BeatrizFonseca1 09/04/2023
“Chegou o dia: a aula começou e seus alunos sabem por instinto, como feras selvagens, se a pessoa a sua frente está segura ou não, farão uso disso.”(p.14)
No mundo perfeito, a sala é confortável, com temperatura agradável, os aparelhos estão à disposição e funcionam, ninguém precisa ir ao banheiro a cada cinco minutos e os alunos te esperam com sorriso no rosto e sede de saber. Esse é o seu paraíso? É o meu também. (p.16)
Defendo que o ambiente seja o mais tranquilo possível para que cada aluno possa colocar a maior quantidade de informações e processos mentais que ele acumulou. Defendo a tranquilidade para que eu possa dar zero ou dez, sabendo que o zero ou o dez correspondem, dentro do possível, ao que meu aluno aprendeu, e não a sua pane na hora da prova(p.27)
“O doente precisa do médico, não o sadio. O aluno-problema precisa de nós, não o brilhante e limpo discípulo da primeira carteira”(p.31)
Ser criativo envolve mais e trabalha mais diferentes áreas mentais. Mas também: ser criativo causa mais problemas do que não ser. Quem vai na vanguarda do exército pode contar com probabilidades maiores de tiros. Mais do que nunca, você, professor, deve fazer perguntas básicas: o que eu quero com isso e aonde quero chegar? Se você tiver esta clareza, muita coisa pode acontecer. (p.42)
“Uma prova com poucas questões cobre pouco do que foi trabalhado. Uma prova imensa é cansativa. Adquira consciência de que, se você vai aplicar uma avaliação ao longo de uma aula de 50 minutos, consumirá quase 15 preparando a sala para a prova.” (p.60)
A prova deve trabalhar essa capacidade de elaborar pensamentos, abstrair, deduzir, comparar, criticar etc. O mundo que trabalha cada vez mais com informações prontas ao toque do teclado, tende a valorizar mais a capacidade crítica de avaliar essas informações do que as reproduzir. (p.62)
Texto Critico
Karnal, na obra “Conversas com um jovem professor” explica que o processo de ensino é complexo, ele narra suas falhas e sucessos, do inicio da carreira como docente, salienta que é necessário que o doscente tenha paciência, mas não somos todos os dias, que vamos tê-la afinal somos seres humanos, ele explica que nunca teve a experencia de alfabetizar alguém, ensinar o aluno, ensinar as primeiras letras e o alfabeto, entretanto a esse elemento na concepção do autor é um dos ascpto mais lindos da tarefa de ser professor. Um bom doscente, deve estar disposto a enfrentar uma sala muito calada, se aos alunos, não se conhecem ou uma sala muito barulhenta se os alunos, já se conhecerem e estiverem voltando das férias, Karnal enfatiza que o professor não pode ser mostrar muito severo, nem “abrir os dentes”, demais, ou seja se mostrar muito carismaticatico no primeiro dia de aula. O autor argumenta, que o ambiente escolar e da sala, se ela estiver limpa ou suja, se o quadro estiver limpo ou não, isso vai influenciar no comportamento dos alunos e por isso, o doscente deve fazer sua parte, para que a aula seja produtiva e de qualidade, mas quando isso não ocorrer, não se sinta tão culpado tem dias, que os alunos não querem aprender nada mesmo.
Karnal enfatiza, que vão existir colegas, que vão te auxiliar e outros, que vão apenas tentar te deixar com sentimentos negativos, com relação a sua profississão, quanto ao trabalho em sala de aula, ele faz uma metáfora que o professor deve agir, igual ao um salva-vidas, se ele se aproximar demais da vítima, estará correndo riscos de morrer afogado, mas ele ficar muito distante, não vai conseguir pegar a vitima e vai deixa-la morrer afogada, o professor deve orientar o aluno, mas deixa-lo caminhar sozinho, em alguns momentos.
A aula certamente não é uma peça de teatro, mas existem semelhanças entre elas, e o professor deve sempre encantar e seduzir os alunos, um bom discente deve controlar seu tom de voz, ou seja falar alto em alguns momentos, e baixar esse tom em outros momentos, um bom doscente deve andar em de sala de aula, procurando olhar nos olhos dos discentes, e ter uma boa oratória.
