Puros

Puros Julianna Baggott




Resenhas - Puros


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Desi Gusson 26/01/2014

Intensidade, Falhas, Barbárie e um Toque de Bizarro
Ok, então Puros é chocante como deveria ser.

Instigante como era de se esperar.

E tem uma ideia bem interessante para ajudar.

Mas ele ainda não chega lá.

Acho que o que torna esse um livro perturbador é a relativa proximidade com a nossa realidade. Relativa por se tratar de uma sociedade tecnologicamente evoluída o suficiente para projetar esferas autossustentáveis e seguras até mesmo de ataques de bombas capazes de aniquilar e reprogramar moléculas simultaneamente. Mas, ainda assim, próxima de nós por tratar do ‘antes’.

A maioria dos livros distópicos que conheço se baseia num evento ‘divisor de águas’, mais especificamente, no que aconteceu depois. Muitas vezes a humanidade pré-evento é citada de forma maldosa ou nem sequer aparece, mas em Puros o ‘antes’ tem papel crucial para entendermos o que está acontecendo com as pessoas dentro e fora do Domo. Afinal, a estória se passa apenas nove anos depois das Explosões.

O livro é claramente dividido em três partes, apesar de eu acreditar que isso não seja intencional. Cada uma dessas partes vem carregada de conveniência, o que, pra ser bem sincera, matou o brilho da estória para mim.

SHAME

A primeira reforça a visão da miséria, caos e bizarrice do mundo Depois das Explosões. Somos imersos nas dificuldades que os miseráveis, povo fora do Domo, enfrentam, aquilo tudo que a gente já sabe, falta de recursos, doenças, anarquia, violência… mas coisas básicas, detalhes mesmo, são deixadas de lado, sem resposta! Não se sabe de onde aquele povo tira água, porque até a neve, quando cai, é escura. Não se sabe como aquele povo sobreviveu nove anos, porque o ar é pura fuligem e cinzas.

No segundo terço, a autora se esforça DEMAIS para mostrar o máximo possível de anomalias, mutilações, fusões horríveis e o escambau. É como se a Julianna tivesse ficado tão preocupada em chocar o leitor com o que viria a ser a humanidade, que se esqueceu tomar conta da sua estória. O resultado foi uma coisa forçada e cheia de pequenos buracos… Por exemplo: as pessoas durante as Explosões se fundiram com tudo: pedaços de vidro, plástico derretido, metais variados, cachorros, pássaros, amigos, irmãos, filhos… até com o chão! Mas não com as próprias roupas, e, se algumas acabaram se fundindo com o chão, por que todo mundo não ficou grudado onde estava?

“Mas blogueira, numa ficção o autor não pode criar o que quiser? Pra quê implicar com isso??” Você me pergunta.

“Elementar, meu caro leitor. O autor pode escrever o que bem entender no livro dele, de trás pra frente, pulando sílabas tônicas e tudo, mas não quer dizer que eu tenha que engolir.” Eu delicadamente respondo.

Não acho justo com o leitor o autor fazer só meia viagem. Toda ação tem uma reação, é fato, e escolher não enxergar os buracos sem sentido, as reações óbvias, me cheira a preguiça… é esse o tipo de conveniência que tira meu respeito pela estória.

Enfim, a última parte é onde as coisas importantes de verdade acontecem e essa é a melhor parte do livro, ele finalmente amadurece e mostra a que veio! Pressia, Partridge, Bradwell, El Capitán, Lyda… são eles que deixam a narrativa de pé, correndo, e são realmente bem escritos. Mesmo em 3ª pessoa conseguimos perceber o quão complexos eles são para si mesmos, o quanto a situação em que se meteram muda completamente suas visões do mundo.

El Capitán é o meu preferido, por fora ele é todo violento, psicopata medonho e etc. Mas por dentro só quer ser amado, e é até bem fofo.

Ele pode não ter tido tanto destaque quanto Pressia ou Patridge, mas ainda prevejo um bom caminho para ele no próximo volume.

