Luis 25/02/2023Um artigo extenso demaisDemorei pra concluir esse livro mais do que deveria. eu poderia ter abandonado, claro, mas eu queria provar para mim mesmo que eu poderia terminar esse livro. entretanto, muita coisa me incomoda aqui e poucas traziam insights muito bons.
em suma, é um livro que possui alguns capítulos técnicos e estes, pra quem for da área, podem achar útil em algum momento... eu, no entanto, acho que este é o exemplo de livro que não deveria ter mais que 100 páginas.
é o tipo de livro que alguém lê, pega a ideia central, escreve com suas palavras e talvez menos repetitivo, com uma linguagem não técnica e vende bastante como livro de desenvolvimento pessoal para deixar de ser trouxa.
é o tipo de livro que basicamente te fala que cisnes negros são eventos imprevisíveis, mas que as pessoas vão sempre tentar prever e em algum ponto podem até prever algo parecido, mas nunca próximo a dimensão que de fato terá... e depois que acontecer, sempre vai ter alguém para se aproveitar do evento e lucrar com isso (mesmo não tendo autoridade alguma no assunto).
pra você leitor, pode pensar em pessoas que passam a vida pensando na próxima pandemia, mas nenhuma dessas pessoas saberia dizer quando aconteceria, como aconteceria, qual a dimensão seria ou quantas pessoas seriam afetadas. mas quando acontece, diversos especialistas do caos surgem, tentam promover algo para construir sua autoridade e conseguir algum lucro com isso.
ou as vezes pode ser levado a síndrome da influência, que qualquer termo que esteja em alta na mídia, como o ChatGPT, vão surgir pessoas que dizem ser autoridade no assunto e oferecem cursos pagos para, CHOQUEM, usar o ChatGPT para lucrar.
o sentimento quando terminei o livro foi que eu não quero ter que ficar amarrado em outra leitura como essa, pois em algumas páginas o autor de certa forma insulta a inteligência do leitor não-técnico e em outras páginas escreve com certa arrogância que é muito desnecessária para firmar seu ponto.
Antifrágil era um livro do Taleb que eu tinha vontade de ler e ainda tenho em minha estante, mas prefiro ver o que outras pessoas tem a dizer que transfira a ideia central do livro, do que ler novamente algo do mesmo autor.