João Moreno 15/11/2016E tudo é Solidão
O Gabriel García Márquez de outubro, lido em novembro. Seis contos e uma novela que ecoam muito além do ponto final. Universos que encontram-se em pequenos detalhes: "é que a senhora não é a Virgens dos Remédios" (não, não o é).
Trechos que persistem na insistência de permanecer-se nítidos, vivos.
De Blacaman ao Afogado mais bonito do mundo. Da desgraçada vida de Erêndira e sua avó, a personificação da Desgraça à um Conto com apenas vírgulas, sem pontos finais.
Esse, assim como os outros, mostram-me que a palavra preferida de Gabo era, se não outra, a Solidão: seja a de um anjo prisioneiro de sua incapacidade de voar, ou da também menina prisioneira, Cândida Erêndira, e sua avó desalmada, que se põe a correr do Amor, preferindo sua recém descoberta Liberdade.
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