Então, apesar de suas falhas, Puros é um livro intenso. A sensação que tenho agora que acabei de lê-lo é de que os outros YAs distópicos ficaram esmaecidos, em tons pastéis, perto dele. Puros não romantiza a bela barbárie, deixa que ela tome conta de si mesma, se limitando a acompanhar seus passos sangrentos. Nada ali é bonitinho por conta própria, precisa-se aprender a encontrar a beleza nos próprios olhos antes ou simplesmente viver sem.

Não espere um livro que vá baixar a guarda para você, nesse novo mundo esse tipo de coisa não existe.

P.S.:A editora Intrínseca aceitou minhas reclamações sobre os vários erros de revisão e tradução que encontrei e disse que irá estudá-los. Tomara que a 2ª edição venha zeradinha!

Para essa e outras resenhas na íntegra, acesse:
Vai lá, é legal!

site: www.desigusson.wordpress.com
Pricilla Caixeta 21/01/2014minha estante
Ótima resenha! Me influenciou bastante e agora irei conhecer esse livro!


luisamedeiross 19/05/2015minha estante
Sabe dizer quando sai o segundo ou se já saiu?


Beth 13/02/2016minha estante
Obrigada pelos alertas. Não vou comprar.




Yasmin 11/09/2012

Belo, triste, cenário devastador e bem construído, surpreendente

Quando vi esse livro dentre os lançamentos da Intrínseca no site da Bienal fiquei hipnotizada pela capa. Sóbria, delicada e sombria. Foram as três coisas que pensei e decidi que ia ler antes mesmo de conhecer a sinopse. Por isso quando descobri se tratar de uma distopia nem desanimei. Resolvi partir da premissa se a capa é delicada a história também deve ter seu diferencial. Sei que isso não funciona com todos os livros, mas com "Puros" não podia ter dado mais certo. É sem dúvida nenhuma a melhor distopia que li até agora em vários pontos.

A sinopse já diz bastante apesar de não ser completamente justa quando tenta insinuar uma coisa que nem de longe acontece, portanto não vou falar muito apenas os pontos importantes que faz falta na hora de querer ler o livro. Pressia, prestes há fazer 16 anos, vivendo no mundo destruído desde os sete anos, com uma cabeça de boneca no lugar do pulso, criada por seu avô e que não se lembra de nada do que ele fala sobre sua infância. Crê piamente que o Domo vai vir salvá-los quando o ar melhorar. Acredita na mensagem. Partridge, filho do geneticista chefe, que cuida de tudo dentro do Domo. Não aceita bem as mudanças genéticas implementadas e não se dá bem com o pai. Pressia foge por sua vida, Partridge em busca da mãe. O pai diz que ela morreu como santa tentando salvar as pessoas. Os dois se encontram e busca abrigo com Bradwell, um sobrevivente que pensa bem diferente de Pressia. Seus pais foram assassinados um pouco antes das Explosões. Eles sabiam a verdade. Não ouve alarme no dia das Explosões, os escolhidos entraram, o resto do mundo pereceu, mas nem tudo saiu como foi planejado. Partridge precisa descobrir o que sua mãe e seu pai têm a ver com isso tudo. Por que ela não entrou no Domo? Em busca dessa resposta Partridge, Pressia e Bradwell vão descobrir mais do que imaginaram, horrores inimagináveis e uma verdade chocante.

Julianna Baggott conseguiu acertar em todos os pontos que tanto reclamo quando leio uma distopia. É bem construído e a pesquisa por trás de cada recurso que ela inseriu na trama está clara, seus personagens são tão vivos, tão sofridos, o cenário é desolador, assustador e acima de tudo palpável. Tanto que nos agradecimentos ela fala uma coisa que me fez gostar mais ainda do livro. É assustador pensar que se uma pessoa estava perto de um copo de vidro na hora das Explosões esse copo funde-se à pele da pessoa se ela sobreviver e é assim com todo o resto. Se estiver abraçado a seu irmão você pode ficar para sempre fundido com ele para sempre. Só a partir desses exemplos você pode imaginar os horrores que aconteceu no cenário do livro É triste e mais ainda quando você começa a notar o rumo que a trama está indo. O causador das Explosões. O porquê da catástrofe é revoltante e de tirar o fôlego. O modo como ela descreve a situação que o planeta se encontra, e os seres que surgiram depois das Explosões é centrado. Focado em criar uma coisa plausível se pensarmos que o ser humano já esteve a um pequeno passo de destruir o mundo com as bombas nucleares.

