O Homem do Castelo Alto

O Homem do Castelo Alto Philip K. Dick




Resenhas - O Homem do Castelo Alto


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Hildeberto 15/06/2022

Meridianos e paralelos
Philip K. Dick escreve como se estivesse em um mundo em que os Aliados (Estados Unidos, União Soviética, Reino Unido e França) venceram a Segunda Guerra. Nesse universo, Dick, escreve um livro tomando como premissa que seus leitores acham que estão lendo uma ficção sobre um cenário alternativo em que o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) ganhou a guerra. Mas, em uma terceira camada, Dick cria uma autor, Hawthorne Abendsen, que escreve um livro no qual quem ganha a guerra são os Aliados!

Ou seja, um livro dentro de um livro dentro de um livro! Fantástico! O leitor, em algum momento, questiona qual é o universo paralelo e qual é o real. Afinal, somos a borboleta ou o sábio?
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Willian 12/06/2022

O gafanhoto torna-se pesado

Caramba, que final foi esse!! De repente, o livro vira um thriller eletrizante, no melhor estilo Dan Brown, só faltaram os símbolos e o relógio do Mickey Mouse...

Juliana foi a personagem que eu mais gostei. Achei a construção dela bastante verossímil, com suas virtudes e seus medos interiores. Aliás, como temos aqui um narrador onisciente, que tudo sabe, inclusive os pensamentos dos personagens, essa questão das dúvidas e temores dos personagens é bastante acentuada.

E falando em personagens, são vários deles, não há um principal, e cada "núcleo", digamos assim, avança paralelamente aos outros. Temos o "núcleo" do Frank, o da Juliana, o do Sr. Tagomi e o do Robert Childan, além de outros menos lembrados.

A certa altura, é revelado o porquê do título do livro e quem é o tal homem do castelo alto.

No geral, gostei mais do livro pela ação e pela construção dos personagens do que pelo fato de ser uma distopia (como seria o mundo caso Alemanha, Japão e Itália tivessem vencido a Segunda Guerra Mundial). Essa parte realmente deixou um pouco a desejar.
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R F 11/06/2022minha estante
É um do PKD que quero ler. Confesso que acho a escrita dele bem estranha, o negócio da um nó na cabeça quando eu leio coisas desse autor.


jdelisiario 11/06/2022minha estante
Tenho a mesma sensação ?


R F 11/06/2022minha estante
Os livros que li dele são curtos, só que pela escrita do PKD, me sinto lendo um calhamaço. Mas quero ler esse só por curiosidade mesmo. Enfim, você indica?


jdelisiario 11/06/2022minha estante
Indico sim, mas não sei se eu que não entendi ou se é o jeito do autor mesmo, mas ficou algumas pontas soltas. Já li acho que 3 dele, +- do mesmo tamanho desse. Os outros pareciam ser mais redondinhos




Otávio - @vendavaldelivros 10/06/2022

“Os loucos estão no poder. Há quanto tempo sabemos disso? Encaramos isso?”

Um dos meus melhores amigos sempre me fala uma frase quando temos nossos muitos debates sobre a vida, o universo e tudo mais: “Não existe ‘se’”. Ou seja, pensarmos sobre o que poderia ter sido se modificássemos nossas escolhas já feitas é inútil já que essa realidade não existe. Eu tendo a concordar com ele, mas às vezes torno a fazer os mesmos questionamentos. E se?

Publicado em 1962, “O homem do castelo alto” é a pergunta do “E se?” feita pelo genial Philip K. Dick. E se o Eixo tivesse vencido a Segunda Guerra? E se hoje o mundo vivesse sob as ordens do partido Nazista e do Império Japonês? E se a nossa realidade não for a realidade?

Quando olhei aqui no Skoob a avaliação desse livro depois de o ter começado fiquei completamente sem entender. A avaliação do livro é baixíssima e eu estava completamente imerso na história e na ótima escrita de PKD. Entendo perfeitamente que cada um tem uma percepção sobre um determinado livro, mas sigo sem entender que tantas pessoas não tenham gostado desse livro espetacular.

Talvez a expectativa gerada pela série baseada no livro ou pelo próprio tema do livro possa ter nublado a percepção da obra. Esse livro fala muito mais sobre nós enquanto seres humanos e sobre as nossas percepções do que é real e do que não é. Uma ficção-científica que se passava no mesmo ano de sua publicação e que, dentro de si, brinca com o próprio conceito do que pode ou não pode ser ficção-científica.

São três principais núcleos de personagens que formam essa história, com pouca interação entre eles e sem grandes personagens marcantes (fica aqui o destaque para Juliana Frink). Mas nada disso, pelo menos pra mim, abala a grandiosidade dessa obra. “O Homem do castelo alto” é uma obra intensa, que coloca o “E se?” na prática como deveria ser.

