Danny Rosa 14/04/2024
Memórias
Livro: Anarquistas, graças a Deus
Autora: Zélia Gattai
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2009
5ª reimpressão
Indicação: + 16 anos
"A vida explode e se afirma em cada página de Anarquistas, graças a Deus." ("O livro de Zélia", prefácio escrito por Jorge Amado, p. 11)
Zélia Gattai conta suas memórias através de uma narrativa simples e descontraída sobre sua família, amigos e a cidade de São Paulo. Recordações que ultrapassam fotografias e prédios que constituem a história da maior megalópole do país.
Segunda leitura do livro e quis trazer para vocês a edição que fez parte da minha primeira leitura e lançada pela Editora Record, em 1979.
A cada momento da história e das histórias contadas parece que estamos em um final de tarde em companhia da autora e tomando um delicioso café da tarde.
Reler um livro bem escrito e cheio de fotografias que contam a história da família e que traz também a história da cidade de São Paulo foi muito bom e uma experiência incrível. Muitas histórias ainda estavam guardadas na minha memória desde a primeira leitura, em 2018.
Ao longo da leitura, o leitor faz diversas descobertas sobre a família e sua ligação com a história de São Paulo, como o reide organizado por Ernesto Gattai, pai de Zélia: "...ele e seus companheiros fariam o reide completo, São Paulo-Santos, ida e volta. Seriam os primeiros a fazê-lo.". (p. 23)
Prepare-se para rir e muito das histórias que envolvem Dona Angelina, mãe de Zélia Gattai, que cuidava de suas plantas e animais como se fossem seus filhos.
Ao longo da leitura é interessante ver a cidade de São Paulo, no início do século XX, suas mudanças e o seu crescimento junto com os imigrantes que fazem parte de sua história.
A edição de 2009 conta com uma seleção primorosa de fotografias da família Gattai.
Meus comentários:
Para quem gosta de Literatura, História e São Paulo vale a pena conhecer o livro. Gosto tanto dessa leitura que quero maratonar, na Globoplay, a minissérie projetada em 1984.