Narrativa inteligente, com fatos interessantes e uma história crível. Julianna Baggott conseguiu me conquistar com a forma delicada que ela conta uma história de ambição desmedida, de perdas, esperança e ilusão. A discussão sobre onde a inteligência suprema e melhorada pode levar é interessante. Queria saber mais sobre o assunto para julgar melhor, mas dentro do que a autora criou na ficção ficou ótimo. Impossível falar nesse ponto sem falar dos personagens. São todos muito bons e desenvolvidos de acordo com sua parte naquele mundo destruído. Personalidade e características que foram alteradas e perdidas por causa do ambiente que eles vivem. Seus medos e reações são todas intencional e não porque são personagens chatos ou comuns. A vergonha, a negação e ilusão tola de salvação de Pressia, a teimosia e grosseria de Bradwell e a ingenuidade de Partridge. Eles assim como qualquer pessoa são frutos do meio e quando começam a descobrir a verdade começam também a moldar que eles realmente são. Foi um amadurecimento sutil e bem colocado

Um dos cenários pós-apocalípticos mais interessantes que já me deparei até hoje. Tanto que gostaria de conhecer algum geneticista para discutir quais das questões levantadas pela autora seriam possíveis. E não me admira que o livro passou por um leilão acirrado para ver quem ia publicar, o livro foi vendido para nove países em um só dia e além disso, o direito de adaptação para o cinema já foi comprado pela FOX. É um cenário perfeito para o cinema, já consigo ver o filme e torço muito para que não me estrague a história com um romance besta. A história de Julianna Baggott pode render um filme ótimo se eles forem fiéis a tudo. Estou curiosíssima para o próximo volume e espero que a autora desenvolva mais o lado, vamos dizer malvado da história. Não posso falar claramente porque estragaria a história.

Leitura de ritmo rápido, instigante e que merece sua atenção. Uma distopia que tira o leitor do lugar-comum que todo livro do gênero parece ter caído. Entrou para minha lista de favoritos. Bem (...)

Termine o último parágrafo em: http://www.cultivandoaleitura.com/2012/09/resenha-puros.html

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Camila 12/11/2012

Puros
Puros pode ser considerada mais uma história de distopia, mas não se compara com nenhuma outra que eu já tenha lido até agora. A história se passa num futuro não especificado e temos um mundo dividido em dois: dentro e fora do domo. Aqueles que estão dentro do domo são os puros, os perfeitos... Já os que estão fora são aqueles que sobreviveram às explosões de bombas nucleares, mas possuem diversas sequelas da exposição à radiação. As pessoas de fora do domo acabaram se fundindo com coisas, animais ou ainda com outras pessoas. Nossa personagem principal, por exemplo, tem uma boneca fundida ao corpo, no lugar de uma das mãos.
A história é muito boa e nos faz pensar em uma série de coisas sobre a vida, sobre as relações humanas, sobre deficiências e sobre a busca desenfreada pela perfeição.
Vale a pena.

www.leitoracompulsiva.com.br
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Sophss 17/04/2020

Bom
Puros é uma distopia q eu nunca tinha visto antes, vemos alguns clichês, mas posso lhe garantir q é bomba atrás de bomba.
Podemos notar q ouve uma grande pesquisa da parte da autora ? algo que admiro muito ?.
Me apeguei a maioria dos personagens, mesmo não mostrando tanto seus sentimentos, chorei, ri e fiz diversas coisas.
A escrita não me prendeu muito, senti falta de mais emoção em certos momentos, enfim, é um livro bom para se ler e recomendo para quem é fã de distopia.
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wasabs 06/10/2018

Não é só uma distopia
O livro é realmente incrível e nos faz rever nossos conceitos relacionados a mutantes e distopias.

É tensa a maneira como as coisas ocorrem, tudo é uma questão de vida ou morte e questpes atuais como feminismo e religião são retratados fortemente e tem importância no decorrer da história.

Os personagens são extremamente cativantes e empáticos, mesmo que em alguns momentos eles nos causem raiva.

O conceito de bom ou mau é substituído pelo "necessário".

