação. Partindo dos contos, curtos e longos, para uma narrativa de 500 páginas, o autor escreve brilhantes passagens, porém, desenvolve uma linha fragmentária e cansativa, como Gabriel Garcia Marquez em Cem anos de solidão. Há quem goste, mas não me cativa. Sorte que Rubem não adotou esse estilo, e logo no romance seguinte, abriu mão da fragmentariedade excessiva dali em diante.
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Mleonardi 28/04/2021

A Grande Arte
Esperava um pouco mais deste livro, mas sem duvida é um grande livro com uma historia envolvente com muitos detalhes.
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Shadai.Vieira 13/03/2021

tour de force!
adorei a primeira parte/metade do livro na qual é apenas um típico romance policial de gato e rato, o protagonista caçando o boliviano.

porém a segunda parte o autor muda totalmente e parte para a história da família de um vilão do alto escalão da trama, e o que era então protagonista o Mandrake demora a aparecer na história, inclusive não mais participando da caçada aos antagonistas.

tive muita vontade abandonar o livro pois essa segunda metade achei chata, confusa e cansativa, mas fui até o final e não fui recompensado.
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Ally 22/10/2020

Foi uma leitura super arrastada e não me senti nem um pouco bem enquanto lia. Definitivamente não é para mim.
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Vanessa Amaral 16/07/2020

Rubem Fonseca é mestre e não tem como negar. Mas esse livro tem tanta barriga que da para pegar as facas da história e cortar muita coisa.
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