Resenhas - Véu da Inocência

Leidi 03/01/2024

Fazia tempo que nao lia um "romance de banca" e achei esse bem legal, seguindo o modelo de resolução rápida dos conflitos.

Vivi Martins 13/04/2013

Achei interessante a parte da tecelagem, mas o casal principal as vezes dá nos nervos!

Cris Paiva 20/03/2013

Os acontecimentos desse livro são da época que se iniciou a Guerra dos 100 anos, com o embargo da lã dos Holandeses pela França e a Inglaterra metendo o bedelho.
A mocinha, Katrine, é uma comerciante de tecidos, que precisa da lã dos ingleses para continuar trabalhando, e com o pai fora ela precisa assumir os negócios da família e trabalhar para não morrer de fome. Renard, o mocinho, e um espião que se faz passar por comerciante de lã, e tenta passar a perna na mocinha para conseguir um lugar para se esconder enquanto espiona para o rei inglês.

Renard ambiciona o cargo de Bispo, e no inicio é capaz de tudo para conseguir se dar bem. Aqui entra uma questão interessante nesses tempos de troca de Papa e escândalos de poder na igreja, a autora foca parte da historia nos desmandos e falta de religiosidade dos "homens de fé", onde o poder é mais importante que a palavra de Deus. A obediência a Deus e o temor dos pecados só serve aos homens (mais especificamente as mulheres), mas os religiosos estão acima disso, e conseguem se safar de tudo com facilidade.

A maior parte da historia é cheia de intrigas quanto ao comércio de lã , traições, e com o pobre povo sofrendo com a fome. O romance do casal vai aos trancos e barrancos, com o mocinho acusando a pobre de esconder as coisas dele, e de "trai-lo", quando ele mesmo se encarrega de fazer pior com ela. A mocinha é uma mulher batalhadora, que não se deixa abater fácil, ela luta para continuar trabalhando, nem que para isso tenha de desafiar os homens no poder.

A historia é boa, e a ambientação é ótima, mas acho que faltou um pouco mais de emoção no romance dos dois.

RLeitora 14/09/2012

Resenha RLeitora - Véu da Inocência
Katrine é uma senhorita que perdeu os pais e tem que trabalhar para se sustentar – levando em consideração que estamos falando do início do século XVIII, isso não era comum e nada aceitável. Logo, ela finge ser casada para que a sociedade a aceite e trabalha tecendo. Porém, o período é de “vacas magras” já que a França e a Inglaterra estão em pé de guerra – o fornecimento de lã está proibido, então, até que os povoados decidam qual lado apoiar. Assim, quando um lindo comerciante bate à sua porta pedindo abrigo em troca de lã, mesmo relutante, Katrine aceita. Claro que ela não suspeitava das intenções reais do lindo Renard, né gente! E o desenrolar da história começa aí.

Katrine é muito inteligente, perspicaz e tem personalidade forte. Nada de mocinha ingênua demais – adorei!

Renard é o típico mocinho dos romances de banca – lindo, talvez um pouco mau, apaixonado e apaixonante, alto, forte aiaiai...

Só o tio de Katrine é um chato! Machista, manipulador e tolo, por pensar que Katrine é pequena e inútil – claro que a autora soube trabalhar esta personagem também!

Claro que eu não vou contar o que acontece durante o livro, já que vocês sabem que nestes romances de banca, é certo que o mocinho fica com a mocinha no final – logo, a melhor parte é a construção da narrativa e dos elementos que levam ao final da obra. Então é aí que vou me deter.
A autora Blythe Gifford consegue trazer informações que norteiam e interessam o leitor durante toda a obra. Trata-se de uma leitura leve, dinâmica, estonteante, deliciosa. São poucos personagens, porém todos muito bem trabalhados e organizados. Os enlaces são extremamente preparados, dando visão de toda a trama para o leitor, não deixando pontas soltas.

Eu já falei que sou fã de romances de banca, né! Esse é mais um caso de um livro delicioso.
Não deixe de conferir!