Só me irrita o fato da precisão dos fatos e não parecer haver erros ou imprevisto em todo o "Grande Plano" que rege a narrativa.
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Kety 06/06/2022

Surpreendente
Confesso que nunca me interessei por livros de distopia, até ganhar esse que estava empoeirado na minha estante e me olhando a uns 2 anos já.
E foi a melhor aventura que tive em duas semanas, gostaria de ter terminado antes. A história é bem comovente e retrata muito de traumas e gatilhos, como as pessoas criaram sua fortaleza interior o desfecho da história poderia ter uma continuidade ficou vago no final, porém é bem contada e criei um amor incondicional aos personagens Pressia, Partridge até por Hel Capitan que no início se demonstrou tão rude ganhou,mas acabou ganhando meu coração.
Julianna Baggot a autora fez uma viagem expondo com tanta delicadeza cada personalidade dos personagens. RECOMENDO!
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Ana 23/04/2021

Surpreendente
No início pensei super em abandonar a leitura. Ainda bem que não fiz isso.

Muito diferente do que estou acostumada, esse livro é estranhamento bizarro, surpreendente, mais uma vez bizarro porque consigo ver muitas coisas dele nos dias atuais, nos tempos atuais.

Acompanhar a evolução dos personagens foi simplesmente prazeroso, sentir a emoção que a autora passa através dessa escrita, eu ansiei avidamente por cada página, me prendeu de tal forma que quando percebi, não conseguia nem parar de pensar no livro, e isso até depois de ter finalizado a leitura.

A evolução de Pressia foi a que mais gostei, ver que ela é uma protagonista com desejos e sentimentos reais, e não um tipo de heroína perfeita e inalcançável, me fez amar a personagem de uma forma que no início não pensei que seria possível.

Só tenho um conselho, leia!
A leitura será surpreendente.
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Gabi M. 19/02/2015

Cliché ou genialidade ?
Houve uma grande explosão,e a população ficou dividida.
Pessoas importantes,acabaram ficando dentro do domo(uma redoma girante que protegia os puros,pessoas que não estiveram em contato direto com a explosão,para que um dia voltassem a povoar a terra),e as pessoas que ficaram do lado de fora,os miseráveis,que por consequência acabaram fundidos ao que estavam próximos quando o clarão chegou.
Pressia,uma miserável,fundida a uma cabeça de boneca na mão,tenta sobreviver no caos que se tornou o mundo,lutando para não ser pega pelo governo quando completasse 16 anos e fosse obrigada a se juntar a eles,conhece um revolucionário chamado Bradwell e juntos têm uma grande missão pela frente,ajudar um puro que fugiu do domo.
Com uma criatividade as vezes até engraçada,Baggot escreve o 1º livro da trilogia.
Confesso que achei a narrativa cansativas as vezes,mas a vontade de descobrir o desfecho dessa história me fez continuar pressa nessa distopia.
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Brunna 18/07/2013

