A Grande Arte

A Grande Arte Rubem Fonseca




Resenhas - A Grande Arte


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Fabio Shiva 08/08/2010

O Grande Orgulho
Da primeira vez que li esse livro, a sensação predominante ao terminar a leitura foi de orgulho. Orgulho de que no Brasil tivéssemos um escritor desse quilate, um tipo bem diferente de escritor brasileiro. Pois até então eu estava acostumado aos clássicos brasileiros ou então às alternativas dos autores regionalistas e dos autores de dramas e comédias urbanos.

Tudo muito lindo e maravilhoso, mas quando eu queria um livro daqueles que te fazem virar a noite e ler compulsivamente até chegar à última página, pois bem, acabava invariavelmente recorrendo à literatura estrangeira, principalmente norte-americana. Talvez porque esse tipo de livro é do que daria um filme igualmente eletrizante.

Eu me ressentia um pouco disso, por mais que admirasse a literatura brasileira sentia essa lacuna como uma deficiência. Até que conheci Rubem Fonseca.

Depois desse “A Grande Arte”, li diversos outros do mesmo autor: “O Caso Morel”, “Agosto”, “Bufo & Spalanzani”, “Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos”, além de algumas coletâneas de contos, sempre com uma admiração crescente que me trouxe a férrea convicção: Rubem Fonseca é o cara.

Ele é um desses autores com a rara capacidade de transportar o leitor para o seu mundo próprio, o mundo de Rubem Fonseca, um lugar de fascínio e espanto que espelha a realidade, mas sempre com um algo a mais, um tempero especial: é o toque do mestre.

Nesse universo em particular não podem faltar as mulheres que são lindas como cavalos, os homens que sofrem calados e as situações que são, digamos, insólitas.

E um climão, caramba! Só mesmo lendo um livro dele!

Foi o que fiz e li de novo cada um dos livros do Rubem Fonseca que eu tinha. Por obra de obscuros desígnios já esquecidos ou por mero acaso calhou que o último que eu tinha pra reler fosse também o primeiro de todos, A Grande Arte.

Que livro absurdo!!!

É um absurdo de bem escrito. A impressão que dá é que a cada frase que saiu impressa no livro, noventa e nove outras foram cortadas da narrativa por Fonseca, que exerce com cruel precisão o seu penoso ofício. Cenas de colossais possibilidades dramáticas são contadas em poucas palavras, enquanto o dia a dia é narrado em alegres e eruditos devaneios.

Isso é só para dar uma pista do recheio, mas para quem ainda não leu só tenho mesmo uma coisa a dizer: prove! Experimente ler algo de mestre Rubem.

“Muitos anos antes de Cristo havia na Grécia um poeta que dizia: tenho uma grande arte: eu firo duramente aqueles que me ferem. Minha arte é maior ainda: eu amo aqueles que me amam.”
(Dr. Mandrake, advogado criminalista e narrador de A Grande Arte)


(27.04.08)
Estêvão 17/09/2012minha estante
Concordo com o que você disse. E, diferente de outras pessoas que acham que ele se distancia muito do tema, eu acho que nada na bra é supérfluo, tudo é bem colocado, a exemplo de um Poe - autor que integra os autores estadunidenses que compõem o time de escritores que Rubem bebe da fonte. Achei ótimo como a narrativa passeeia entre as impressões de Mandrake e a narrativa do livro que conta a história da família do principal suspeito. Ao mesmo tempo em que ele levanta as pistas e, ao logo do romance, somos levados a questioná-las, especialmente no último diálogo, são dadas informaçoes que devemos lembrar para deduzir o desfecho, fazendo-nos, também, detetives.

Eme relação ao fato de quem era o matador - Madrake afirma ser um dos personagens - e o seu amigo de profissão Wexller questiona, deixando uma dúvida no fim. Dúvida essa que é dissipada quando lembramos que a única pista deixada é a caligrafia do assassino, justamente o que ele tem em mãos, com o livro que lhe foi entregue. Informação essa que Wexller parece ter esquecido e que Mandrake segurou para conseguir desvendar os crimes.

Genial!


Fabio Shiva 17/09/2012minha estante
Olá Estêvão!
Adorei seus comentários e reflexões, viva viva viva nosso amado Rubem Fonseca e sua Grande Arte da escrita!!!


Aline 15/04/2014minha estante
Ele é genial! Já li Agosto e Feliz Ano Novo, e agora iniciei essa leitura já com vontade de não mais parar!


Fabio Shiva 15/04/2014minha estante
Feliz Ano Novo é espetacular também!!!
Viva Rubão!!!


