Resenhas - City of Glass

Codinome 28/12/2019

Um pouco sobre "Cidade de vidro"
Primeiro livro que podemos encontrar, no Brasil, abrindo "A trilogia de Nova York": "Cidade de vidro", me parece, que é o livro (o "Trilogia") que muitos leem primeiro ao procurarem pelo autor Paul Auster.

Mesmo com expectativa sendo criada, "Cidade de vidro" me surpreendeu muitíssimo e de forma super positiva. Uma história que te faz ficar pensando bastante e o próprio leitor se torna meio que um detetive e, também, um escritor imaginativo ao refletir sobre aquilo que não é dito no romance.

Nesse aspecto, lembrou-me bastante o romance "O estrangeiro", de Albert Camus (e acho que Paul Auster o leu). Pois esse romance do filósofo franco-argelino, quando você lê pela primeira vez, você tem a estranha impressão de que a história não é totalmente contada e, portanto, para que a história tenha coerência e coesão de um forma ampla, é necessário um trabalho imaginativo do leitor; no caso de "O estrangeiro", é até mesmo um trabalho moral.

Ao final de "Cidade de vidro", temos uma frase que corrobora um pouco mais para essa minha comparação das duas narrativas: "O caderno vermelho [que é o material o qual o narrador se baseia], representa apenas metade da história, como qualquer leitor sensível logo compreenderá".