Surpreendentemente uma das minhas melhores leituras do ano e uma história que vou levar pra vida, “O Homem do castelo alto” é uma das muitas provas da genialidade de PKD e um desafio à nossa própria percepção do que é real. No fim das contas, você que está agora lendo esse texto, tem certeza que vive na realidade?
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grazisapienza 06/06/2022

Um final meio confuso
Foi meio primeiro contato com algum livro deste autor... espero que não seja habitual essa, talvez, confusão (?) Ao ler o livro deste autor.

O desenvolvimento é muito lento e, muitas vezes desnecessário para a trama num geral. Acabei não entendendo muito o final... to me sentindo meio burra lkkkkkkkkkk mas de resto eu até curti!.
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Camila.Suares 06/06/2022

Que doidera né?
O livro começa uma doidera, talvez por eu ter assistido a série antes, a leitura ficou um pouco complicada, pois ele é bem diferente da série. Não foi uma leitura fácil, mas pretendo ler mais do autor.
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JAnior 05/06/2022

Não curti muito a escrita do livro. Não consegui me conectar mesmo depois de várias tentativas.
Mas a premissa do livro é bem massa. Quero muito ler Blade Runer mas depois desse fiquei pensativo.
Acho que é um bom livro pra quem conhece bem detalhes envolvidos na segunda guerra.
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Rodrigo 02/06/2022

Um pouco desapontado
O livro começa bem me cativou apresentando uns personagens legais sugerindo algumas tramas mas fica só nisso,nada realmente acontece,tem páginas que são inteiras só ele divagando numa trip lisérgica sobre filosofia oriental que não faz sentido nenhum,todo o lance do I-Ching do livro dentro do livro acaba não servindo de bosta nenhuma pra trama avançar ou ficar mais coesa,nem o "O homem do castelo alto" do título que parecia que talvez fosse dar algum sentido pra essa doideira,acabou sendo só um mestre dos magos com desconto falando por enigmas e não dizendo nada com nada,enfim gostei da ambientação,de diálogos expositivos sobre o momento histórico da guerra e da Juliana mas de resto só posso dizer que queria ter gostado mais.
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Bruna 31/05/2022

O Homem do Castelo Alto
Eu tinha expectativas altas quando comecei esse livro e elas caíram por terra logo no início da leitura.
O autor poderia ter explorado tantas narrativas e ter colocado tanta coisa nessa história, mas resolveu fazer um livro exagerando em descrições inúteis e tudo ficou meio confuso pra mim.
As coisas que esperava dessa história me parecem bem mais legais do que a história foi de fato.
Nathani 01/06/2022minha estante
eu me decepcionei bastante com esse também viu..




Fred Vasconcelos 28/05/2022

E se os alemães tivessem vencido a Segunda Guerra Mundial, e se Churchill tivesse sido assassinado e se os japoneses tivessem derrotado os americanos?

Philip K Dick, fazendo uso de um estilo frio, brilhantemente nos apresenta a sua ucronia.
O romance se desenrola seguindo o ponto de vista de diferentes personagens (o livro em alguns momentos me pareceu mais uma antologia de contos), divididos entre os americanos, submetidos à Ocupação, que buscam apesar de tudo realizar seu potencial e curar suas feridas; e entre japoneses, que ocupam a Costa Oeste da Califórnia (a maior parte da trama se passa em São Francisco), aliados dos nazistas, mas ameaçados por eles, ainda mais após a morte de Bormann, o chanceler alemão; finalmente, entre os próprios alemães, estabelecidos na América, dispersados em rivalidades estéreis.
O tom factual dá a história um aspecto bizarro. Os personagens me pareceram inacessíveis em alguns momentos, quase desumanos. Alguns acreditam em um destino melhor para si próprios e para o seu país, outros são cínicos, brutais e satisfeitos em cumprir ordens. O Sr. Tagomi, mesmo não sendo lá muito simpático no início, acaba sendo aquele que tem a personalidade mais humana.
Mundos, aparências, fronteira entre ficção e realidade, sendo a realidade como um véu que nos cega? Os japoneses precisam de um livro para orientá-los em suas decisões. A adivinhação é a regra de ouro para cada escolha importante ou não na vida cotidiana. Outro livro também está circulando sob as mãos "O Gafanhoto Torna-se Pesado", que é de fato um livro no livro, e portanto, uma ucronia na ucronia, e conta a história (especulativa) de uma derrota alemã e uma vitória aliada na Segunda Guerra Mundial .
Muitas referências ao Yin e Yang e que nem sei se ainda estão em voga como lá nos anos 60. Um texto que se sustenta sobre a filosofia oriental que tanto gosto fazia ao Dick.

Vai parecer bem estranho a quem não tem intimidade com a proposta e que não tem muito conhecimento sobre o que se passava com o autor na época.
Michele.Helena 28/05/2022minha estante
Adorei seu ponto de vista sobre a obra.




