O Príncipe

O Príncipe Maquiavel




Resenhas - Maquiavel


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mpettrus 17/12/2022

Propostas Maquiavelianas
??O Príncipe?, considerada a obra mais importante de Maquiavel, foi publicado em 1513, aconselhando os governantes sobre como governar e manter o poder absoluto, mesmo que eles tivessem que fazer inimigos e usarem forças militares. Nessa obra ele tenta resgatar o sentimento cívico do povo italiano. Foi escrito em forma de carta, direcionada a Giuliano de Médici, que faleceu antes que Maquiavel a terminasse. Maquiavel viveu em uma época em que a Itália estava dividida em pequenos principados, enquanto países como a França e Inglaterra eram unificados. A Itália nesse momento estava militar e politicamente fraca.

? O livro é uma obra que pertence ao gênero convencional do ?espelho de príncipe?. Aqui encontramos a ideia de propor conselhos aos príncipes; uma carta dedicatória ao seu protetor; um exame de formas de governo; um modelo de príncipe ideal; a descrição das qualidades e virtudes morais e religiosas que ele deve possuir e etc. Maquiavel nos diz que seu opúsculo busca discutir o que é, de que espécies são e como se adquirem, mantem e perdem o principado. Que apresenta, portanto, um tratado político, especificamente, um sobre os principados. Ele diz, entretanto, que este livro deve ser de interesse de um príncipe e, em especial, do interesse de um príncipe novo.

? Nos primeiros quatorze capítulos, Maquiavel classifica os principados em gêneros bem definidos, dividindo-os em hereditários e novos, explicitando como se dá a conquista em cada um: com exército próprio ou de outros, pelo fluxo de acontecimentos ou pelo conjunto de qualidades do governante. O autor procura não construir um Estado ideal, e sim ver os problemas reais, a realidade concreta das coisas. O livro é repleto de exemplos da Antiguidade e Idade Média, por exemplo, Moisés, Ciro, Rômulo, Teseu, Aníbal, porém, a maioria deles é contemporânea, como César Bórgia, Francesco Sforza e o Papa Júlio II. Tudo para comprovar seu ponto de vista.
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? O primeiro capítulo do livro não nos informa somente tipos de principados, mas como são adquiridos; o segundo não nos introduz a questão somente sobre como se podem governar os principados, mas sobre como mantê-los. Parece haver uma questão concorrente, um ponto complementar salientado pelo autor ? não somente o que são e como se governam, mas também como se conquistam e como se mantem é uma questão fundamental.

?No capítulo XV do livro, o autor deixa claro sua intenção em refletir sobre as ações políticas a partir de fatos concretos, como ele mesmo diz que sua verdadeira intenção é escrever algo útil para quem o ler. O Príncipe deve concentrar sua atenção na realidade política que o circunda, eliminando qualquer espécie de idealização em relação a ela, uma vez que esta pode levar a ruína, ao invés do sucesso.

Nos capítulos posteriores, o autor discorre sobre diversos aspectos relacionados a um príncipe. Comenta sobre as qualidades que um governante precisa ter e outras a evitar, o cuidado devido às finanças, à cobrança de impostos e à utilização desses recursos. Trata, também, da dicotomia ?se é melhor ser amado que temido ou melhor ser temido que amado?, afirmando que ?os homens têm menos receio de ofender quem se faz amar, do que a quem se faz temer?.

Para Maquiavel, é mais importante aparentar ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, a de fato possuir tais qualidades. Sua teoria é baseada no fato de que ?? todos veem o que se aparenta, poucos sentem aquilo que realmente é; e esses poucos não se atrevem a contrariar a opinião dos muitos?. Um príncipe deve evitar o desprezo e o ódio dos homens, manter o povo feliz, afastar-se de bajuladores e controlar seus secretários.

