Diário de Navegação

Diário de Navegação Vallandro Keating...




Resenhas - Diário de Navegação


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Guilherme Amaro 28/02/2023

Diário de Navegação
Diário de Navegação, escrito por Vallandro Keating e Ricardo Maranhão (professor e historiador) publicado em 2011 pela editora Terceiro Nome, contém 266 páginas.
O Diário de Navegação de Pero Lopes de Souza é uma das fontes mais antigas do Brasil, relata o cotidiano da expedição ao Brasil que empreendeu com seu irmão Martin Afonso de Sousa, no início do século XVI. Representa a primeira iniciativa de ocupação efetiva do Brasil pelos portugueses. Os detalhes da geografia, litoral, cotidiano e vestígios da expedição. As principais missões eram: enfrentar os franceses, realizar um reconhecimento da Costa brasileira, entrar no rio da Prata e iniciar a colonização.

" Zarparam do estuário do Tejo para singrar o Atlântico." Pg 15

" Entre os alimentos de que os tripulantes e passageiros dispunham, destacavam-se a carne salgada, peixes secos, cebolas, manteiga, vinho, compotas, farinha, mel e água potável." Pg 45

" Martim Afonso e seus homens permaneceram quatro dias no povoado de Diogo Álvares (Caramuru), onde presenciaram, um combate entre os indígenas. O espetáculo bélico, vencido pelos indígenas da aldeia de Caramuru, teve como atração extra um banquete antropofágico em que foram assados e servidos alguns dos prisioneiros derrotados." pg 91

"Pero Vaz de Caminha, escrivão da expedição de Cabral, descreveu tão bem "A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos, Andam nus, sem cobertura alguma.. Os cabelos deles são corredios." pg 92

" Construíram um arraial no atual Flamengo, próximo ao morro da Glória, montaram na praia um estaleiro improvisado. " pg 113

" Quando os primeiros europeus chegaram, havia uma população bastante densa, devido à riqueza em caça e pescado no local: aí residiam os indígenas da nação guaianá, que se estendia até próximo de São Vicente, e também os carijós, ali é mais para o sul." Pg 132

" A expedição de Vespúcio teria trazido, a misteriosa figura de " Bacharel de Cananeia", citado por diversos viajantes, um degredados judeu convertido (cristão novo), homem culto." Por toda parte ele vendia escravos índios ( inimigos da tribo em que vivia, capturados em guerras) e serviços para as embarcações que passavam por essas terras, fossem castelhanas ou portuguesas. " Pg 133, 134

" Várias outras frotas e navios portugueses e espanhóis estiveram naquele refúgio ( Ilha de Santa Catarina), mais tarde, o alemão Hans Staden lá faria uma pequena estada, antes de ser capturado pelos indígenas que se tornariam objeto de sua preciosa narrativa." Pg 143

" Martim Afonso não conseguiu fugir completamente dessa história trágica, durante uma tempestade, foi atirado por falta de amarras à costa, junto ao chamado Rio dos Begoais ( atualmente Solís Grande, na costa uruguaia, a 11 léguas a oeste de Punta del Este)." Pg 157

" Mas Martin não iria aceitar isso como um simples fracasso: resolveu que seria necessário pelo menos avançar até o rio da Prata, até mais próximo de onde os espanhóis e Solís estiveram, e narcar esse sítio com " padrões" de posse do rei de Portugal. Para realizar a marcação da posse, Martim Afonso não teve dúvida: designou seu irmão Pero que tinha 20 anos, como comandante do bergantin, à frente de trinta homens." Pg 160

" São Vicente ficava na latitude aproximadamente, segundo cálculos imprecisos, da sonhada Serra da Prata. Não tendo conseguido entrar pelo rio da Prata adentro, Martim procurava estabelecer um ponto de ocupação que se ligava, pelo próprio caminho Peabiru. Tratava-se de transformar o " Porto de Escravos" (capturados pelos Tupiniquins amigos nas tribos inimigas) em " Porto de Minas". E para isso Martim contaria com o apoio do primeiro branco a ocupar a região, o também traficante de escravos João Ramalho oriundo de Vouzela (Portugal)." Pg 185

" João Ramalho teve a lucidez de subir o paredão rochoso da Serra, usando a velha Trilha dos Tupiniquins, parte integrante do Caminho do Peabiru, rumo ao Planalto de Piratininga " Ali teve a habilidade de ficar amigo do chefe Tibiriçá, dos índios aldeados próximos às margens do rio Tietê." Pg 186

" O marco de fundação de São Vicente se encontra dentro do mar, pois as casas oficiais de Cadeia, Conselho etc. foram anos depois alagadas com toda essa parte oficial da vila. Como diz o relato de frei Gaspar: " Foi porém muito breve a duração dos seus edifícios porque tudo levou o mar. A povocação se tinha mudado para o lugar onde hoje existe." Pg 195

" O Engenho de São Jorge de Erasmos foi o primeiro Engenho de Açúcar, produziu Açúcar por mais de oitenta anos. " pg 204

" São Vicente e o Engenho sofreram ao longo das décadas seguintes diversos desastres naturais, além de ataques, saques e incêndios por parte de piratas e aventureiros." Pg 205

" No verão de 1542, São Vicente foi vítima de um violento maremoto, em que águas avançaram mais de 150 metros sobre as casas. Semidestruída, perdendo parte substancial de seu sítio, a vila teve que se mudar para o lado de Tumiaru, em frente aà atual ilha Porchat.
No ano seguinte, Brás Cubas, ex-criado de Martim Afonso, que ganhara um semaria, fundou a vila de Santos." pg 205

"O britânico, Thomas Cavendish, fez em 1588 um duro ataque a Santos e São Vicente, saqueando-as e incendiando engenhos, entre os quais o dos Erasmos". pg 206

" Em 1533, Martim Afonso teve uma entrada no porto de Lisboa triunfal, , deixando em São Vicente 150 homens." pg 213

" Em uma missão na índia, cometeu tais violências contra povos asiáticos. Tentando regressar para Portugal, em fins de 1541, após um naufrágio, Pero Lopes foi capturado por guerreiros do Ceilão, que o torturaram até a morte." Pg 215
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