O Vale das Bonecas

O Vale das Bonecas Jacqueline Susann




Resenhas - O Vale das Bonecas


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Elis 28/05/2010

Nossa já não sei quem eu admiro mais se a Jennifer ou a Anne, pois jamais vi duas pessoas que passaram por tantas, superar tantos obstáculos. A Jennifer realmente é a pessoa mais amável que conheci, realmente tenta viver com o coração. A Anne pensa muito no amar e ser amada e talvez seja por isso que ela tenha passado por tudo isso, pra descobrir que a vida é a vida, e as vezes escolhemos o caminho errado.
A Neely é uma garota legal no começo, mas como sempre o sucesso sobe a cabeça das pessoas e elas acabam desandando.

Admito que enquanto lia a história pensava em bater em alguns personagens para ver se eles caiam em si, ou pelo menos acordavam. E acreditem não consegui parar de ler depois que comecei, cada vez que eu via o livro queria parar e ler até o fim, mas o trabalho me chamava e eu tinha de largar, mas admito que as 511 paginas voaram nas minhas mãos, já que li o livro em três dias. Eu poderia dizer que o final poderia ter sido horrível ou lindo. Porem admito ele foi realmente real.

A autora me surpreendeu por saber como nos prender as histórias, e por conseguir desenvolve-la tão bem, ainda mais por ela ser extensa.Meus Parabéns e desejo muito sucesso a mesma.

Recomendadérrimo......Nota 10!!!

Beijokas elis!!!!!!

Fran 15/07/2015minha estante
Também senti vontade de dar uns tapas em alguns personagens!! Mas é um livro que eu amo de paixão, li duas vezes, em idades diferentes da minha vida e ele me impressionou de formas diferentes tb. Adoro dramas "hollywoodianas"! Estou louca pra ler De volta ao vale das bonecas, mas ainda não encontrei pro meu kindle. :)




Gabriella 10/07/2023

"E, à noite.. nas noites solitárias... sempre haveria as lindas bolinhas vermelhas para lhe fazer companhia."
Esse livro acompanha a historia de 3 mulheres, desde jovens (17 a mais nova no começo do livro) até a chegada da vida adulta (39-40) no mundo Hollywoodiano. Mas é muito mais que isso, é como um protesto feminino, uma revelação, pra época, do machismo, da objetificação do corpo feminino, da farsa da vida de "esposa perfeita" que pode conquistar o amor e fidelidade de um homem apenas com o amor e dedicação.
As bonecas em si são as drogas - uma vermelha para dormir, a amarela junto pro efeito durar mais e uma verde para ficar acordada e emagrecer!

O começo do livro é um pouco lento, nos mostra a chegada da Anne a NY.
Anne foge da sua cidade natal, no interior, onde sofria certa opressão da mãe e da vida "esperada" a todas as mulheres da cidade: se casar com alguém de bom nome, quer você ame ou não (pra mãe, o amor por um homem é impossível! Sexo é uma infeliz obrigação), ter filhos, morar na sua casa herdada & assim cumprir seu papel, ser uma esposa e uma mãe - nunca uma mulher com desejos maiores de se apaixonar, de sentir prazer, de ter uma carreira, de ter emoções que fogem das que uma dama teria.

"Uma casa em que uma boa família da Nova Inglaterra vivera geração após geração, os seus habitantes sufocados pela disciplina, por emoções coibidas, emoções reprimidas sob a rangente armadura de ferro chamada 'boas maneiras'. ("Anne, uma dama nunca ri alto." "Anne, uma dama nunca chora em público." "Mas não estamos em público, estou chorando para você, mamãe, aqui na cozinha." "Mas uma dama chora em privacidade. Você não é mais uma criança, Anne, tem doze anos, e a tia Amy está aqui, na cozinha. Agora vá para o seu quarto.")"

Essa visão da mãe de Anne é algo que ela ressente até o fim - entendível. Mas também é muito legal porque literalmente deveria ser o pensamento de muitas mulheres, com todo o contexto conservador e limitante feminino "nenhuma dama gosta de beijar". O pai da Anne não é muito lembrado por ela (falecido) mas citado como um homem com problemas de bebida pela mãe.

