Aline Memória 04/08/2010
Mocinho com cicatrizes é uma temática bastante abordada, e eu já tinha visto mocinhas com problemas de visão, mas foi justamente por juntar esses dois tipos que eu me interessei a princípio pelo livro. Foi uma surpresa quando fui lendo e percebendo que era tão bom, que só parei de ler quando terminei - e não me incomodaria se o livro fosse maior, pelo contrário.
Clarissa é míope e, como não enxerga direito sem os óculos, provocou vários acidentes em bailes (como incendiar a peruca de um homem e derramar chá em outro), o que gradativamente fez com que seus pretendentes ficassem com medo de se aproximarem, e até a deixou com a fama de fútil por não usar os óculos. Na verdade, ela não os usa pois sua madrasta não deixa e diz que ela fica tão feia usando-os que afastaria qualquer possibilidade de encontrar um marido. Porém, essa má fama não impede Adrian de se aproximar dela.
Adrian está voltando a Londres após 10 anos, pois vivia no interior desde que se machucou na Guerra da Sucessão Espanhola e ganhou uma cicatriz no rosto. Assim que vê Clarissa, se encanta por ela e logo após a primeira dança decide que quer conquistá-la. Ela também se interessa por ele, porém sua madrasta proíbe que eles continuem se conhecendo, por causa da fama de mulherengo que Adrian tinha (10 anos antes) e por causa de sua cicatriz. Ele não desiste e começa a armar encontros escondidos com Clarissa, e é romântico desde o início, chegando a preparar um piquenique pra ela.
E por aí vai a história, até que alguns acontecimentos fazem com que os dois se casem. Ambos se apaixonam facilmente, mas têm inseguranças quanto ao outro: Clarissa tem medo de usar os óculos na frente de Adrian, pois sua madrasta colocou em sua cabeça que com eles ela ficava feia; e Adrian receia que, com os óculos, Clarissa veja como ele é direito, com sua cicatriz.
O livro é super romântico; Adrian é romântico, mas também sabe o que quer, rendendo boas partes entre os dois. A narrativa é bem-humorada e o livro é cheio de partes muito engraçadas (a da chave e a fechadura são as melhores); tem até um pouco de mistério no final. Sinceramente, nunca tinha lido um romance histórico que tivesse conseguido conciliar tão bem o romance e a comédia.
Super recomendo, depois vou ler os outros livros da autora para ver se são tão bons quanto este!