? Nas reflexões sobre as questões militares o autor evidencia a conexão que existe entre as armas e a política, salientando não somente o âmbito técnico de ataque e defesa, mas a dimensão política que elas comportam. Sua pretensão é de esclarecer como as armas podem proporcionar benefícios não apenas na realização de uma guerra, mas também para estruturar e organizar o principado de modo adequado e seguro.

? Nos três últimos capítulos, Maquiavel aborda a invasão da França na Itália, os motivos que levaram a perda de alguns estados. Defende a tese de que um governo novo tem suas ações mais observadas que o antigo, e que os homens se interessam mais pelas coisas do presente do que pelas do passado. As propostas maquiavelianas são, de certo modo, tornar dependentes entre si duas instituições: o Príncipe e o Povo.

O povo, ao verificar que a única possibilidade de manter sua segurança é garantindo a manutenção do príncipe no poder, se convence que deve apoiá-lo para combater o inimigo externo, procurando dedicar-se com empenho na defesa do principado. Contudo, o príncipe deve reconhecer que o povo não se submete ao seu poder somente pela segurança que lhes é garantida, mas também pelo fato de realizarem ações ao seu favor.

Como afirma Maquiavel: ?é da natureza dos homens deixar-se cativar tanto pelos benefícios feitos como pelos recebidos?. Dessa forma, para que as ações políticas sejam realmente consistentes, o príncipe deve ficar atento para a lógica das relações que estabelece com os súditos; se isso for dimensionado de maneira adequada, ele criará uma relação de reciprocidade tão estreita com eles que não imaginariam outra solução para garantir a sua própria existência a não ser apoiar o príncipe na boa ou na má sorte.
Michel33 27/01/2023minha estante
Como faz pra ler o livro??




Carol 27/04/2022

O Príncipe
Cruel e real.
Incrível como alguns escritores conseguem se tornar imortais, com suas escritas.
O Príncipe talvez seja um desses livros, e que precisa ser relido algumas vezes.
É difícil segurar o embrulho no estômago, em algumas partes.
Eu me senti lendo um livro sobre a realidade de muitos governos atuais.
É o passado no presente, e provalmente, não muito diferente de como agirão governos futuros.
É uma leitura revoltante, porém magnânima.
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caos 31/01/2022

O Príncipe, Machiavelli
Essa edição conta com um prefácio incrível e esclarecedor, com a obra mais conhecida do autor, "O Príncipe" e outros escritos e cartas de Niccolò Machiavelli. Por conta do tempo, li apenas O Príncipe e que obra incrível! Niccolò é um importante nome da Ciência Política porque rompeu com a tradição filosófica de escrever sobre formas idealizadas acerca das formas de governo. O autor florentino, no entanto, escreve sobre a realidade política em que vive: relações de poder, intrigas, assassinatos, jogos de poder etc.

Sobre a leitura: nunca imaginei que gostaria tanto dessa obra, apesar de ler para um trabalho acadêmico e ter tido pouco tempo, fiz um bom proveito da leitura. Em capítulos curtos, diretos e enxutos, Machiavelli escreve sobre os erros e acertos dos governantes utilizando-se de uma filosofia histórica. Sua posição republicana é bastante reforçada nessa obra. Enfim, recomendo a leitura para quem se interessa pelo campo da Ciência Política e chego a dizer que é uma leitura essencial - não é uma leitura simples e exige estudo histórico. No final, concordo com a análise de Rousseau: ao escrever um manual para os principados, Machiavelli deixou ao povo um manual de como não ser explorado e enganado pelos príncipes.
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sarahiensen 28/08/2021

Q isso Maquiavel?vc era foda e claramente mt inteligente
Confesso q o livro é meio chato de se ler, porém é muito interessante e não me arrependo de ter lido. Quem lê com certeza adquire mais conhecimento não apenas sobre como governar politicamente, mas também sobre como liderar em qualquer esfera da vida. Uma dica para conseguir ler mesmo sendo meio chato é audiobook. No meu caso me ajudou muito escutar,, pois se fosse livro físico eu teria enrolado demais para terminar de ler.
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Clio0 21/04/2021

A edição de Os Pensadores traz o clássico O Príncipe e uma coletânea de cartas e escritos denominada Escritos Políticos. A Nova Cultural fez um ótimo trabalho produzindo com papel de qualidade e ainda fornecendo uma breve biografia e um índice de nomes.