Logo Anne se envolve com Allen, um rapaz a principio paciente, legal e carinhoso que se apaixona por ela. Tudo que Anne quer, além de viver o que a vida agitada de NY tem a oferecer, é se apaixonar; mas assim como todos os meninos da sua cidade, Allen nada a traz emocionalmente, além de um carinho amigo. Então ela conhece Lyon Burke! O típico estereótipo de garanhão, solteirão. Mas os 2 tem uma conexão que ela acredita ser um amor verdadeiro e reciproco, seria mesmo?
Anne é uma mulher dedicada, amorosa e, como sempre é referenciada, cheia de classe. Anne é muito resiliente, gentil, bondosa, honesta, leal, inteligente, controlada, sonhadora. Se alguém pode conquistar a vida prometida, seria ela.

Neely é uma garota, desde sempre, muito dedicada - a alcançar um sucesso na sua vida, seja por meio da sua carreira artística, seja tendo um marido. Diferente de Anne, Neely foi alguém sem figuras paternais, apenas sua irmã, que a tirou de lares adotivos com uns 7 anos e assim Neely passou a viver com ela e seu marido em uma vida de artistas baratos, começando sua "carreira artística" aos 14 anos.
E sua carreira realmente se torna algo, mas com isso, Neely muda totalmente. De uma garota sonhadora, que passava as noites lendo 'E o vento levou', alegre e amigável - Neely se torna o que mais criticava. A vida real de uma estrela, a pressão eterna para ser magra (anoréxica) e estar sempre bonita, não aparentar mais que 20 anos, o ritmo do trabalho exigido pelo seu estúdio a corrompem e destroem todos seus sonhos de uma vida que sempre sonhou.

“Os homens irão deixar-te, a tua beleza irá desaparecer, os teus filhos irão crescer e partir e tudo o que pensaste ser a tua vida irá azedar; a única coisa com que podes contar é contigo mesma e com o teu talento.”

Sério, em todo livro é muito incomodo a obsessão pela magreza e como a mulher gorda (e por gorda nem precisa ser tão acima do peso) é tida como de nenhum valor, o Lyon até se refere a uma mulher gorda como se fosse um animal, uma deformação. E como pensar que a autora exagerou a retratar isso? Os filmes de 2000 feitos para o publico feminino passavam justamente isso. As mulheres ditas gordas eram quaisquer umas acima de 50kg. E essas, sempre ridicularizadas.
Como se esperar que essas mulheres não se adoeçam em tal contexto social? Nosso valor é definido por nosso peso/corpo ou seja pela capacidade de sermos controladas pelos valores da sociedade - e quem fez a sociedade, homens.

Jennifer, a mais velha do grupo, deve ser considerada a preferida pela maioria dos leitores. Ela é uma mulher "sem talentos" conforme a própria definição, só possui sua beleza e corpo e tem uma relação também um tanto problemática com a mãe, que vive a pressionando para se casar e mandar mais dinheiro pra família. Apesar de a personagem entender que precisa se arranjar com um homem pra ser segura financeiramente e poder mandar mais pra sua mãe, ela tem um desejo de ser amada por ser quem é, além de seu corpo e além do sexo.
Consegui me relacionar varias vezes com essa ideia que ela internalizou que tudo que tinha a oferecer era seu corpo e sua aparência; seu corpo e o que ele oferecia era sempre o que se destacava além de qualquer outra coisa, pros homens com quem encontrou! As vezes a tratando como uma mera boneca de prazer.

De um jeito simples e fluido a autora denuncia a abordagem e visão toxica masculina/da sociedade perante a mulher.
Acho que todas as mulheres do livro podem trazer algo a acrescentar nessa discussão: a triste visão da vida pela mãe da Anne, que nunca conheceu melhor então se convenceu que não existia melhor; a mãe de Jennifer e seu discurso e comportamento opressivo sob a filha que provavelmente veio do próprio comportamento que a mesma deveria receber; Hellen e seu sempre presente medo de ser trocada e ofuscada, porque a idade pode ser como uma condenação pras mulheres; Mirian e sua completa abnegação.