Karnal traz à baila, que o professor, possa ser livre, para dar a nota, de acordo com que o aluno aprendeu ou não aprendeu de fato, mas que não pode usar da pedagogia do medo, para que o discente desenvolva a prova sobre forte pressão, oferecer menos ao nosso aluno, especialmente ao aluno que não merece e nem quer esta paciência – este é o que necessita urgentemente, ele explica que um bom doscente, não deve abandonar facilmente um aluno, porque ele é problemático, deve -se buscar entender porque ele é assim, é claro que existem alunos que não tem mais jeito, assim como existem pacientes, que não importa o que os médicos façam vão morrer, mas é necessário tentar fazer com que os discentes melhorem seu comportamento e seu aprendizado.
O doscente deve ter criatividade e inovação em suas aulas, e inovação traz riscos de fracasso, mas corra esse risco, não critique seu aluno, se ele estiver fugindo dos padrões estabelecidos, por exemplo pintando um rio de preto ao invés de azul, deixe ele pintar de preto, afinal um rio poluído como o Tiete em São Paulo, desenvolve a cor preta, ensine ao aluno a seguir certas regras e padrões, afinal a sociedade capitalista que vivemos atualmente está cheia deles e eles devem ser seguidos. Devemos ensina-los a “sair dos padrões” em alguns casos, afinal grandes pessoas como Steve Jobs e Picasso saíram dessas “caixinhas” e ganharam muito destaque em sua área de atuação. No Brasil, existe um erro, que inspiração e criatividade, vem do nada, pelo contrário eles exigem um trabalho e um esforço muito maior do que seguir todas as regras, e ensinar de uma forma tradicional.
Os país deveriam lutar para que seus filhos, obtivessem uma educação de excelência, entretanto os pais ficam comparando sua educação, que na maioria das vezes foi tradicional e conversadora, com a educação dos dias atuais, que está tentando ser mais aberta e inovadora, os professores dos tempos atuais, não podem comprar apenas a memorização das avaliações, eles devem comprar outras habilidades como o senso crítico e a capacidade de argumentar.
Se o pai criticar seu aluno, não reforce a crítica, oriente a esse pai, a conversar com o discente, para fazer com que ele tente mudar, explique aos pais que as notas sozinhas, não mostram se realmente aprendeu de fato.
Convivência deve estar relacionada com tolerância, somos pessoas que geralmente não toleramos os outros, existem professores, que fumam, os mais calmos e os mais estressados, outros que tem muita energia para gastar nas aulas, e outros que já estão cansados dessa vida, com um professor, existir com alguma atitude ou comportamento que você não esteja gostando busque conversar com ele para tentar fazer com ele mude, mas não adianta ficar falando mal pelas costas. Leandro enfatiza que o professor deve variar, no momento de preparar as avaliações, pode-se fazer uma argumentativa, outra que o aluno deve interpretar imagens ou charges, deixe registrado na prova, quando vale cada questão, para que o aluno possa ter uma base de quanto vai tirar, comece a prova com as questões consideradas mais fácies, depois coloque as mais complexas, entenda o tempo de cada aluno, existem alunos que vão entregar a prova rápido e que vão gastar 4 horas, porque cada pessoa tem um tempo diferente de raciocinar.
Busque fazer provas diferentes, para as turmas, mas no mesmo nível de complexidade, para não facilitar de mais para uma e deixar complexo demais para as outras turmas, todas as avaliações devem exigir que o discente aprenda a ter habilidades como comparar, analisar, criticar, uma boa prova é aquela que relaciona a epistemologia da ciência, com as perguntas desenvolvidas. Nos assuntos relacionados a História por exemplo, devem-se tentar estabelecer uma relação de aspectos do passado com os do presente, por exemplo a revolução francesa, ocorreu por causa de altos impostos que os camponeses pagavam e nos dias atuais, no Brasil nos também pagamos muitos impostos, mas deve-se ter cuidado para entender as divergências e o contexto histórico de cada sociedade, para não cometemos anacronismo.