Bee 29/08/2016minha estante
Acabei de terminar o livro. É fantástico. A tensão foi até o final, onde eu comecei torcendo por Madrake, depois fiquei torcendo para Fuentes redimido não ter um fim trágico na derradeira luta com Hermes. E não teve, só que depois, quando menos esperava... O autor conseguiu fazer isso de herois, viloes, antiherois, colocar a linha que os separa de modo muito sutil, maestral. Tenho que fazer uma resenha merecedia. E procurar outros livros de Rubem, especialmente com o Mandrake.


Nazareth.Cristina 16/06/2021minha estante
Esse livro é espetacular é suspense,envolvente,parece uma novela! quero ler outra vez




Karamaru 18/12/2022

SEXO E CRIME
“A grande arte”, como todos os outros livros de Rubem Fonseca, proporciona um turbilhão de surpresas, não somente pelos crimes e investigações que capturam o leitor, mas pela forma como se constroem a trama e os personagens. É impossível que se interrompa a leitura.

Nessa trama, um trio de prostitutas é assassinado em série. Após os crimes, um detalhe inusual chama a atenção: todas têm a letra “P” marcada, à navalha, em seus rostos. Em meio ao mistério, uma fita cassete. Desenrola-se, assim, mais um caso para o sedutor advogado Mandrake.

Num contínuo de incontáveis personagens, todas interessantíssimas, pequenas pistas são apenas entrevistas. Mas é perceptível que o romance escapa à tradição policial – “A grande arte” é, antes de tudo, um painel frio e até aterrorizante do submundo do crime das grandes metrópoles brasileiras.

A escrita de Rubem é tão instigante, refinada e de alto nível literário que, a certa altura, o desenlace do mistério inicial se torna secundário, tamanha a força das personagens e das subtramas (muitas, por sinal!) que aparecem no decorrer da narrativa.

Esse é mais um dos livros que estavam “esquecidos” na minha estante e conversando com o amigo @wanderson.karamaru resolvemos “resgatá-lo” e embarcar em mais uma leitura conjunta. E que leitura! Sem dúvidas, Mandrake é uma das personagens que mais nos marcaram neste ano.

Leitura e microrresenha feitas em parceria com Carlos (IG: @o_alfarrabista).
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Ariela.Soares 25/06/2020

Não vou negar que é um livro bom, mas simplesmente não me prendeu. Senti vontade de abandonar algumas vezes. As vezes a narrativa ia mudando o personagem em foco e eu não conseguia acompanhar. No fim nem me lembrava mais das primeiras vítimas.

Mas para quem gostar de resolver mistérios/crimes é bem legal. Ao longo do livro são dadas ?dicas? para você resolver o crime, aí descobrimos que o buraco é bem maior do que inicialmente pensamos.
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Iagne 22/05/2020

A Grande Arte (Rubem Fonseca)
Sétimo livro de Rubem Fonseca, segundo romance. Na minha opinião o melhor livro do autor até agora, ele funciona como um verdadeiro romance policial, escrito com a genialidade que Rubem Fonseca escreve seus contos. Personagens bem desenvolvidos e uma história intrigante e bem realista, onde não se tem uma verdade absoluta, apenas versões dos mais diferentes personagens. A história é contada da perspectiva de Mandrake, já conhecido por outros contos do escritor, o que ajuda na identificação com o personagem e assim tem mais liberdade para explorar os demais personagens.
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Candace 23/06/2020

Opinião dividida...
A grande arte é um livro genuinamente brasileiro e realista, os cenários e os personagens são muito fáceis de imaginar por estarem presentes no dia a dia de qualquer brasileiro.

A escrita de Rubem Fonseca é, com certeza, uma das melhores que já vi no cenário nacional. Objetiva, irônica, envolvente... A história é criativa, surpreendente, inesperada.

Porém, é um livro que incomoda. Ele tenta mostrar sempre o pior lado do ser humano, criticando nossa moralidade. Incomoda também as cenas extremamente explícitas e bem descritas de violência e sexo. Para além disso tudo o que mais me incomodou foi o machismo. Todas (sim, todas) as personagens femininas são extremamente sexualizadas e objetificadas a todo momento. Entendo que talvez seja parte da crítica, mesmo assim, poderia ter pelo menos uma personagem feminina pra salvar...
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Peleteiro 12/05/2021

Encontrando a sua voz
Depois de ter lido quase toda a obra de Rubem Fonseca, encarando este primeiro romance, penso que, embora tenha se destacado, não à toa, pelo seu talento narrativo evidente, este romance atua como uma experimentação. Partindo dos contos, curtos e longos, para uma narrativa de 500 páginas, o autor escreve brilhantes passagens, porém, desenvolve uma linha fragmentária e cansativa, como Gabriel Garcia Marquez em Cem anos de solidão. Há quem goste, mas não me cativa. Sorte que Rubem não adotou esse estilo, e logo no romance seguinte, abriu mão da fragmentariedade excessiva dali em diante.
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Vanessa Amaral 16/07/2020

