Vozes do Deserto

Vozes do Deserto Nélida Piñon




Resenhas - Vozes do Deserto


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desto_beßer 20/04/2009

Urghh...uma história que poderia ser contada em um sessenta e quatro avos do número de páginas, cuja beleza onírica fumegante, acalentada pelo calor das tépidas areias do deserto e da carne humana, perde-se em recursos estilísticos cansativos como o anterior e na repetição metódica e arrepiante de palavras – meu limite de suportar ler ‘olor’ diminuiu consideravelmente depois desse livro. Maçante pacas. Eis aqui uma curiosa homenagem "à imaginação humana e à arte de fabular", como garantiu Nélida, quem, aliás, apesar de ter tentado mergulhar no mundo árabe, foi mais grega do que nunca na hora de presentear Scherezade e sua habilidade mítica de contar boas histórias. A lenga-lenga é tanta que fica fácil entender porque ganhou o prêmio Jabuti de 2005, mais metafórico impossível.
Roberta 30/03/2019minha estante
Pois estou no início do livro e já tenho a mesma opinião. Nunca leio resenhas antes da leitura, mas nesse caso como tenho achado o livro chatíssimo e um desperdício de metáforas resolvi ver se alguém tinha uma opinião parecida com a minha. Não sou de abandonar leituras, mas neste caso estou muito inclinada.


Cris01 16/03/2021minha estante
Concordo, estou odiando essa leitura, infelizmente não flui a história




Amanda Nachard 17/06/2022

Expectativa muito alta e frustração - VENDO NA SHOPEE
VI VÁAAARIAS pessoas elogiarem a autora - que, inclusive, é integrante da Academia Brasileira de Letras - e criei uma expectativa enorme sobre suas obras. E, nesse caso específico, a história pela perspectiva de Scherezade? Interessantíssimo, especialmente pra quem, feminista, gosta de inverter os padrões masculinos das narrativas.

PORÉM, a história que poderia ser contada em metade (ou menos) do número de páginas. Nélida usa muuuuitos recursos estilísticos, vocabulário difícil, além de focar e na repetição metódica de palavras e temas.

A autora se propôs a explorar o mundo árabe, nas histórias dAs Mil e Uma Noites, mas fez diversas referências à "original" sem contextualizar e, talvez, isso dificulte a conexão do leitor que não está familiarizado.

PRA QUEM É FÃ, gosta do estilo, ou quer dar uma chance já que esse livro ganhou o PRÊMIO JABUTI, vendo o livro (em perfeito estado) na shopee (R$25,00).
Martony.Demes 20/06/2022minha estante
Olha, estou lendo esses dias e esse foi o que atinei! Poxa! Espera que ela explorasse mais a obra 1001 noites, esmagasse-a etc. O que vejo é só uns ?loops? de repetições capitulo a capítulos! Enfim! Vou tentar terminar...




Replithgirassol 03/02/2011

Toda pessoa apaixonada por literatura e criação deve ler este livro, permite viajar e criar.
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Hélio 31/01/2021

O romance tem seus pontos altos e baixos. E no geral, vai crescendo a intensidade e qualidade da narrativa. À medida que Nélida Piñon vai adentrando o universo íntimo das personagens a história ganha vida e força, e começamos a ficar desejosos de ver as próximas páginas, o que o destino reserva a cada uma delas.

É um livro que vale a leitura, apesar de requerer um esforço maior para vencer o primeiro quarto dele.
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Malu 21/02/2021

Vozes do Deserto
Este certamente foi um dos poucos livros da autora q não me identifiquei. Achei cansativo e sem um propósito específico, pois não entendi o tema. Uma pena, gosto tanto da Nélida, mas acho q nesta obra ela não foi mt feliz, uma pena.
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Cris01 19/03/2021

Título meia boca
O livro fica no blá blá blá, é cansativo, não flui a leitura. O título é dado por duas referências no livro todo. Não sei como esse livro ganhou alguns prêmios!
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Hugo.Alves 27/12/2021

De modo geral o livro é bastante enfadonho.

