Katia.Scott 20/06/2021Escritor Premio Nobel da PazProcurei esse livro para ler pois em uma das crônicas de Rubem Alves, que também aprecio, escreveu sobre esse jovem homem que gozava de uma posição invejável: trabalhava numa das mais notáveis universidades europeias; tinha uma grande reputação como músico e prestígio como pastor de sua Igreja. Porém, isto não foi suficiente para uma alma sempre pronta ao serviço. Dirigiu sua atenção para os africanos das colônias francesas que, numa total orfandade de cuidados e assistência médica, debatiam-se na dura vida da selva.
Então aos trinta anos entrou para a escola de medicina, doutorou-se em medico, e mudou-se para a África, para tratar de uns pobres homens atacados pelas doenças e abandonados. E nessa causa passou o resto de sua vida.
Escreve Rubem Alves: “ Schweitzer não era um ser desse mundo. Talvez ele tenha compreendido isso e que essa tenha sido uma das razões porque ele saiu do mundo civilizado, se embrenhando nas selvas da África. “
No livro diversas e interessantes histórias sobre a sobrevivência em meio a penúria e poucos recursos na sua missão na África. Me impressionaram historias sobre uma horda de correção de formigas que ao passarem na colônia carregavam tudo que estava vivo sob seus pés.
Esse homem ao se deparar com a destruição após a 2ª Guerra declara:“Começaremos novamente. Devemos dirigir nosso olhar para a humanidade”.
Realiza uma série de conferências, com o único intuito de colher fundos para reconstruir sua obra na África. Torna-se muito conhecido em todos os círculos intelectuais do continente, porém, a fama não o afasta dos seus projetos e sonhos.
Após sete anos de permanência na Europa, parte novamente para Lambarené. Dessa vez acompanhado de médicos e enfermeiras dispostos a ajudá-lo. O hospital é levantado numa área mais propícia, e com o auxílio de uma equipe de profissionais, Schweitzer pode dedicar algumas horas de seu dia a escrever livros, cuja renda contribuía para manter os pavilhões hospitalares.
Exemplo humano e de vida repleta de emoção que todos deveriam conhecer.