Rubem Fonseca é mestre e não tem como negar. Mas esse livro tem tanta barriga que da para pegar as facas da história e cortar muita coisa.
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Denise.Marreiros 02/05/2020

Esperava mais, a escrita do autor é a única coisa que salva uma vez que o livro é confuso, cheio de divagações e de acontecimentos que parecem ser importantes mas que acabam não sendo resolvidos ao final do livro. Nem vou falar da visão do feminino no livro, homem escrevendo sobre mulher é complicado...
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Vladia Castro 06/07/2020

A grande arte (Rubem Fonseca) ***
Um fita de videocassete a ser resgatada acaba causando várias mortes. Mandrake, um detetive, vai desvendar os assassinatos. E os assassinos ficam atrás dessa fita. Em meio a tudo isso, tem a história de uma família da alta sociedade.

Não sei porque, mas não gostei muito. Às vezes, fica meio confuso. A linguagem é rápida, e o livro fácil de ler, mas não "pintou" uma química c essa história do Rubem Fonseca.
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Bee 08/09/2016

A grande arte, ficção marginal e personagens urbanas com maestria
Rubem Fonseca é um dos autores clássicos do cenário literário nacional mais aclamado, e já tinha um tempo que eu estava na vontade de ler um livro deste escritor, especialmente quando fiquei sabendo, em particular, da narrativa concisa policialesca ─ podemos dizer, uma das fontes de onde bebeu Marçal Aquino e outros contistas da geração 90 (expressão cunhada de uma antologia de contos organizada por Nelson de Oliveira) ─ que tem em comum a temática urbana, a preocupação em representar o esgarçamento do tecido social por meio de uma prosa fragmentária, ora mimetizando a fala das ruas, ora imitando as narrativas detetive, com direito à prostitutas, matadores, tiras, tudo isso em meio à uma violência permeada por críticas e ironias sociais, meio que dando voz à todos esses marginalizados de direito do grande maquinário urbano.

A grande arte entra aqui, com certeza, como um título notadamente acertado para começar a ler o melhor do que há no portfólio de Rubem Fonseca. O advogado Paulo Mandrake, ao qual fiquei sabendo, é uma personagem icônica, recorrente nas histórias dele, logo de cara me conquistou com sua erudição e cinismo característico. Ele começa a investigar o caso de uma mulher que é assassinada, e marcada com um P riscado à faca no rosto da vítima, e logo vai sendo conduzido para uma organização criminosa conhecida com escritório central.

O que esse livro tem de diferente são duas coisas. Ele "passeia", na sua segunda parte, pela semana de arte moderna que vinha surgindo na aristocracia paulicéia, com uma maestria notável. Descrição de costumes, da sociedade, da mudança de hábitos advindos de uma imitação da vanguardista parisiense, camuflado de patriotismo, tudo com um realismo exarcebado que, pelo menos eu, não vi em nenhuma outra obra literária que não seja de época. Como sabemos, o complexo de vira-lata, este que faz os tupiniquins pagarem um pau tremendo para tudo que é gringo, como se fosse a expressão máxima de civilização e superioridade racial, só pode ser definido como síndrome da índia colonizada ─ e ela permeia todas as esferas da produção cultural, desde o cinema, arte, literatura, passando pelo jogo social de flerte e conquista. Hoje não se vê alguém escrevendo sobre nossas cidades, e as pessoas de nossas cidades com tanto afinco quanto compra a produção estrangeira no cinema e nos livros, de forma pré-moldada e acrítica ─ não me fale em globalização; globalização unilateral tem outro nome, está mais para imperialismo cultural.

A segunda coisa, não percamos o foco da resenha, é que Mandrake não é um detetive alá "Op", Dupin, Holmes. É apenas um homem comum, falível, descuidado, mulherengo e motivada no início por uma sede de vingar a honra de seu grande amor ─ Ada ─ eu acho que parte daí grande parte da empatia do leitor pela personagem. Rubem Fonseca conseguiu construir personagens muito bem desenvolvidos, ícones, na verdade ─ como o anão preto falastrão e extremamente ardiloso, e em meio à uma mudança de focos narrativos, inserção de novos personagens, antagonistas, ele consegue manejar bem à história. No início, secava odiosamente Camilo Fuentes, um desses gângsteres movidos por um ódio frio oriundo da hostilização das pessoas à sua aparência indígena, que depois se torna um importante aliado ─ e no meio dessa reviravolta, me peguei torcendo, afinal, na iminência de cada página para ele não ter um final trágico, pelo menos.