"(...) Às vezes encontramos alguém e sabemos que a vida será diferente a partir de então."
É difícil viver na Terra depois das Explosões. O mundo está contaminado, uma camada de cinzas permanece o tempo todo suspensa no ar e os que sobreviveram estão fundidos com animais, objetos ou até mesmo a outras pessoas, além de possuírem queimaduras e cicatrizes por todo o corpo. Estão deformados para sempre. É nesse cenário desolado de dor e sofrimento que Pressia vive.
Encontrar alimento e água adequados para consumo é um sacrifício, mas Pressia faz tudo o que pode para que ela e seu avô continuem vivos. Claro que com seu aniversário de dezesseis anos se aproximando, tudo ficará mais difícil (é quando ela deve se entregar para a OBR - uma espécie de milícia que pretende derrubar uma importante organização).
Mas ainda há o outro lado. Existe um local onde alguns privilegiados se refugiaram para se protegerem das Explosões e suas consequências. Esse lugar é chamado de Domo e os que lá vivem são denominados Puros.
Partridge, juntamente com seu pai (um homem bastante influente e importante para a sociedade), vive no Domo, mas, contrariando as evidências, não se considera afortunado - sente seu pai distante, seu irmão suicidou-se e sua mãe não conseguiu entrar no Domo. Quando seu pai, durante uma conversa, deixa escapar que talvez sua mãe esteja viva na cidade destruída, Partridge decide sair do Domo para procurá-la.
O que verdadeiramente causou as Explosões? Por que ninguém ajuda os sobreviventes? Onde está a mãe de Partridge e o que aconteceu com ela? Pressia e Partridge se encontram e nada mais será como era.
Puros é uma distopia muito forte e intensa. Tudo é descrito com tanta clareza que chega a causar repulsa, afinal, viver em um mundo marcado por tanta aflição não é nada fácil. Agora o planeta está mais estranho, macabro e bizarro - e a autora não poupa detalhes, ela revela com todas as letras o quanto tudo está grotesco e obscuro. O ambiente, as pessoas e as situações deixam o leitor muito apreensivo e aflito durante a narrativa. As imagens relatadas penetram sua mente e ficam lá por muito tempo.
O início da obra é um tanto lento e arrastado, alguns erros que a editora comete não ajuda em nada a mudar esse quadro. Em um momento inesperado, essa realidade muda e fica praticamente impossível lagar o livro (apesar de algumas partes você querer respirar e dar um tempo da intensidade da narração, a vontade de saber mais da história vence).
Os personagens, excetuando-se alguns, são convidativos e carismáticos, claro que uns mais que os outros, mas no geral são bacanas de acompanhar. O enredo é de tirar o fôlego e de deixar qualquer um pensando no que vai acontecer. O desfecho é chocante, assim como todo o livro, na verdade.
Se você gosta de histórias que te causam um certo desconforto, fazem pensar e que não te preserva de cenas impactantes, recomendo que leia Puros, um livro perturbador (em todos os sentidos).

site: http://myfavoritebook-mfb.blogspot.com.br/2013/07/resenha-puros.html
Carol 18/07/2013minha estante
Adorei sua resenha e fiquei com muita vontade de iniciar a leitura. Obrigada. Beijos.




Paula Araujo 05/06/2013

Puros
Pelas resenhas que li antes de comprar este livro, criei expectativas achando que seria extremamente intrigante e que me apaixonaria pela estoria ... Não foi o que aconteceu. O enredo é legal, mas a autora é incoerente em diversas partes do livro. Também não curti muito o romance que acontece entra a personagem principal Pressia e do personagem Bradwel, achei meio sem sal. O final até me empolgou um pouco, por isso lerei a continuação, mas não é um livro que eu recomendaria.
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Vivi 01/09/2015

[Livros] Resenha Puros
Puros é uma distopia um pouco mais forte do que as que costumamos ver. A história se passa em um futuro onde bombas atômicas foram lançadas na Terra (não fica claro se é somente numa região ou no mundo inteiro o que, à propósito, acontece em quase todas as histórias deste gênero) e apenas algumas pessoas sobreviveram. Estas se dividem em dois grupos: os Puros, que foram salvos pela proteção do Domo (estrutura feita para manter os habitantes isolados dos efeitos das bombas) e os Não-Puros, que ficaram de fora e tiveram seus corpos fundidos ao que estava próximo a eles no momento das Explosões: pássaros, metal, vidro, objetos... qualquer coisa. Continua no link abaixo!

site: http://vivendovivi.blogspot.com.br/2015/08/livros-resenha-puros.html
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Shayssa 19/08/2016

