Aly 01/10/2020
Doloroso
Pra alguém que vive e respira Capitão América, ler um encadernado inteiro dedicado à sua morte e às consequências desse fato é, no mínimo, uma experiência masoquista.
É como ler sobre a morte de um grande amigo. Do melhor amigo. Contada pelos bastidores, do jeito mais cruel, porque você é apresentado a todos os fatos, você sabe tudo o que está acontecendo em todas as frentes, sabe de todos os planos, sabe de todos os porquês, mas não tem o poder de contar nada a nenhum dos atores, porque você está nos bastidores e não sob os holofotes.
Ler sobre a morte do seu personagem favorito também é notar como tudo desanda quando ele não está e, mais do que isso, como aquela história de "ele é o pilar que sustenta tudo isso" é real. Foi só ele sair de cena "permanentemente", que tudo foi por água abaixo e o caos reinou. De uma hora para outra, ninguém mais sabia pra onde ir, o que fazer, o que era certo ou errado. Sem sua bússola moral, sem seu norte, pra onde seguir? Esse encadernado tem esse poder de mostrar o tamanho do Capitão América na vida e nos micro e macro universos da Marvel. É surreal a importância que ele tem e que só foi ser sentida quando ele não estava mais lá (ainda bem que a ausência só durou 1 ano...)