Como fazer amor com um negro sem se cansar

Como fazer amor com um negro sem se cansar Dany Laferrière




Resenhas - Como fazer amor com um negro sem se cansar


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Poema.Portela 05/05/2021

Uma sátira excelente
Esse é o segundo que compro de Dany Laferrière, mas o primeiro que leio. A primeira vez que ouvi seu título achei curioso, mas passou batido. O tom sarcástico que esbarramos já na capa se prolonga em todo o texto, e talvez por isso tenha me capturado. Li em 2 dias sem nenhum esforço, aos pouquinhos: ao acordar, no descanso do almoço, e um tantinho antes de dormir. É um livro curto, com um ritmo que flui fácil.

Mesmo sendo um texto breve e localizado em outro tempo e lugar (a narrativa se passa no Canadá dos anos 70), Laferrière traz no seu romance-sátira de estreia um debate super importante: a sexualidade de homens negros, em especial com mulheres brancas. Revela questões diretamente relacionadas com o colonialismo e seus efeitos pra dimensão do afeto/sexual. Me remeteu aos escritos de Frantz Fanon em "Pele Negra, Máscaras Brancas".

Um destaque que vale pontuar são as várias referências a grandes nomes do jazz ? uns conhecidos e outros novos para mim. Aproveitei para toca-los enquanto eram mencionados e isso me transportou um pouco mais para as cenas descritas.
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Nil 06/08/2020

Minha decepção literária.
O livro é ruim?
Não.
Todavia, pela indicação que recebi, pela sinopse que li e pelo próprio título, eu esperava que fosse maravilhoso.
Um ponto que incomodou bastante foi o fato de, a meu ver, o livro ser exageradamente lotado de referências a pessoas sobre as quais não tenho conhecimento algum (repito, o problema, pra mim, está no exagero).
Um ponto muito forte é o fato de o autor ter conseguido tratar o tema da hipersexualização do negro de uma forma muito bem humorada.
Eu indico a leitura, mas não é um livro que eu tenho vontade de reler.
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JoAo.Belos 18/04/2020

Bom livro. Provocativo, mas aborda algumas questões interessantes sobre temáticas atuais.
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DaniBooks 16/03/2020

Não é pornografia
Esse título já chama a atenção por si só. Não precisa de sinopse, de resenha, de nada. Só o título já faz você querer descobrir do que se trata. Mas não vá achando que vai se divertir com muito sexo não. Até vai, tá bom, mas não é essa a proposta central do livro.

Aqui temos uma autoficção e também metalinguagem - o livro falando de si mesmo. Acompanhamos dois rapazes, imigrantes haitianos no Canadá. Um deles, Buba, passa o dia dormindo, ouvindo jazz, lendo o Corão e ?filosofando?. O outro, conhecido como Velho, aspirante a escritor, sonha em se tornar famoso após conseguir terminar e publicar seu livro Paraíso do Paquerador Negro.

A história se passa, basicamente, dentro do pequeno e caótico apartamento dos dois. Enquanto escrevem, dormem, ?filosofam? e leem o Corão, transam com mulheres brancas.

O sexo aqui é usado como denúncia da objetificação do negro. Para as mulheres brancas, os negros são objetos sexuais, são uma fantasia, são exóticos. Há uma dura crítica subjacente em relação à visão estereotipada dos negros. Com isso, temos um panorama de como se dá a vida de um imigrante negro no Canadá e todo o racismo internalizado naquela sociedade.

É uma narrativa fluida, rápida de ler, divertida, porém plena de reflexões.

O personagem Velho é um alter ego do próprio autor, que o criou para falar de sua própria experiência como imigrante e de seu processo de criação de Como Fazer Amor Com Um Negro Sem Se Cansar - sim, Paraíso do Paquerador Negro é o mesmo livro que você tem em mãos.

Gostei muito dessa leitura e pretendo ler outros romances do autor, já que esse é uma novela. Algumas referências ficaram meio soltas para mim e senti falta de um maior aprofundamento em determinadas questões, mas a experiência, como um todo, foi bastante válida e entendi que não era essa a proposta do texto.

Um livro leve e denso ao mesmo tempo, que vale a pena experimentar.
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Debora 01/05/2019

Início ótimo, mas perde o ritmo
O livro, até a metade, é ótimo, para mim. Leitura fluida, ironia colbem bem feita e bem colocada, provocação que nos faz pensar. Contudo, a partir de uma passagem fenomenal, sobre uma "hierarquia" de classes entre homens e mulheres brancos e negros, senti uma quebra do ritmo, uma necessidade, às vezes, de auto-explicação do autor.
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Julyana. 01/09/2013

Não se assuste pelo título, passa longe de ser um porn. E não, não é autoajuda. É um livro irônico e divertido, um retrato bem fiel do racismo na década de oitenta no Canadá. Garante altas risadas e te dá o que pensar.
Mariana. 01/09/2013minha estante
Livro surpreendente esse! Já começa provocando com o título, totalmente-politicamente-incorreto, mas o autor é brilhante fazendo sátira da própria raça e cor. Mais um autor e livro que conheci graças a vc, Julie! :-D


Julyana. 01/09/2013minha estante
É brilhante mesmo, Mare. Fico feliz que você tenha gostado.


Rodsaint 19/09/2015minha estante
Realmente bem divertido e irônico , quando terminei de ler ficou um gostinho de quero mais.


dccarvalho1 26/02/2020minha estante
É um excelente livro que retrata um pouco do racismo estrutural em nossa sociedade




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