Quanto ao texto em si, O Príncipe é uma mistura de manual absolutista com história italiana. Qualquer curso de História Medieval alegremente colocará esse livro como parte da grande, pois há poucos exemplos tão bem analisados e argumentados sobre o período citado.

Esse é um dos grandes trunfos do autor, ele não apenas apresenta sua proposta, ele a abaliza dando nomes, datas, fatos. - E esse é o momento em que a maioria dos leitores começa a sentir a pressão.

Por mais que hajam notas e índices, uma pessoa com fraco conhecimento de História Italiana e sua formação de Estado e Nação sentirá grande dificuldade em navegar pelos exemplos e pela nomenclatura que segue a definição romana-italiana, e não a íbero-inglesa que é a qual o MEC popularizou.

Como leitura obrigatória em Ciências Humanas, são poucos os que já não ouviram um ou outro princípio maquiaveliano. Contudo, a forma como é contextualizada faz toda a diferença. Maquiavel defendia seu trabalho como um fazer político, não como uma moral.

Há no livro, é claro, pesadas críticas a situação política na Itália da época. O autor, como todos os seus contemporâneos, basicamente destila veneno ao se referir ao processo de conquista "estrangeira". Algo que ele considera como uma ofensa.

Enfim, leitura base para qualquer um que se interesse por Ciências Políticas.
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Rodrigo 26/03/2021

Princípie de Maquiavel
O livro Príncipe de Maquiavel e um leitura um pouco complexa, porém você termina de ler com outra visão da politica, e de como o estado trabalhava naquela época, e como algumas coisas reflete até o dia de hoje.
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L. Gabriel 17/02/2021

Ao príncipe é necessário saber empregar o animal e o homem
Nicolau Maquiavel foi um diplomata e dramaturgo que viveu em Florença, entre o final do século XV e o início do XVI, sob o domínio da família Médici. Na época, não havia a unidade da Itália, sendo a península dividida em inúmeras cidades governadas independentemente por monarcas. Nesse contexto, Maquiavel testemunhou as artimanhas e o funcionamento do governo de várias cidades, o que o inspirou a produzir uma obra que tratasse da política como ela é, sem as utopias e fantasias de autores anteriores a ele.
A primeira parte do volume é o livro "O Príncipe", no qual ele explica como um governante deve agir em diferentes situações. Eu já havia o lido no meu ensino médio, porém relendo atualmente pude entender melhor certas partes. É polêmico até hoje por defender atitudes que podem parecer erradas moralmente, mas que são necessárias segundo o autor para o monarca manter seu poder e para sustentar sua nação. Maquiavel trabalha de forma genial com metáforas e usa vários exemplos da História da humanidade pra legitimar seus argumentos, como o Império Persa e a repúbica romana. Também reconhece a importância do povo no governo, algo que parece óbvio para nós atualmente, mas que não era devidamente valorizado.
A segunda parte são cartas de missões diplomáticas às quais ele foi enviado durante seu trabalho; é mais cansativa de se ler por conter muitos detalhes complexos que só compreendemos se soubermos o contexto histórico das cidades abordadas, sendo fundamental ler o glossário e a introdução feitos pelo editor do volume. Nelas, vemos as opiniões de Maquiavel sobre o imperador alemão e a confusa divisão de seu território; a descrição do plano do duque César Bórgia, filho do papa, que assassinou os adversários que se opunham ao domínio do monarca em certas cidades; o funcionamento da república da cidade de Luca e de suas eleições, entre outros.
Assim, a obra de Maquiavel foi muito importante na sua época por ser ousada e servir como um guia para muitos governantes ao longo dos anos, e é um relato vivo do caos que enfrentava a Itália no passado. É uma leitura densa, mas que achei muito interessante.
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pam.ggs 10/10/2020

