Filosofia do Cérebro

Filosofia do Cérebro João de Fernandes Teixeira




Resenhas - Filosofia do Cérebro


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Heidi Gisele Borges 26/02/2024

Um livro para perceber como já estamos avançados desde o seu lançamento.

O que nos faz pensar sobre a neuroética, proposta pelo autor, e os perigos que um chip cerebral pode trazer. E ele já está entre nós. O primeiro chip, o Neuralink, foi colocado num paciente com limitações. Até agora sabe-se que a pessoa se recupera bem e já conseguiu movimentar um mouse.

Mas e quando e se o chip estiver disponível para todos, não apenas para as pessoas com limitações?

Qual a ética será seguida? Quem será o responsável pelo conteúdo transmitido? As pessoas terão escolhas?

São muitas perguntas, e podemos ter respostas em breve...
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Cesar 26/02/2023

Filosofia do cérebro
A observação da atividade elétrica do meu cérebro é insuficiente para descobrir meus pensamentos, pois eles são acessíveis apenas a mim. Essa limitação levanta uma questão crucial na filosofia da mente: será possível, algum dia, compreender o pensamento dos outros? João Teixeira, em seu livro, defende que a filosofia da mente é uma excelente forma de se iniciar no universo da filosofia, pois ela engloba as questões clássicas do filosofar, que permeiam a história do conhecimento e persistem mesmo diante de nossos avanços tecnológicos e científicos.

Dessa forma, o autor explora a relação mente-corpo, uma discussão clássica que examina a natureza das conexões entre essas duas instâncias e questiona como elas se manifestam. Além disso, ele oferece uma introdução ao monismo e ao dualismo, explicando as origens do problema, cintando também o filósofo Descartes, que contribuiu significativamente para o embate entre essas duas teorias, bem como entre o materialismo e o idealismo. Dado isso, vale destacar que o autor demonstra grande habilidade em tornar suas reflexões acessíveis ao público diverso, utilizando uma linguagem clara e acessível.

Por conseguinte, numa breve explanação dos capítulos, na terceira parte do livro, existe um debate em torno do materialismo reducionista e o problema da tradução. O cerne da questão é que, embora seja possível identificar que alguém está sentindo calor por meio de alguma observação dos neurônios, a intensidade desse sentimento é subjetiva e, portanto, inacessível aos olhos dos outros. Já no sétimo capítulo, a obra aborda a relevância da inteligência artificial nas discussões filosóficas, especialmente no que se refere às "mentes" artificiais. Assim, Texeira discute as teorias do funcionalismo, que comparam a mente-cérebro com os softwares e hardwares dos computadores, em uma exploração atual e impactante das implicações da tecnologia na filosofia.

Ao final da obra, surgem questões profundas, tais como: é possível manter a liberdade se tudo é reduzido a uma mera materialidade do cérebro? Será que a mente pode ser replicada ou produzida por seres não biológicos? Nesse sentido, João Teixeira vai destacar e defender o surgimento de novas disciplinas filosóficas, cada vez mais interligadas às ciências, como a Neuroética. Portanto, embora o livro ofereça uma exposição clara, concisa e instigante dos principais problemas abordados pela filosofia da mente, por ser um livro breve, acaba sendo apenas um convite aos leitores para explorar mais a fundo esses temas fascinantes.


site: https://www.somenteumfilosofo.com/post/como-ler-a-filosofia-da-mente
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Cristian 19/12/2017

Mente e cérebro e outros problemas
Ótima introdução ao tema. Claro e direto, o autor nos conduz pelos problemas filosóficos relacionados ao cérebro. Ele nos mostra como as neurociências avançaram e produzem um intercâmbio profícuo com a filosofia - assim como tensões quanto a possibilidade ou não de reduzir a filosofia e a psicologia a uma grande e única ciência: a neurociência. O autor crê que isso não é plausível e fornece alguns argumentos. Contudo, ele aponta também que essa não é uma questão definitiva e encerrada.
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Valdo.Alencar 10/04/2020

Somos apenas nossos cérebros?
Sem dúvida alguma, a mente é um dos atributos mais fascinantes que o ser humano possui. Os problema filosófico envolvendo a mente, como sua natureza, constituição etc,.sempre foi tema de grande debate entre os mais eminentes filósofos. O presente livro apresenta de forma sucinta e objetiva quais são as principais implicações filosóficas do problema "mente-cérebro", que, embora antigo, somente nas últimas décadas pôde ser estudado de forma empírica, pois novas tecnologias possibilitaram estudar o comportamento cerebral em seu pleno funcionamento. A neurociência deu fim a uma série de especulações acerca do cérebro, e tem sugerido que nossa mente, dentro de certos limites, seja apenas um substrato imaterial do cérebro, isto é, uma ocorrência natural devida a estrutura e dinâmica de funcionamento do cérebro. Muitos filósofos e pesquisadores discordam acerca desse reducionismo, e o autor também se propõe a apresentar as diferentes considerações acerca desse assunto.
É um livro excelente pra quem deseja, assim como eu, se inteirar sobre os aspectos básicos do tema.
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