Decidi iniciar a leitura baseado nos prêmios que ele recebeu, mas me decepcionei com a leitura "barriguda".
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Denny Messoliver 05/02/2022

Vozes do Deserto
A Autora ilustra de forma fluida a vida de Scherezade uma exímia contadora de histórias, que decide por se sacrificar, para salvar outras jovens de uma morte iminente.

O livro se baseia nos contos de Scherezade, de as mil e uma noites, não sendo de fato a real historia da jovem sultana.

Mas é uma leitura muito agradavel como forma de entretenimento.
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Martony.Demes 21/07/2022

Livro legal, tem uma escrita bem apurada, vocabulário bem rico. Porém as histórias são muito prolixas e até meio repetitivas! Confesso que foi um livro cansativo. Deve ser para um público bem específico que aprecia!

Pra mim não deu!
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Emanuel Xampy Fontinhas 31/07/2022

A história das Mil e Uma Noites recontada de uma maneira bastante peculiar. Silenciosa, morosa e com o sexo e a sexualidade como protagonistas, mas uma sensualidade revestida de dor e violência. Muito bom livro, apesar de vagaroso de se ler. Minha primeira incursão na obra da autora.
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JuPenoni 09/12/2022

"Vozes do deserto é, antes de tudo, uma homenagem à arte de contar histórias."

É assim Uirá Machado apresenta o livro na contracapa. E é exatamente esse o sentimento enquanto lia o livro.

Ele é todo uma contação, como se fosse uma história oral. Essa característica, de início me empolgou, mas na metade do livro, achei cansativo. No final, o livro cresce um pouco.

Segundo livro da autora que leio e fico admirada em ver a versatilidade na forma de contar as histórias.
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Raphael 12/02/2023

Mixed feelings...
1º livro do ano: Vozes no Deserto
Autora: Nélida Piñon
Editora: Folha de S. Paulo, 320 páginas

Nota: 3,0/5,0

Inicio por me confessar: quem escreve esta resenha é um leitor apaixonado pelo texto de Nélida Piñon. Desde o primeiro contato travado, rendi-me à genialidade da escritora e, do alto da minha ninguendade, terminei por fazer coro ao crítico literário Eduardo Lourenço: trata-se de uma das maiores escritoras latino-americanas.

Confesso também, de saída, que a minha leitura está bastante orientada por tudo que o amigo @lucascafre escreveu em um belíssimo texto a respeito deste livro, o qual consta do blog dele, cujo link eu vou deixar indicado nos comentários a este post. Dito isso, vamos às minhas impressões.

A história das Mil e Uma Noites é conhecida. O Califa, traído pela esposa, condena todas as mulheres ao seu ódio e, obstinado em não ser novamente desonrado, casa-se com uma mulher a cada noite para, na manhã seguinte à noite de núpcias, mandá-las ao cadafalso. Para parar a carnificina, Scherezade, confiante na potência de sua imaginação, pretende se casar com o Califa e seduzi-lo com suas histórias, fisgando o coração do tirano pela curiosidade em conhecer os desfechos das tramas por ela urdidas a cada noite.

Em Vozes do Deserto, Nélida desloca o interesse das narrativas de Scherezade para a própria contadora de histórias, dando ao leitor a oportunidade de compreender a agonia de sua situação. Trancafiada nos aposentos do Califa, Scherezade vive sob a ameaça perene do fio da navalha e, durante noites sem conta, vê-se obrigada a um ritual no qual é sexualmente violada por um homem que despreza para, em seguida, colocar tudo de si no esforço de contar uma história que enfeitice o seu algoz de tal modo que, a cada amanhecer, o tirano acene ao carrasco a fim de poupar-lhe a vida por mais um dia.

Gostei do livro? Mixed feelings.