Talvez a principal técnica que chame atenção logo de cara, é essa mania de pegar um assunto e discorrê-lo com a profundidade de uma enciclopédia barsa, quase de maneira acadêmica, enriquecendo as cenas de lutas com armas brancas. Neste caso aqui, são as lâminas, as facas, punhais ─ a grande arte do percor. É um dos elementos do livro, que chama a atenção, quase tanto que poderia ofuscar a genialidade verdadeira do escritor ─ que está na construção da inteligência envolta em sentimentos e amoralidades de seus personagens que consegue adentrar dentro do âmago pessoal de cada um deles, como uma experiência de autoconhecimento. E então, você percebe que não são personalidades tão distintas da nossa, embora queiramos negar, a primeira vista, pelo bem das aparências sociais.
Candace 19/06/2020minha estante
Que resenha maravilhosa ? A melhor que li. Parabéns mesmo, ficou muito boa!!




Rafaela498 13/07/2021

A grande tragédia
Eu não conhecia o autor mas estava esperando mais. Começou bonzinho mas depois entrou em uma pura confusão, vários detalhes que não agregaram em nada, coisas sem explicações depois. A parte sobre a família do vilão, chatissima, ninguém liga, não serviu pra nada. Personagens água com açúcar, principalmente as mulheres que eram apenas corpos. O que é esse livro...
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Shadai.Vieira 13/03/2021

tour de force!
adorei a primeira parte/metade do livro na qual é apenas um típico romance policial de gato e rato, o protagonista caçando o boliviano.

porém a segunda parte o autor muda totalmente e parte para a história da família de um vilão do alto escalão da trama, e o que era então protagonista o Mandrake demora a aparecer na história, inclusive não mais participando da caçada aos antagonistas.

tive muita vontade abandonar o livro pois essa segunda metade achei chata, confusa e cansativa, mas fui até o final e não fui recompensado.
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Luiz Miranda 05/01/2019

Grande Arte é isso aqui...
Quem lê com regularidade sabe, tem muito livro bom, mas aqueles que te tiram do sério são poucos. A Grande Arte é um deles, desde já um dos 10 livros da minha vida. Fiquei desconcertado a ponto de ter que dar pausas pra digerir a avalanche de ideias do escritor.

Tudo começa quando o Philip Marlowe carioca, Mandrake, é incumbido de recuperar uma fita de videocassete (o clássico recurso do MacGuffin) e dessa procura surge um labirinto de personagens, situações e cadáveres, que obviamente colocam o protagonista em risco.

Mandrake, aliás, divide o holofote com personagens brilhantemente delineados: Lima Prado, Fuentes, Zakkai, Hermes, etc. A atenção que o escritor dá a cada um deles é impressionante, coadjuvantes complexos que poderiam facilmente estrelar contos próprios.

Eu gostava de Rubem Fonseca, mas depois disso aqui o coloco em pé de igualdade com os melhores escritores do mundo, e não estou falando apenas de romance policial (onde ele destrói a concorrência).

Se o mundo fosse justo essa obra-prima estaria traduzida e aclamada em todas as línguas.
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marcuswco 03/05/2020

O livro começa até engraçado, tem uma linguagem fácil e a leitura tem tudo para ser fluida. No entanto, há tanto machismo no livro todo que chega a ser revoltante. O autor não investiu em nenhuma personagem feminina. Não é um livro para os dias atuais. Uma outra característica que irrita são as múltiplas divagações. Me perdi na transição entre a primeira e a segunda parte.
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Day 17/01/2018

Quê?
Só sei que não sei...
Comecemos pelas críticas negativas: o livro é confuso, tem muitas divagações e contém acontecimentos que nem no final do livro se tornam relevantes.
Massss, não sei explicar bem o porquê (e isso está me deixando muito confusa), mas a escrita é muito boa, não é tão fluida, não sei explicar!

Tá, a história... O narrador é um advogado e logo no começo ele fala sobre o assassinato de algumas mulheres. Certo, mas isso só e apresentado muito brevemente, então não acho que seja o assunto principal do livro.
Além disso, o narrador é personagem, o livro é em primeira pessoa, mas ele é onisciente, o que provoca grande parte da confusão.
Acredito que seja um tipo de Crime e Castigo menos profundo, um Dom Casmurro mais violento? A consciência e a moral são muito discutidas e criticadas.
Em certo momento do livro eu estava odiando a leitura, porque o personagem principal é um homem muito chato, metido, machista, ... Mas então percebi que nenhum personagem é "legal", então notei a crítica, o moralismo (mas que desconfio que seja uma crítica ao moralismo), a visão única proporcionada pelo narrador.
Enfim, o livro possui grandes qualidades literárias e algumas de construção, mas ainda sim a história não é tão interessante e se perde na confusão dos fatos narrados.
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