Leitura obrigatória de vestibular e de autoajuda
Não sei vocês, mas eu tenho duas versões de O Príncipe:
A primeira é aquela que muitos julgam por não saber do contexto histórico em que foi escrita, com o objetivo de literalmente ser um manual para governantes de como tomar e permanecer no poder. Nesse caso, nos dias de hoje, muito não pode ser aproveitado por conta das mudanças que a sociedade sofreu, porém, ainda há muitas coisas que podem - e são - aproveitadas por muitos líderes de Estado;
A segunda versão já é em um âmbito mais individual. Visto que em muitas situações Maquiavel recomenda ser "egoísta", para pessoas que possuem muita dependência de outras pessoas, ler esses conselhos, mesmo que tenham sido escritos para outros objetivos, são bons para pessoas que precisam pensar e agir mais pra si mesmo. Pra quem já é egoísta e "maquiavélico", não recomendo.
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Guirique 30/06/2020

Indicação da faculdade
Uma leitura difícil, talvez não tenha lido no mei melhor momento. Pretendo lê-lo novamente.
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por Chrystiene Queiroz 21/10/2017

O principe
O Príncipe, escrito por Nicolau Maquiavel (historiador, poeta, diplomata e músico de origem florentina do Renascimento).
Esta obra poderia ser um manual de ação política, onde #Maquiavel dissertou sobre como deveria ser o poder político exercido sobre um território e uma população, estabelecendo formas de relacionamento do monarca para com a nobreza, o clero e o povo. Nessa obra, o autor sugeriu diretrizes para que um soberano fosse capaz de conquistar, reinar e manter seu poder.
Dizem que política é um assunto que não se discute, mas é válido entendê-la para evitarmos futuras dores de cabeça, né? Começar por este livro é um bom caminho ☺.
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alemanfrin 27/08/2016

O homem sem Fortuna de ótima Virtú
O poder tem seu preço. É preciso ter muita força de vontade e capacidade para fazer tudo o que é necessário para subjugar o inimigo e contentar os amigos, inclusive relativisar o certo e o errado. O bem e o mal não existem... Apenas o poder!
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Kayque 08/12/2014

Maquiavélico
Leitura difícil e chata. Poderia terminar por aqui, mas o livro me mostrou toda a "maquiavelice" que o Príncipe propunha, da qual aos poucos as páginas passavam e eu sentia minha cabeça traçar paralelos com o tempo atual.

Recomendo a leitura, mas já aviso: Tenha com você um google pra poder explicar certos pontos do pensamento, junto com a paciência. Dito isso, após alguns capítulos o livro deslancha como qualquer outro.
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Beatriz 04/01/2013

Maquiavel
Finalmente terminei a leitura. Confesso que foi difícil chegar ao fim. Porém no decorrer do livro observei que muitas das atitudes de nossos governantes tem haver com os relatos presentes no manuscrito de Maquiavel. O livro nos traz os manuscritos feitos por Maquiavel durante alguns anos sobre a vida dos ditos Príncipes. São situações e relatos que no meu ver servem não apenas para governantes de estados como para qualquer outra pessoa que queira liderar algo, alguma posição ou cargo empresarial. São atitudes que se analisarmos com cautela realmente dão sentido em como governar com sucesso ou fracasso. Isso dependerá da forma que a pessoa comandará seus subordinados. Maquiavel um livro de leitura difícil, muitos nomes diferentes para mim, mas ao término do livro encontrei um índice de nomes ao qual gostei muito, pois aprendi o significado de tantos nomes tão falados por tantas pessoas e que até então não conhecia. Valeu a persistência e o término da leitura. Quem sabe um dia faço uma releitura...quem sabe...
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