Eu entendo que, ao pretender reconstituir as circunstâncias de Scherezade, confinada a um universo muito restrito, prisioneira dos aposentos do monarca e das obrigações degradantes que assume numa luta pela própria sobrevivência; obrigada, sob a ameaça permanente que paira sobre a sua vida, a um esforço criativo absolutamente excruciante... enfim, eu entendo que uma narrativa como esta necessariamente teria de assumir uma forma circular. Capítulo após capítulo, o leitor é enredado nessa rotina e também se vê tiranizado por ela. Há momentos em que a leitura entedia, mas talvez, de maneira um tanto paradoxal, como assinalou o Lucas em seu texto, o tédio ajude a compor a ambientação da história e a experiência que é ler este livro.

Lentamente, Nélida vai deixando ver as mudanças que as histórias de Scherezade operam nas disposições íntimas do Califa, que aos poucos vai se humanizando. E essas transições vão ocorrendo de maneira realmente sutil. Paralelamente, no entanto, Scherezade, em seu esforço heroico, começa a soçobrar.

O texto é impecável, como se espera de Nélida, e o tom épico compõe bem o drama da mais famosa contadora de histórias da literatura universal. É forçoso reconhecer que se trata de uma obra ambiciosa e é possível apreciar a grande realização artística que ela encerra. Mas não vou mentir. Concluir esta leitura me demandou alguma persistência. Mas a confiança no gênio de Nélida e a ânsia de ver Scherezade livre da situação opressiva em que estava metida me conduziu até o final.

Ainda assim, entendo se tratar de um livro que não irá agradar a todos e, portanto, não o recomendaria como porta de entrada para a obra de Nélida.
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Carlos Nunes 09/11/2023

Um tributo à contação de histórias
Recentemente li O LIVRO DAS MIL E UMA NOITES e como já tinha esse na estante há algum tempo, considerei uma boa ideia lê-lo em seguida. Apesar das várias opiniões negativas, e de eu próprio estar achando a leitura um tanto repetitiva (sem falar no forte teor sexual, no tênue limite entre o erótico e o pornográfico), insisti na leitura e acabei mais uma vez surpreendido por essa grande autora, que recentemente nos deixou. É fato que a escrita da Nélida é bem peculiar, extremamente trabalhada e um tanto quanto trabalhosa (um pouquinho difícil, mas nem de longe tão incompreensível quanto a Clarice, por exemplo), mas não podemos negar que é belíssima e bastante poética.
Em VOZES DO DESERTO, a autora pegou a história-moldura das 1001 Noites, e nos fez mergulhar nos mistérios, dores, prazeres, angústias, sonhos e medos de três mulheres: a contadora de histórias Sherazade, sua irmã Dinazade e a escrava Jasmine, mas não só. Conhecemos também o que se passa no coração do califa Shariar, o todo-poderoso soberano que decidiu se vingar da traição da esposa em todas as donzelas do reino, casando-se com elas, usufruindo da noite de núpcias e ordenando sua decapitação na manhã seguinte. Mas é claro que a Nélida, feminista de carteirinha, mas uma feminista raiz, que defende a igualdade entre os gêneros sem vilanizar o homem, subverte a história, dando voz e vez a essas mulheres, inclusive com um final alternativo que, a meu ver, seria impensável na cultura muçulmana da época retratada (e provavelmente ainda hoje também), mas que está totalmente de acordo com o rumo que a narrativa toma.
O que se destacou, porém, é que o livro me pareceu uma grande homenagem à literatura e à arte de contar histórias, mostrando que, através da ficção, nós conseguimos de maneira inigualável atingir o âmago dos nossos sentimentos, e que através de uma boa e envolvente narrativa, somos capazes de ter novos pontos de vista e, a partir daí, até mesmo mudarmos nossas opiniões e atitudes.
Entendo quem não gostou, é um livro rebuscado, sem diálogos e quase sem ação, mas para mim foi uma leitura bastante agradável e recompensadora, mesmo que não esplendorosa. Há que se dar uma chance.
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