E os homens, acho que o único que presta foi o Mel! Porque o resto... até os "mais bonzinhos" - suas vontades sobrepõem as das mulheres, eles não realmente as veem e as ouvem! Quando por ex. a Anne sempre foi 100% honesta e mesmo assim respondem a isso com agressividade, usando a intimidade dada para machucar e humilhar; até o Henry que é um grande "amigo" de Anne, acaba sendo decepcionante - como sempre homens pelos homens, as mulheres devem ser seres que aceitam e superam tudo com graça por serem tão fortes...

Em resumo é um livro pesado, triste mas muito real e infelizmente, muito atual.
"Tudo que enxergava era o topo da tal montanha... não havia ninguém para lhe informar sobre o Vale das Bonecas."
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afra 29/10/2021

uau
um dos livros que mais me despertou emoções em toda a minha trajetória literária. que experiência fantástica. ainda completamente extasiada e sem palavras
Maria 15/11/2021minha estante
Oii, eu queria saber como você conseguiu o livro ksksk. Desculpa perguntar assim do nada, é que eu venho procurando uma cópia desse livro e não encontro em lugar algum.




Mariana Melo 05/09/2013

Impressões de leitura
O livro vai contar a historia de 3 jovens amigas, Anne, Neely e Jennifer, que nos anos 50 buscam ideais de independencia feminina e sonham em ter sucesso no showbiz.

Ele conta com vários bastidores do mundo dos espetáculos, que estavam tão em alta naquela época - uma época, lembrem, sem o domínio da televisão e do cinema. Inclusive, o livro traz um pouco do crescimento da popularidade desses formatos de mídia, e as historias das personagens se entrelaça bastante com esse fenômeno.

A história tem uma faceta junkie que pode agradar aqueles que gostam de leituras mais degradantes como Christiane F, já que em alguns momentos as personagens têm problemas com pílulas estimulantes, emagrecedores e álcool.

Outro detalhe são as suas relações problemáticas com os homens: uma é submissa, outra está mais preocupada em achar um bom partido, etc. e durante todo a leitura temos uma desconstrução daquela ideia de amor romantico e feliz que costuma estar presente nos livros. Inclusive, essa foi uma das facetas que mais me agradou em O Vale das Bonecas - a imprevisibilidade, já que as historias de vida das personagens sempre nos surpreendem.

O livro é de leitura fácil, e se destaca por ter personagens de personalidades complexas, e de contar várias histórias periféricas tão interessantes quantos as das protagonistas.

Indico bastante a leitura, em especial pra quem curtiu a leitura de Christiane F., quem gosta dos anos 50 e 60, quem gosta dessa aura do showbusiness dessa época, dos musicais, etc.


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Mi Giorf 14/08/2023

O vale das bonecas
Escolhi esse livro pro desafio do mês, um livro que virou filme, foi indicação da minha amiga Re, que sempre fala dos livros que gostou e acha que também vou gostar.
O vale das bonecas conta a história de três mulheres Anne, Jennifer e Neely, mulheres que viverem na Hollywood dos anos 40 a 60, no tempo onde ter 30 anos, não ser bem sucedida ou ter um marido rico era seu fim. E elas recorriam a tudo, manipulações, traições, plásticas e drogas. Minha personagem preferida foi Anne, se dedicou demais, amou demais, merecia ser muito feliz e a mais odiosa foi Neely, o sucesso a transormou em um verdadeiro monstro. Esse é um livro que vale muito a pena ser lido.
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4at77 16/01/2023

O Vale das Bonecas.
(Jacqueline Susann - 1966)

Livro extenso com a narrativa arrastada, escrita bem feita e diálogos profundos. A autora nos mostra três pontos de vistas diferentes, os leitores conseguem sentir exatamente o que os personagens transparecem e com isso sentimos amores e ódios pela maioria dos personagens.

Fiquei extremamente pensativa ao terminar a leitura e, sendo bem sincera, ainda estou em êxtase enquanto escrevo essa resenha. Tô decepcionada comigo mesma por ainda ter acreditado no decorrer do livro que ele teria um final feliz, gostei dessa pegada melancólica e receio acreditar que apenas mulheres entenderiam a complexidade de toda essa história, não é só uma narrativa triste, é uma obra de arte, um desabafo trágico, feminino e principalmente frustrante.

