A mulher aranha

A mulher aranha Jamil Snege



Resenhas - A mulher aranha


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MatheusPetris 08/12/2021

No segundo livro (em grande e inconfundível estilo) de Jamil, recheado de contos escritos entre 1966 e 1977, pode-se dizer que enxergamos o abstrato de sua imaginação, o extrato de um observador atento e ácido. Entre a morte marginalizada, a imaginação fantasiosa, a intelectualidade falida, a ignorância interesseira e, primordialmente, a ficção, trilhamos por palavras em completa ebulição, sempre próximas do fim, mas nunca o encontrando.

Na prática, se inventa conforme a narração – quase sempre em primeira pessoa –, na qual ouvimos a voz das personagens (quase sempre também) insatisfeitas, estafadas e desesperançosas, ou melhor, conformadas com sua vida necrótica. Voz essa, que é identificável nas crônicas de Snege e até mesmo em sua “autobiografia”.

A matéria-prima do livro, seu minério, pode-se ver garimpada através do conto O Homem Atrás da Porta. Uma encruzilhada entre ficção e realidade, na qual essas entidades se misturam e se retroalimentam. A oferenda é a própria narrativa, criação da mente inquieta de um escritor atento e inconformado.
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