Resenhas - A Esfinge dos Gelos

aggreeste 27/05/2023

Um dos melhores livros de Verne!
Se Júlio Verne quis fazer uma continuação do misterioso livro de Edgar Poe, «A narrativa de Arthur Gordon Pym», fez certo! Nenhum cenário para tal narrativa em primeira pessoa seria mais apropriado do que o continente antártico e os seus gelos.

Apesar de eu não ter lido este livro difícil de conseguir de Poe, há um capítulo da «Esfinge» que resume toda a obra incompleta de Poe ? que o autor morrera antes de terminar os três últimos capítulos, e há quem acredite que eles somente estão perdidos e não foram até agora encontrados.

Há muitas revelações na segunda parte do livro. No último capítulo da primeira parte, um dos personagens mais misteriosos revela-se ser um personagem da «Narrativa de Arthur Pym», o que revela que toda a história foi real e realmente aconteceu ? o que acreditava desde sempre o comandante da escuna, que fez o personagem-narrador até acusá-lo de louco.

Um final muito misterioso é dado; não consegui processar toda aquela história até hoje.

Uiara 25/12/2018

Não é uma boa continuação
Como livro do Júlio Verne é ótimo, cheio de informações científicas, a aventura no polo antártico cada dia mais tensa etc, porém, como continuação de A Narrativa de Arthur Gordom Pym, não é bom. Claro que Verne dá um desfecho para o livro de Poe, o que é bem interessante, mas o fato dele destruir todas as questões sobrenaturais do outro livro é desmotivador (claro que Verne ia apresentar os fatos cientificamente). O terremoto destruindo a ilha é um tremendo balde de água fria, além do fato de Dirk Peters nunca falar nada porque não sabe se expressar e é taciturno. Porém, vale a leitura pela aventura em si.

Carlito Pilatos 25/11/2009

A sinopse do livro está errada, não se trata do relato de Arthur Gordon Pym, mas sim de uma busca por indicios que provem a veracidade da suposta historia e dos personagens envolvidos.
Trata-se na verdade de uma homenagem de Verne ao mestre,na forma de uma continuação do livro inacabado de Poe.Uma segunda homenagem do mesmo tipo seria posteriormente feita por Lovecraft, no ótimo "Nas Montanhas da Loucura".
É um livro muito bom, apesar de perder muito da magia do clássico escrito por Poe.