Era meu esse rosto

Era meu esse rosto Marcia Tiburi




Resenhas - Era meu esse rosto


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@gugugb 22/06/2018

Profundo.
Uma viagem profunda e reflexiva sobre o passado do protagonista, ou do nosso próprio mesmo.
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cacai 03/03/2018

Imagens da memória do narrador são resgatadas para ajudar a formar este romance, que mescla acontecimentos do passado e do presente. Não por acaso o personagem principal é um fotógrafo - só assim para explicar a precisão dos vívidos detalhes que ainda resistem ao poder do tempo. Por meio de uma escrita muito lírica, poética e bonita somos conduzidos por lembranças permeadas de fantasmas.
É uma leitura a ser degustada, com frases dignas de serem lidas em voz alta, apreciando as cuidadosas escolhas de cada sentença. Para quem está acostumado a leituras com narrativas lineares com descrições objetivas, as primeiras páginas podem assustar.
A pretensão não é apenas contar uma história com início, meio e fim - como muito vemos por aí. Por mais que se consiga ao final da leitura situar alguns fatos na dimensão temporal, a impressão que dá é que a autora quis descortinar um universo de lembranças, brincando com a dualidade de vida e morte, intrínsecas à nossa existência. Trata-se de uma tentativa de manter viva uma história em que várias perdas se entrelaçam e pontuam toda a trama. Há um quê de bibliográfico que seduz quem também tem suas raízes na colonização italiana.
Por mais difícil que seja a compreensão das narrativas fragmentadas, há algo nelas que muito me encanta. Tenho a impressão de uma conversa mais espontânea, em que os filtros que travam a mente estão desabilitados. É uma viagem em busca de si mesmo.
A palavra "rosto" no título poderia facilmente ser substituída por "identidade", "essência" ou "história", porque é isso que o narrador faz: joga-se ao mundo em busca de suas origens.

"Às vezes vem-me à mente a ideia de que devo pensar de um modo mais simples, que a memória é como uma fotografia, o positivo contra o negativo do esquecimento, mas, se é assim, o negativo está nela contido, contido na memória, até que estes pensamentos se embaraçam uns nos outros e me esgueiro deles fazendo fotografias sem precisar pensar demais, propondo-me a mim mesmo a chance que meu avô jamais se deu. A chance de ser esquecido."
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Cristiano @imagensdocris 10/07/2012

"Também" era meu esse rosto...
Era meu esse rosto, foi um profundo emergir às coisas que erroneamente acreditamos tê-las deixado para trás. Desde seu início, fui tragado por ele, era como adentrar num universo paralelo, cheio de imagens, símbolos daquilo que podemos chamar de vida. Por vezes, consegui sentir o cheiro de minha infância, e aquele ligeiro incomodo no peito que alguns nomeiam “angústia”. Mas, como passar por frases como esta: “Para ir a qualquer lugar sei que sempre terei de passar por aqui” sem sentir os olhos lacrimejarem?
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