A Queda

A Queda Diogo Mainardi




Resenhas - A Queda


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Fabio Michelete 16/07/2014

O Poder da Paternidade - A QUEDA - Diogo Mainardi
Tive interesse por este livro, pela primeira vez, ao assistir ao programa RODA VIVA (link abaixo), da TV Cultura, com este autor. Além das habituais polêmicas sobre suas opiniões políticas, o tema central do programa era o lançamento desse seu romance. O autor possui mais outros (inclusive o premiado “Malthus”), além de livros-coletâneas de artigos que escreveu para a revista VEJA.

O retrato do ser humano, é muito interessante. Diogo Mainardi teve a chance de uma educação aprofundada. Leitor de alto nível, desenvolve suas ideias próprias e as apresenta com sua expressão de enfado, segurança e até certa arrogância.

Diogo tem dois filhos, dos quais o primeiro, devido a um erro médico no parto, teve paralisia cerebral, apresentando comprometimentos motores. Após ganhar processo contra o hospital, mudou-se para Veneza, onde já morara, e agora vive tranquilamente, com uma rotina bastante discreta.

“A QUEDA” é sobre sua relação com o filho e suas incapacidades. Mostra de maneira interessante e bem escrita a luta travada por uma mente inteligente, com muitos argumentos, para acomodar a realidade que o aplacou. Mostra como o amor paternal pode transformar a vida de um homem.

A impressão que tive é que até o nascimento do filho e da extrema responsabilidade que isto acarretou, Mainardi vivia como um estranho no mundo. Pessoa com pensamentos próprios e senso crítico afiado, devia se enfadar com nossa cultura medíocre, baseada nas aparências e no consumo. Sua resposta defensiva foi a arrogância, ou intelectualizar-se ainda mais, na vaidade de repudiar e se diferenciar do incômodo à sua volta. Seu filho o trouxe do mundo das ideias:

“Sua paralisia cerebral obscureceu tudo o que eu sempre cultuara. Em particular, a literatura. O que se iluminou – o que se tornou o único foco de minha vida – foi o que ela tinha de mais ordinário, de mais doméstico, de mais familiar.”

Agora reatado com o mundo, com a beleza finita e rara de cada vida, mostra saborear isto a cada dia, acompanhando os tênues progressos de seu filho. Continua cético e incomodado com a ignorância à sua volta, mas agora parece ter encontrado uma razão para seguir. “A QUEDA” é também um tributo ao filho e ao presente involuntário que recebeu.
Continua ciente de sua (nossa) insignificância histórica, mas agora a abraça como uma velha amiga. Diogo Mainardi afirmou no RODA VIVA que este é seu ápice como escritor. Que não fará mais nada “que preste” além deste livro, pois foi completamente sincero ao fazê-lo:

“Para Marcel Proust, a ´vida verdadeira, a única vida plenamente vivida, era a literatura`. Para mim, a vida verdadeiramente vivida passou a ser Tito.”

Ao desentronizar a literatura, aproxima-se mais de seus recantos mais nobres e de seus talentos mais raros. Este livro, pela sinceridade ao limite, pela análise ácida de nossas ilusões, pelas referências históricas, ganha-nos pelo estômago, e passa a fazer parte de meus preferidos.


site: http://youtu.be/te_orU6Ft-A?list=PL94BBCA6961128733
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Joao 22/09/2012

Indicação
Vou sair um pouco da ficção e dos Livros de Direito, e lerei este livro sobre uma fase que autor passou em sua vida.
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Wanderley 12/04/2023