William LGZ 24/05/2022

Uma ótima construção para uma conclusão decepcionante
Para mim foi um daqueles livros que ficam piores conforme se pensam neles, se salvando apenas em sua ótima composição de mundo e por um bom ritmo... que não levam à muita coisa.

Depois de se acostumar à realidade alternativa, a experiência até que estava sendo bem agradável. O sabor amargo veio ao finalizar o texto e perceber que mal saí do ponto inicial, com os protagonistas tendo desfechos bem vazios que, com excessão de um, tornaram toda a jornada insignificante.

Minha nota apenas não é menor por conta do interessantíssimo conceito de "E se?" da obra, que me instigou muito por uma boa parte dele, e por acreditar que mesmo com a brochada ao final ainda entregou bons momentos e boas reflexões.

Se for para ler algo de Philip K. Dick, acredito que hajam opções melhores como "Sonhos Elétricos" e "Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?" (Blade Runner). Recomendo este aqui apenas se tiver um grande interesse no tema.
Ster 24/05/2022minha estante
Gostei mto do livro, e gostei bem mais quando assisti a série. Veja, gostei mais do livro, a série é um pavor! Juliana é uma chatola no livro, na série nem menciono. Apesar de ter gostado, considero que a ideia não foi bem desenvolvida. Um tema muito interessante, mal aproveitado.


Marcos774 08/07/2022minha estante
Estou lendo o livro agora e não estou gostando.... Não estou conseguindo idealizar os fatos. ?




Moya2 23/05/2022

Esperava mais.
A premissa é ótima, mas se perde em meio a vários personagens que ocupam páginas e mais páginas sem ser explorados adequadamente.

Mesmo assim pretendo assistir a série, pois acho que nesse formato a ênfase nos vários personagens pode ter um bom resultado.
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Ziggy7 18/05/2022

E se... o mundo fosse governado pela a Alemanha e Japão?
Eu sou o tipo de pessoa que é horrível com datas e nomes, o que me torna meio ruim em história.
Contudo, nesse livro não precisa saber de tudo, apenas quem ganhou a guerra.
Uma obra que te faz pensar sobre a historicidade das coisas, em até que ponto aquele objeto vale aquele valor exorbitante. Ninguém sabe se é realmente algo que veio da guerra ou uma cópia muito bem feita, quem dá o valor sentimental e acredita ser autêntico é quem comprou.
Não me identifiquei com nenhum personagem, mas todos eles são cativantes e muito bem escritos.
Sem ter o que dizer nessa resenha que não seja spoiler,ou que não seja um fato que entregue a leitura, a recomendo para quem ama pequenos efeitos borboletas que causariam grandes estragos.
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@thereader2408 18/05/2022

E se...?
Em "O homem do castelo alto" Philip K. Dick extrapola a linha divisória entre passado, presente e futuro, problematizando a relação entre fatos que aconteceram na nossa história e aqueles que poderiam ter acontecido e com isso aponta várias outras realidades alternativas, e isso é genial.

A história se passa nos EUA de 1962 e mostra um mundo pós segunda guerra onde os países do Eixo esmagaram os Aliados no final da guerra o que deixou o mundo dividido em uma Guerra Fria que polarizou o mundo em duas áreas de influência: uma alemã e outra japonesa.

A novidade não fica por aí O homem do castelo alto, o Sr. Abendsen, é um escritor de ficção científica que assim como o próprio Dick escreveu um livro sobre um universo paralelo. O livro "Grasshopper Lies Heavy" descreve um mundo onde o Eixo perdeu a guerra e EUA e Inglaterra são os grandes vencedores. Conseguiram captar? Dick escreveu um livro sobre um distopia que inverte a nossa história real, mas dentro do livro dele também tem um livro que é um pouco mais próxima da nossa história real.

O livro de Abendsen é uma ficção utópica, enquanto que o livro do Dick é uma ficção distópica. O cara é tão espetacular que ele cria, não só uma história paralela a nossa própria história, ele cria uma estratégia metaficcional mostrando uma ficção paralela à sua própria. O que me surpreende é que parte da Europa passou as décadas sob regimes fascistas, e o que vemos acontecer no livro do Dick nos EUA aconteceu de verdade na Polônia e na Ucrânia, e isso foi o que mais me chocou aqui.

Em 1995 Umberto Eco reuniu 14 características do fascismo elencando as nuances que são comuns aos regimes fascistas,tais como: culto à tradição; rejeição a cultura e a ciência; ação sem reflexão; o regime não pode ser questionado; racismo e xenofobia; sempre haverá um inimigo para combater e o povo é tratado como uma entidade única e todos pensam igual. É bom ter isso em mente ao ler esse livro, afinal dizem que as distopias são os contos de fada dos adultos e nos dão lições sobre o que não fazer e quais são as consequências quando ignoramos sinais claros de ataque aos pilares da democracia.

@thereader2408
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