Distopia incrìvel
Puros conseguiu ser bizarro e incrível ao mesmo tempo. Uma distopia diferente de tudo que já li e,quem sabe, revirando nossas catástrofes pelo mundo, a mais próxima de nossa realidade...
O livro começa com Pressia Belze, uma adolescente sobrevivente de um mundo pós apocalíptico, onde explosões radioativas que provocaram mutações nas pessoas sobreviventes e no meio ambiente. Pressia, que possui uma boneca fundida em uma das mãos, sobrevive como pode junto de seu avô, que está bem debilitado. Quando completa 16 anos precisa fugir ou se esconder da OBR, uma milicia formada pelos miseráveis sobreviventes que obrigam todos os adolescentes a se alistarem. E os que forem fracos demais para os propósitos servirão como alvos vivos nos treinamentos. Pressia não possui uma mão, então sabe qual seria seu destino e foge. No caminho encontra Partridge, um Puro que fugiu do Domo para procurar sua mãe que acredita que está viva. Domo é uma especie de arca de Noé, onde poucos privilegiados encontraram refugiu das explosões e não sofreram nenhuma mutação. Pressia, então, muito a contragosto junta-se ao Puro e a Bradwell, um garoto com pássaros fundidos nas costas que sabe mais do que revela para desvendarem os mistérios que rodeiam a origem das explosões.
O livro me surpreendeu bastante. Pensei que seria somente mais uma distopia no meio de tantas outras que aparecem, mas a autora conseguiu juntar os elementos perfeitos para prender o leitor do começo ao fim.
A riqueza de detalhes que ela nos dá é impressionante. Parecia que tudo estava realmente acontecendo. O sentimento de que algo desse nível pode realmente acontecer é algo que me acompanhou a leitura inteira. Muitas vezes fiquei pensando no assunto. O sentimento é terrível! Já tivemos "pequenas demonstrações" de que algo assim é de nossa realidade. Só lembrarmos de Chernobyl ou Hiroshima. Um futuro bem sombrio pode nos está aguardando. Graças a ganância e a superioridade que o ser humana acha que tem sob seus semelhantes isso foi possível no universo de Puros. E por aqui? O que pode causar?
Uma distopia eletrizante que merece mais reconhecimento do que tem. Infelismente nada de sequência até agora, e nem previsão. Por enquanto vamos aguardando pacientemente esperando que não vejamos Puros acontecer na realidade.




site: vivendoentreletras.blogspot.com.br
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Moisés 25/08/2014

Minha primeira ficção futurista em si. Pra quem gosta deve ser bom, mas pra alguém como eu procurando algo diferente, não aconselho muito não.
A temática é ótima, a narração também, escritora foi bem fiel no que fez e a realidade é bem existente entre a trama fictícia. O que desgastou foi os detalhes, tive muitas vezes que reler umas três vezes para entender melhor, porém os personagens são cativantes e humanos.
Uma coisa: não tem aquela história de amor! Então se procura algo sem muito amor, encontrou. Claro que o livro tem partes românticas, mas são bens sutis e rápidas. Se tem desastre? Com certeza! E olhe lá, um misto de tristeza e alegria e dor e novamente tristeza e termina com esperança.
O que tenho mais para falar é que o livro lhe ensina sobre um pouco de olharmos e não só vermos. Esperança também é algo do livro que chama atenção.
Não fiquei tão apaixonado, mas quero muito a continuação. Espero que a Intrínseca publique a continuação.
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Tatay 30/08/2016

MUITO MELHOR DO QUE EU ESPERAVA
Comecei a ler esse livro porque estava sem opções, comecei no aeroporto, entediada esperado o voo, assumo que achei insuportável, chato e deprimente no começo, porém mudei de ideia tão rapidamente, é meio irônico, nunca imaginei que se tornaria meu livro preferido. Não vou dar spoiler, nem contar nada, apenas leiam!
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Gab 18/02/2015

Bizarro... E genial.
Eu consigo definir Puros em uma palavra: bizarro.

Porém, ao mesmo tempo em que temos uma história bastante bizarra, temos também uma história simplesmente genial. Apesar da estranheza da história, Baggott sambou bonito na estratégia da história e no que ela conta por trás dela mesma.

A história começa focada em Pressia, uma adolescente de quase dezesseis anos que está sobrevivendo a cada dia no mundo pós-apocalíptico, causado por uma série de explosões radioativas que fizeram com que as pessoas se fundissem à coisas ou outras pessoas; as que se fundiram ao chão se tornaram os Poeiras, as com animais se tornaram as Feras; e também temos as pessoas "pessoas", que se fundiram com qualquer outra coisa. Pressia tem uma cabeça de boneca fundida a uma de suas mãos, o avô dela tem uma ventoinha no pescoço e várias outras pessoas apresentadas na história também mostram suas fusões cada vez mais bizarras, ou até mesmo bonitas.