Aprender a cair para voltar a levantar-se
Ganhei num desses amigos secretos de final de ano, o livro A Queda – As memórias de um pai em 424 passos, do polêmico escritor e jornalista Diogo Mainardi. Trata-se de um relato sobre Tito, filho do autor, que nasceu com paralisia cerebral devido a um erro médico. Ia deixar na fila de livros que tenho, mas manuseando o presente, resolvi conferir as orelhas e a contracapa. Depois, sem maiores pretensões, li o primeiro parágrafo. Fui fisgado. Terminei a leitura das 150 páginas em pouco mais de um dia. Não há no relato de Mainardi momentos de autocomiseração barata, lições generalistas de como lidar com o infortúnio, mensagens de esperança e de perseverança afetando impressões de bondade, lamentos inúteis, homenagens religiosas ou apelos sentimentalistas. Pelo contrário, em muitas passagens, o texto alterna o impacto da força do amor paterno com trechos de ironia e certo estoicismo. A narrativa é uma habilidosa construção onde a experiência pessoal do autor, às voltas com os desafios impostos pela enfermidade do filho, é costurada a uma série de referências culturais (sobretudo a pintura, a escultura e a literatura), históricas (do Renascimento ao nazismo) e do pop (da banda U2 a jogos de videogame), demonstrando uma erudição refinada e agradável. É leitura enriquecedora, com certeza. Em A Queda, Mainardi consegue adaptar para a literatura o estilo desenvolvido em seus artigos: a capacidade de sintetizar conceitos complexos em frases curtas e diretas. A estrutura narrativa é feita de forma semelhante, com passagens breves sobre variados temas, sempre ligados, de maneira inesperada e bonita, aos desdobramentos da paralisia cerebral de Tito e da relação entre pai e filho. A meu ver, o maior desafio de um escritor é ter um estilo próprio. Isso é resultado de leitura, de absorção de outros estilos, de prática, até que se feche um modo literário capaz de expressar uma marca de identidade própria. No fim, o que prevalece da leitura é o amor incondicional de um pai por um filho. Incondicional porque não cobra reconhecimento, não espera retorno, não exige nada em troca; porque não lamenta, em momento algum, o destino, porque é doação que não se entende como doação. Mainardi revela, de forma indireta, que a gratidão é dele para com o filho enfermiço, que o fez ver como a família é o centro da vida e tudo o mais é passageiro e fugaz. A Queda é uma referência às tentativas que Tito faz de caminhar sozinho. Ao pai, resta-lhe cuidar para que o tombo não se faça doloroso, sua missão é a de acudi-lo sempre. "Suas quedas recordam-me permanentemente da precariedade e da transitoriedade de tudo o que eu tentei construir", confessa Mainardi. Encerro a resena com a transcrição de uma passagem na qual o autor explica o motivo do livro: "... Marcel Proust pensa em escrever um livro sobre o seu passado, porque para interpretar os sentimentos era necessário, antes de tudo, transformá-lo em ideias, 'convertendo-os em sem equivalente intelectual'. O livro que ele pensa em escrever é o próprio Em Busca do Tempo Perdido. (...) O livro que converte meus sentimentos em seu equivalente intelectual é este aqui".
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Hermes 02/04/2014

Em 30 de setembro de 2000, após um parto difícil em um Hopital de Veneza, que por pouco não acaba na morte do bebê, nasce Tito, o primeiro filho do escritor, jornalista e colunista da Veja, Diogo Mainardi. Alguns meses depois, Mainardi descobre que, em decorrência de erro médico no momento do parto, Tito sofre de paralisia cerebral. Essa condição exige uma série de mudanças na vida do jornalista e de sua família. Essa experiência o levou a escrever A Queda, livro que conta a vida de Tito e a do próprio Mainardi, após a chegada do filho.

Valendo-se de uma estrutura bem diferente, constituída de parágrafos estaques, independentes - inclusive cada parágrafo recebe um número - o jornalista conta, sem linearidade, o que aconteceu no dia do nascimento de Tito e os anos que se seguiram: alegrias, tristezas, dificuldades. Ao lado desse formato criativo, outro recurso que o autor usou para contar a história chama a atenção: a associação que o autor fez entre relatos, fatos, curiosidades - culturais e históricos - com o nascimento e vida do filho.

Certamente resultado de intensa pesquisa, Mainardi consegue reunir um vasto material, rico e curioso, que torna a leitura bem interessante. Algumas de suas descobertas são realmente surpreendentes dada a coincidência dos fatos com a história de Tito. (Aqui, chamo de coincidência porque o autor quis assim deixar transparecer, mas o leitor pode dar o nome que preferir, de acordo com sua filosofia de vida ou religião).

Sem floreios, sem chororô, sem pieguismo; às vezes até com um humor ácido e com sarcasmo, bem ao seu estilo, Mainardi consegue nos comover e nos envolver em seu drama pessoal. Ainda que não goste do Mainardi como jornalista (eu, particularmente, não gosto e nunca gostei), vale despir-se das concepções construídas a respeito dele e ler o livro.

site: http://garrafadacultural.blogspot.com.br/2012/12/a-queda.html
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Viviane.Fernandes 28/08/2016

A queda!
Todo obstetra deveria ler este livro... Aprendizado ao nosso dia a dia.
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Renato 27/11/2012

Inteligente!
O livro é bom. Fácil de ler e bem interessante.
Já o autor e narrador do livro, um playboy mimado(para não chamar de outra coisa). Muito inteligente, mas um mané.
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Malu 27/12/2022

A Queda
Que livro lindo, acho que não tem outra palavra pra descrever. O dom do Diogo com as palavras é diferenciado! Amei o formato do livro, super diferente e uma leitura bem fluida. Você se conecta logo com ele e com Tito. Só soube admirar a trajetória deles dois, ele como pai e o Tito em seu crescimento, que história. Além disso, o que mais me tocou nessa leitura foi como o Diogo escolheu contar a história da vida deles através da história da cidade italiana. O uso dos elementos históricos deu uma mágica e uma nova perspectiva pra história deles, achei a coisa mais linda do mundo! Valeu muito a leitura!
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Lanzellotti 19/03/2014