Recomendaria e a nota não foi tão alta por motivos de: senti vontade de abandonar várias vezes e não excedeu minhas expectativas, enfim, não confiem em homens.
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Raeder 13/01/2023

Morte ao cromossomo xy
Eu estou realmente triste, mas REALMENTE MESMO.
Eu não sei nem o que tenho a dizer, por mim não diria nada por dias. A Jennifer merecia mais, Anne merecia bem mais, a Nelly podia morrer, eu não me importo. E o Lyon, nossa eu não tenho nem como dizer oq eu gostaria de fazer com ele.
O livro é bom, mas MUITO pesado. Não nego que chorei mas se me perguntarem eu finjo que não escutei. Perdi minha fé na humanidade e principalmente nos homens. Uma triste noite a todos. (5 estrelas, mas fiquei desolada e enjoada em grande parte da leitura)
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livrosmortificados 08/09/2023

"nas noites solitárias teria sempre as bolinhas vermelhas"
Uma enorme fofoca, me divertiu muito e me deixou mal por conta da tematica.
incrível como eu odeio e sinto desprezo por todos os personagens(tirando minha querida Jennifer)
é um otimo livro para se pensar nos bastidores de alguns famosos, as vezes esquecemos que eles também são gente.
jacqueline também aborda aqui toda questão da "esposa perfeita americana", a mulher na sociedade, principalmente nesse meio artistico, que muiras vezes achamos ser mais, digamos que "liberal" e menos misógino mas nao é bem assim
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Isa 01/05/2021

No inicio achei achei a historia muito parada, mas depois da metade ela te prende de um jeito...
As personagens são bem complexas e bem construidas e ver elas mudando ao passar do tempo é muito interessante. Eu, particularmente, só gostei da Jenifer, os outros são despreziveis, principalmente o Lyon.
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Kamilla 15/08/2023

A vida dos famosos, como ela é
O livro lida com a amizade de três jovens mulheres, Anne, Neely e Jennifer, e como as três buscaram o seu caminho no mundo pós segunda guerra. Simpatizei com as três em momentos diferentes do livro, foi se alterando de acordo com os trechos o com o que elas estavam aprontando.

Me identifiquei com o anseio de Anne de fugir de um lugar ultrapassado e de uma vida pré programada, ela é corajosa em seguir para Nova York buscando se encontrar, quando ela chega lá é um tanto quando decepcionante, primeiro ela é envolvida em um ‘noivado’ totalmente maluco e vai se deixando levar pela situação a ponto de provocar raiva, aí depois conhece Lyon e acabou a personagem. O sol para ela simplesmente nasce e se põe nos orifícios desse homem, e a impressão que eu tenho é que toda a vida emocional dela se congela esperando que ele volte e corresponda a esse amor obsessivo que ela tem por ele (e o final do livro é aquele caso do ‘cuidado com o que você deseja’)

Jennifer foi frustrante no início, com aquela maluquice de querer se casar de qualquer jeito com um homem de quem ela nem gostava muito, mas quanto mais eu fui lendo sobre ela e a vida dela, mas ela foi crescendo, é o exemplo de atriz subestimada pela aparência, e fiquei muito triste com o final dela.

Neely foi a que eu menos simpatizei, ela é simplesmente a pessoa que se deslumbra no primeiro sinal de reconhecimento e fama e usa isso como uma desculpa para se comportar de uma forma insuportável e para maltratar qualquer pessoa que a cerca, a personagem foi escrita para mostrar as consequências dos vícios em drogas prescritas, tão comum na Hollywood da época, mas a minha crença pessoal é que o vício, o uso da droga, não muda o caráter de ninguém, ele só tira a inibição natural da pessoa e faz ela mostrar o que de fato ela é, e Neely nunca foi uma pessoa que prestasse.

O final do livro é bem compatível com a época da história, o cenário em que ela se passava e principalmente com as escolhas que os personagens fizeram ao longo da história, mas as vezes a gente precisa ler uns finais mais nesse estilo mesmo, para dar uma acordada para a vida e entender que nem todos tem finais felizes, na verdade, bem poucos chegam lá.
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Juliana 31/12/2023

Leitura obrigatória
Por que não ouço falarem tanto assim deste livro? A história é fantástica!!! Recomendo a quase todo mundo, e agora quero muito assistir à uma peça inspirada nele.
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