C. Aguiar 18/01/2013Esta resenha é em parceria com o autor Ulisses Aguiar.
Eu já começo dizendo que não sabia o que esperar do livro e fiquei um pouco confusa no começo para poder pegar "o tranco" na leitura (pois havia acabado de terminar um livro que me deu uma baita ressaca literária).
No começo do livro somos apresentados a uma grande catástrofe que aconteceu no mundo, e um tempo depois conhecemos homem e mulheres especiais (com dons) que podem ser desenvolvidos tanto para o bem (talhados do manto), quanto para o mal (talhados da perdição) e existem aquelas pessoas que não tiveram seus dons despertados.
Comecei lendo os capítulos curtos e me irritei um pouco, porque quem leu a minha resenha do livro Ameaça Mortal sabe que eu não gosto de capítulos curtos (necessito de muitos detalhes e descrições de tirar o folego algumas vezes), mas tentei pular esse detalhe, porém me incomodou até o final da leitura, pois é como se falta-se algo em capítulos muito curtos.
Em cada capítulo somos apresentados a diversos personagens em situações diferentes em algumas vezes.
E isso as vezes (só as vezes) me deixou dispersa na leitura porque estava tentando me concentrar no capítulo que tinha lido e no outro já é outra coisa , e com o capítulo muito curto eu tive que reler alguns para não me perder.
Quando você vai lendo percebe que tudo está interligado, mas ainda sim eu me incomodei um pouco com a mudança de cenário e personagem de capítulo para o outro.
Um ponto que vale ressaltar no livro: A escrita do Ulisses é ótima e eu não encontrei nenhum erro no livro, mas algumas vezes eu sentia os diálogos mecânicos demais.
Todo mundo no livro era educado demais, até nas brigas e isso me incomodou um pouco. Era como se eu não senti-se uma explosão de raiva a ponto de viver o sentimento, talvez isso tenha se dado jeito polido do autor de escrever.
Para algumas pessoas que eu li a resenha elas disseram que as palavras as vezes eram muito difíceis, bom isso eu tenho que discordar porque nada que um dicionário não resolva não é mesmo? Todo mundo tem que aprender coisas com a leitura, e que tal aprender palavras novas? Mas acho que algumas delas poderiam ser substituídas por palavras fáceis de entendimento porque nem todo mundo tem paciência de procurar no dicionário (apesar de que eu não procurei nenhuma pois sabia o significado).
Eu não vou mentir dizendo que o livro é perfeito, porque ele não é, mas eu não achei ruim também.
Só acho que o autor deveria se soltar mais, tentar idealizar menos, ser menos polido, se permitir explodir, extravasar e mostrar alguns lados dele através da escrita que eu não pude "sentir".
Bom, mas Alice você só falou "mau" do livro, tem algo "bom" nele?
Gente essa foi minha opinião mais sincera, mesmo com tudo isso que eu reclamei eu tirei muitas coisas boas, e as melhores foram as lições de vida (e algumas vezes o jeito de descrição do autor) que me fizeram refletir muito.
Então se forem ler leiam sem ir com muita sede ao pote ou com muita ira, se permitam ler tudo e depois tirar suas próprias conclusões. Depois me contem.
Afinal quem sabe esse seja o livro da sua vida!
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