Vale muito a Leitura!
A dor de "Mingardi" escrita à moda Mainardi, que põe a culpa em todos, mas se condena todo tempo. Um livro lindo com arte e sentimento.
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Carla Reverbel 08/01/2013

Leitura rápida
Texto muito dinâmico, leitura rápida. Excelente para uma viagem curta, um passeio.
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Amanda 18/01/2020

A Queda
O jornalista e escritor Diogo Mainardi conta sobre o nascimento e os passos de seu primogênito Tito, que devido a um erro médico teve paralisia cerebral. O livro é todo escrito por meio de memórias e ilustrações.

Cheio de eventos históricos e analogias. A leitura foi muito fluida e rápida leitura.
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Egídio Pizarro 14/01/2013

Esperava mais
Não senti tanta profundidade no livro - além de achar sua organização um tanto sem sentido. É interessante em algumas partes (como os passeios pelas garagens de Ipanema) mas, no geral, ficou devendo.

A meu gosto, preferi o livro "Aonde a gente vai, papai?", do francês Jean-Louis Fournier, onde ele narra sua experiência não com um filho com problemas, mas com dois. Achei-o mais "direto ao assunto".
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KRG 28/02/2021

Espera mais
Bom a escrita do livro é bem confusa, a todo momento o pai de Tito conta histórias passadas de Veneza. Tentando assimilar essas histórias com o seu filho, colocando a culpa de seu filho ter nascido uma criança especial por ter nascido naquele local por que aquela tal pessoa construiu aquele local. É uma história bem confusa, que eu me perdi várias vezes no decorrer da leitura e isso me irritava. Mas, fora isso o amor incondicional que o pai de Tito tem pelo filho, da forma que ele dedica a vida dele pelo filho é muito bonito. Mais não é uma leitura agradável, esperava mais a história realmente da família, não a história de Veneza.
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Eli Coelho 15/12/2013

Não emociona e soa pedante
A história de Tito é assim circulante...

Essa frase é repetida varias vezes no livro. O autor também circula o mesmo assunto, sua culpa e faz referencias a obras de arte, arquitetura, filmes de Hitchcok, peças de Shakespeare, etc. Interessante, mas soa pedante.

De inicio já não simpatizei com o autor devido a um fato que ele corajosamente narra. Em resumo: sua esposa se diz temerosa por ter o filho em determinado hospital de Veneza, famoso por erros médicos. Ele responde: tenho meu filho aqui,(um hospital com importnate arquitetura renascentista) mesmo que ele nasça deformado. O restante do livro fiquei com a impressão de castigo divino e ele tentando livrar-se da possivel culpa a atribuindo a infinitas causas que vão desde arquitetos, médicos charlatães, etc. Enfim, a história de Tito é assim circular.

O livro não me emocionou em nenhum momento. O autor se dedica ao filho (é o minino que se espera de um pai, certo) e se transforma em um especialista no assunto: paralisia cerebral.

Dizer que vive em funçao do filho, esperando sua queda e que virou um fantasma do proprio filho sempre contando seus passos, pareceu-me uma tentativa de pedir aplausos.

Ponto positivo do livro a vasta cultura do autor (embora pedante) e a linguagem fácil. Muito interessante e inteligente o paralelo feito entre acontecimentos do passado que de alguma forma influenciam na vida de Tito. Esperava uma narrativa mais emocional.

Recomendo apesar de...
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Dose Literária 17/07/2014

O Poder da Paternidade - A QUEDA
Tive interesse por este livro, pela primeira vez, ao assistir ao programa RODA VIVA da TV Cultura, com este autor. Além das habituais polêmicas sobre suas opiniões políticas, o tema central do programa era o lançamento desse seu romance. O autor possui mais outros (inclusive o premiado “Malthus”), além de livros-coletâneas de artigos que escreveu para a revista VEJA.
O retrato do ser humano, é muito interessante. Diogo Mainardi teve a chance de uma educação aprofundada. Leitor de alto nível, desenvolve suas ideias próprias e as apresenta com sua expressão de enfado, segurança e até certa arrogância.

Diogo tem dois filhos, dos quais o primeiro, devido a um erro médico no parto, teve paralisia cerebral, apresentando comprometimentos motores. Após ganhar processo contra o hospital, mudou-se para Veneza, onde já morara, e agora vive tranquilamente, com uma rotina bastante discreta.

Continue lendo em

site: http://www.doseliteraria.com.br/2014/07/o-poder-da-paternidade-queda.html
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