Pressia tem o objetivo de, aos dezesseis anos, se esconder para sempre ou fugir, para que a OBR não a pegue. A OBR era antes um grupo de busca e resgate daqueles que foram vítimas das explosões, e agora é apenas um grupo destinado a matar e se rebelar contra o Domo — o lar daqueles que conseguiram fugir das explosões e que estão protegidos pelo Domo, sendo os Puros: os que nunca se fundiram. A OBR recruta — ou não raro, caça — adolescentes de dezesseis anos para participarem da OBR se tiverem alguma utilidade ou serem apenas um brinquedinho para matar, caso sejam inúteis. Pressia acredita que faz parte do último grupo, então ela preza pela sua vida e busca se esconder ou fugir para se manter viva.

Também nos é apresentado Partridge, filho de um homem de grande influência e poder no Domo. Partridge vê que a codificação — um tipo de mutação no DNA feito nos garotos para que se tornem mais ágeis, fortes e etc. — não funciona com ele, e, mais do que nunca, ele se sente deslocado ou diferente. Ao mesmo tempo em que ele é filho de uma pessoa poderosa no Domo, ele também sente falta da mãe, que, dizem, morreu com os miseráveis — ou seja, aqueles que ficaram para fora do Domo —, e do irmão, que se suicidou há um bom tempo. Mas em um dia, o pai de Partridge fala algo que faz com que ele acredite que sua mãe está viva, fora do Domo, e o garoto fica determinado a fugir do Domo e procurá-la no meio dos miseráveis.

É aí que a história de Pressia e Partridge se cruzam e passam a ter consequências e reviravoltas alucinantes, repletas de descobertas, ganhos, e principalmente, perdas.

O que eu mais gostei foi o modo como a Baggott explorou a questão política, teoria da conspiração e de sobrevivência nessa história. Em muitos momentos vemos um personagem específico falar que as Explosões ocorreram de modo proposital, para diminuir a quantidade de pessoas no mundo e restar apenas a "elite" — o que constantemente vemos em filmes de "fim do mundo", distópicos e afins, como em "2012", que construiu arcas "anti-fim do mundo" onde apenas as pessoas mais privilegiadas e que pudessem pagar milhares — ou milhões — de dólares pela sua vaga tivessem uma chance de sobreviver a qualquer risco de destruição em massa no mundo. Esse tema também é apresentado no seriado The 100, mas nada foi esclarecido sobre a existência prévia da elite na entrada da Arca. Particularmente, acho esse tema muito interessante e gostei muito sobre o modo como Baggott explorou bem esse assunto na história e deu um toque a mais de bizarro na junção dele com a questão do apocalipse radioativo que causavam mutações bizarras.

Porém, ao mesmo tempo em que ela explorou muito bem esses pontos em Puros, ela também conseguiu tornar o livro bem tedioso e desinteressante em vários momentos, o que foi uma pena. Não sei se é algo na escrita dela ou na história mesmo, mas fiquei a ponto de largar esse livro várias vezes durante a leitura. Acredito que ele seja uma leitura pesada, não pelo modo como é escrito, mas pela complexidade e profundidade de informação da história. Acho que ela também enrolou em muitos momentos. Sei que houve uma parte em que eu resolvi deixar o livro de lado, até que, no momento de fechá-lo, ele pulou para várias páginas mais à frente, onde levei pelo menos cinco spoilers gigantes e fiquei tipo: "ai, meu Deus. Como isso aconteceu? Mas... Espera, não, isso não pode estar certo...". E foi isso que me incentivou a terminar de ler, porque eu já estava de saco cheio.

Puros tem uma continuação que acredito que não será lançada no Brasil. Ele foi publicado em 2012, e a continuação já está aí livre, leve e solta na internet, mas não me interesso por ler. Apesar da história com pontos muito bem construídos e interessantes e que, inclusive, podem ajudar na construção de um projeto meu, eu não me interessei mais pela história em si e não fiquei interessada na continuação. Acho que pra mim já deu.

E sobre a editoração: a diagramação tá muito boa, quase sem falhas, a capa está bem legal e condizente com a história, mas eu tenho vontade de grifar todos os erros de revisão e mandar o livro para a Intrínseca com o bilhetinho "corrija essa merda e me mande de novo", porque ô falta de atenção infernal. Até nome de personagem eles erravam. Pensei que vocês fossem melhores.

site: www.pandorafairel.com
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