spoiler visualizarNasa 24/08/2020
O Julgamento De Gabriel
O Segundo livro tem início em Florença, Itália, e o casal finalmente pode se entregar a paixão longe das regras da universidade, que os manteve castos por tantos meses.
A primeira noite deles é sensual, e no fim, um pouco constrangedora. Mas eles finalmente estão juntos. Os cuidados de Gabriel quebram um pouco o clima, pois ele tem medo de estragar a experiência para Julia, visto que é sua primeira vez. E pensou justo numa posição que nenhuma virgem do mundo gostaria de perder sua inocência. (Risos) Felizmente Julia foi objetiva e ele fez o que ela desejava. (isso no final do livro 1). Uma coisa me deixou confusa. O suco que ele compra e faz Julia a tomar, cranberry, evita infecções, mas tomado em excesso pode ser prejudicial à saúde.
No natal as surpresas desagradáveis começaram a aparecer, primeiro a ex, Paulina em pessoa, que força sua presença, humilha Julia. E nos mostra que Gabriel ainda guarda segredos de sua família e de Julia.
A narrativa mostra a adaptação deles como um casal, que agora tem intimidades. Achei isso interessante principalmente pelo fato do escritor ser um homem. Os ajustes me fizeram pensar como é público, amar, dar satisfação a famílias, amigos, sociedade, horários, vidas, trabalhos, perder um pouco sua liberdade e ter de dizer não as vezes. Tudo muito tenso. Mas se é amor, tem de sobreviver a tudo, e a todos. Ele vai sobreviver.
Julia tem certa dificuldade de se expressar, guarda tudo e do nada, ela explode e deixa Gabriel de queixo caído. Tipo quando ela fala algo mais pesado, ou encosta ele na parede, com razão. No livro ela me deu um susto desse quando explodiu com ele na cozinha, na boate. Ela tem cara de santa, mas é uma peste. Gostei desse lado dela. Isso balanceia o fato de Gabriel esconder certas verdades, afinal, chumbo trocado não dói.
O momento do julgamento chega e Gabriel e Julia temendo um pelo outro estragam tudo. O amor deles é antigo, mas não é experiente, e quando Gabriel assume todos os riscos bancando o macho alpha. Deu vontade de jogar o livro na parede de tanta revolta. Eu sabia o que ele estava fazendo e os motivos, mas não foi justo.
O livro é um pouco lição e me fez pensar em algumas escolhas que eu mesma fiz. Não me arrependo de nenhuma, afinal meu Gabriel ainda não apareceu.
Voltando aqui a resenha.
Julia cresceu e ficou mais forte e consegue expressar tudo que sente, seja sua raiva e tristeza pelas decisões que Gabriel tomou a sua revelia e a jornada da heroína foi cumprida. Não foi mole, ou boba. Encostou ele na parede e cobrou tudo. O autor nos colocou no mesmo estilo de capítulos, que no livro 1 da trilogia. Eles conversaram em três ocasiões diferentes, os papeis foram invertidos.
Gabriel sente o peso de ter uma alma e se importar com os outros. O orgulho dele foi quebrado, mas ele ainda está inteiro e pronto para ser reconstruído por Julia e o amor.
O livro nos deixa uma lição, aprendizados importantes sobre família, traumas do passado e como nos colocamos em certos infernos sem perceber e por aqueles que gostamos. É preciso saber lidar com nossos próprios demônios.
Minha nota? Quatro Beijos mordidos!