Propaganda Monumental

Propaganda Monumental Vladimir Voinovitch




Resenhas - Propaganda Monumental


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Mr_Clio 16/10/2023

Humor típico russo
Livro genial, perpassa o período que vai do início da desestalinização até a Rússia pós-soviética dominada por máfias. O autor mostra sua decepção tanto com a época soviética como com a Rússia capitalista. Tudo com muito humor amargo, tipicamente russo.
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alpaco 20/05/2023

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Definitivamente não foi uma das minhas leituras favoritas, muito menos uma das minha grandes. Desde que comecei, fiquei empacado. Mas essa última semana peguei para ler porque queria voltar com o hábito. Foi uma ótima decisão e o livro merece o mérito de ter possibilitado isso.

"Propaganda Monumental" não é um livro tão especial, mas definitivamente fala de um tema muito interessante. Adorei saber da Aglaia e por mais que ela não seja uma personagem agradável, criei um carinho por ela.

Por mais que tenha entrado no livro pensando se ele seria mais um livro que tratasse a situação pós (tentativa de) comunismo com uma visão bem estadunidense, fiquei feliz que houve uma reviravolta: o texto tem um final bem humanista e esperançoso. Todas as críticas feitas à URSS parecem bem uma coisa de alguém que tava vivendo a situação como um sujeito comum, talvez até um artista.

Enfim, não sei falar tanto sobre, não foi minha favorita, mas gostei. Teria para mim que foi uma boa obra para colocar na minha estante de leituras.
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19/10/2016

Uma sátira a sociedade soviética
Achei o livro interessante por se tratar de uma sátira a sociedade soviética. Os personagens reforçam o estereótipo dos tiranos da época, bem como os militantes do partido comunista e os cidadãos comuns. Apesar de ter muitos personagens na estória, a personagem que se destaca é Aglaia Stiepánovna, militante do partido comunista que venera Stálin. Sua paixão pelo ídolo soviético é tão grande que ela coloca uma estátua gigante de Stálin dentro de seu apartamento, causando brigas e desentendimentos com os vizinhos. Para se ter ideia, o fanatismo de Aglaia vai tão longe que ela lava a estátua como se estivesse dando banho em um bebê, e os seus sonhos são permeados de visões romantizadas com o seu ídolo Stálin.

Não é um livro no nível dos clássicos russos, mas é um bom livro.
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Lucas 14/02/2013

Diferente do que uma primeira olhada no livro possa aparentar, Propaganda Monumental é o maior argumento anti-soviético que alguém pode receber, tirando é claro se você viveu na União Soviética. Não é preciso ler todo o livro para começar a questionar tudo o que aprendemos sobre antiga URSS, a não ser, é claro, o consumo desenfreado de vodka. Na verdade, ler as primeiras dez páginas já é um tapa na cara dos nossos conhecimentos. Um tapa cômico. Um tapa construído, não com uma narrativa linear como uma novela deveria ser, mas com uma série de casos que mostram a verdadeira face do ideologismo soviético. Ou a falta dele.

Tirando a dificuldade em decorar o nome de cada personagem, Propaganda Monumental é uma obra que consegue ser bastante divertida ao falar de fatos nem tão agradáveis sobre os 50 anos de ditadura soviética, e, por isso, deve ser lida por qualquer uma que pense saber algo sobre o assunto.
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GCV 16/06/2009

Propaganda Enganosa
A idéia é boa e sarcástica por natureza: roubar uma estátua de Stálin e colocá-la na sala de casa. A passagem de tempo também revela muito da, digamos, 'tese' da obra: há sempre um pedestal vazio para ser ocupado na URSS/Rússia.

Mas essas boas idéias se contrastam com personagens ora deformadamente caricatos ora sovieticamente realistas; com episódios que se aglutinam à 'tese central' sem fazer muito sentido; e, principalmente, com um narrador didático e surpreendentemente moralista para uma obra que se pretende irônica e sarcástica. Uma história com um Stálin de ferro-gusa na sala merecia bem mais.
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Henrique 24/03/2009

Um bom livro. Contém certos trechos recheados de uma ironia ácida e hilariante, juntamente com outras passagens reflexivas sobre as tranformações político-sociais-econômicas pelas quais passou a Rússia pós-Revolução de 1917.



Alguns mitos historicos como Lenin são desconstruidos, apresentando-se suas falhas e problemas. O comunismo como um todo é criticado, pela sua falta de aplicabilidade.



A burocracia, a corrupção e a falta de escrúpulos políticos também sáo temas recorrentes desse romance, que tem como personagens centrais uma velha guerrilheira que defende o comunismo e sobretudo Stalin com fervor e uma estátua desse ditador russo.



Interessante também como o livro mostra que a adoção do capitalismo também não resolveu nenhum dos problemas do país, talvez até os tenha intensificado, favorecendo o surgimento de criminosos do alto escalão.
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