Aventuras na História Nº 109 (Agosto de 2012)

Aventuras na História Nº 109 (Agosto de 2012) Abril



Resenhas - Aventuras na História nº 109


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z..... 18/03/2021

Agosto de 2012
A edição foi comemorativa aos 9 anos da revista, com tema de capa (A Segunda Guerra aqui) sobre a influência dos EUA no Brasil por ocasião do conflito na Europa.
O que se revela é que os alemães flertavam com o governo brasileiro ultra nacionalista do Estado Novo, porém, no desenrolar da guerra, com o posicionamento de nosso país ao lado dos Aliados, as portas foram escancaradas aos norte-americanos, que chegaram influenciando a cultura (exemplo na criação do Zé Carioca e na boemia que se implantou em diversas cidades em que militares dos EUA se estabeleciam); a industria (minério e borracha eram prioridades essenciais para os interesses da guerra); a sociedade (como o estímulo a xenofobia a imigrantes de origem dos países do Eixo); a economia (que mobilizou os "soldados da borracha" e racionamentos de alimento e combustível) e, obviamente, a política (foram criados campos de concentração para estrangeiros considerados inimigos, língua estrangeira foi proibida em várias circunstâncias, o país permitiu a construção de bases militares americanas e blecautes ocorreram estrategicamente em certas cidades de noite por medo de ataques aéreos).
Duas ausências importantes, em minha opinião, é que a reportagem nada citou sobre a expedição alemã na Amazônia na metade da década de 1930 (estudiosos apontam prospecção da terra para possível invasão e colonialismo nazista) e, ao mencionar bases militares construídas em nosso pais, também nada citaram da base dos EUA no Amapá. Acredito que, num cenário pessimista, não esteve longe da realidade presumir um conflito entre as potências com nosso país como palco. Tudo, porém, restringiu-se ao campo ideológico e, nas vias de fato, na costa brasileira e na participação do Brasil no continente europeu.
Curiosidade citada, que nunca tinha ouvido falar, é que entre os imigrantes asiáticos em São Paulo teria se gerado uma organização (Shindo Renmel) pró Eixo, negacionista à derrota, que se opunha a todos da comunidade japonesa que fossem derrotistas (chamados de "corações sujos"), chegando a executar cerca de 23 imigrantes.

"A guerra em um álbum de retratos" - foto reportagem em apoio a reportagem anterior, com imagens diversas sobre o contexto na sociedade brasileira sob influência da guerra.
As imagens que mais despertaram minha curiosidade foram: a foto do carro movido a gasogênio, por conta do racionamento ou escassez do petróleo (que esquisito, parecendo um trambolho digno daquela velha animação da Corrida Maluca); e a foto das crianças de origem alemã que eram doutrinadas no nazismo e foram clicadas fazendo a saudação nazista (quando existia até partido nazista no Brasil, na década de 1930).

Entre as notas históricas do início da revista está o pedido de Hitler a seu séquito, por carta em 1940, que um militar alemão judeu fosse tratado com benevolência, pois havia lutado ao lado dele na Primeira Guerra. Qual o quê, no ano seguinte foi mandado para campo de concentração...

"Judeus negros" - sobre operação que transportou vários judeus de origem africana (como da Etiópia) para israel, financiada por esta nação.
O que achei mais interessante, embora não seja o foco, é que foi mencionada uma arca na Etiópia que os judeus daquele país correlacionam a Arca da Aliança. Já tinha lido e visto documentário, permanecendo, porém, o mistério. A reportagem cita-a submetida a estudos. em que foi dita ser uma espécie de barca construída no século 14 por um clã correlacionado à descendência de Salomão com a Rainha de Sabá. Diga-se de passagem, essa é a origem que alegam para os judeus africanos na Etiópia.

Entre outras curiosidades, fim de mais uma leitura em Macapá, que hoje iniciou oficialmente outro lockdown com os demais municípios do estado...
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