Marcus 01/10/2023Para encarar os mistérios do universoMuita gente vai associar o nome de Carl Sagan à série de TV “Cosmos”, produzida com sua esposa Ann Druyan, lançada nos EUA em 1981 e exibida no Brasil entre 1982 e 1983. Astrônomo e astrofísico norte-americano, Sagan foi um excelente divulgador da ciência, e também publicou vários livros, acadêmicos, para leigos e a ficção “Contato”.
Li quase toda a obra de Sagan. Seu texto é muito claro, encanta o leitor quando exalta mas maravilhas da ciência, instiga a curiosidade a cada linha e provoca reflexões. “O Romance da Ciência” foi publicado nos EUA em 1979, chegou ao Brasil apenas dez anos depois, mas só fui lê-lo agora.
A obra reúne 25 trabalhos do autor. Parte deles são transcrições de palestras, republicação de artigos de revistas científicas e alguns inéditos. Três ou quatro textos farão a alegria de um estudante de física, mas pela primeira vez fugiram ao meu alcance, principalmente por conta das fórmulas. Lindas de ver, mas incompreensíveis para mim. Há outro senão, mas esse é pelo fato de eu ter esporeado tanto tempo para ler. Escritos há mais de 40 anos, alguns capítulos ficaram desatualizados.
Então não vale mais a pena ler “O Romance da Ciência”? Vale! O raciocínio e o texto elegante de Sagan oferecem ao leitor instigantes considerações sobre grandes cientistas, vida extraterrestre inteligente, viagens espaciais, exploração do sistema solar e - tema caro ao autor - reflexões sobre ciência, pseudociência e religiões. Há um capítulo dedicado à análise de obras de ficção científica.
“O Romance da Ciência” foi lançado em 1989 pela editora Francisco Avisa, com tradução de Carlos Aberto Medeiros. O título encontra-se esgotado, mas pode ser encontrada em sebos por valores bem razoáveis em. Para quem lê em inglês, o título original é “Broca's Brain: Reflections on the Romance of Science”. “O cérebro de Broca” é justamente o primeiro capítulo do livro, escrito em homenagem ao cientista francês Paul Broca, do século 19.
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