spoiler visualizaraquamarinamelo 15/06/2014
Este livro, cujo nome não vou sair repetindo por motivos óbvios, eu comprei por causa da capa, que é belíssima; pelas ilustrações do meio, já que dei uma folheada na livraria, antes de comprar; e também por nomes como Neil Gaiman, Nick Hornby e Lemony Snicket. Mais por Neil Gaiman, confesso. E qual não foi minha decepção quando, ao ler, vi que o conto de autoria dele presente neste livro era Pássaro-do-Sol; conto muito bom, mas que eu já havia lido no primeiro volume do Coisas Frágeis.
O livro é um infanto-juvenil. Vi muitas resenhas de pessoas xingando o livro justamente por não saberem que era infanto-juvenil. Eu gosto do estilo, então não fiquei decepcionada por isso. Fiquei decepcionada, porém, porque achei alguns contos bem razoáveis, uns até bem ruins. Não vou resumir todos, só dar uma geral e listar as minhas impressões. Vejamos:
Achei a introdução de Lemony Snicket interessante; mas não vi nada de especial no conto que ele começou e que a gente deveria ajudar a terminar.
O conto Pequeno País, de Nick Hornby, também achei legal, apesar do final previsível; sobre um menino que mora no menor país do mundo, não muito maior que uma vila.
Não gostei da história Lars Farf, pai e marido excessivamente temeroso, de George Saunders; acho um tédio história com lição de moral.
Já Monstro, de Kelly Link, achei bom, com um final legal e um bônus das ilustrações do monstro branco de mãos vermelhas.
As Competições de Cowlick, de Richard Kennedy: não achei muita graça, apesar de gostar de faroeste. Final previsível.
Vendidos Separadamente, de Jon Scieszka: WTF essa história? Uma história escrita só com slogans publicitários, talvez como uma crítica ao consumismo exacerbado dos últimos anzzzZZZZZZZ...
O Terceiro Desejo de Seymour, de Sam Swope: história sem graça, sobre um garoto que é filho de uma ogra, que não gosta de crianças. E ainda bem que avisaram no começo que o protagonista não era lá muito inteligente, porque ele só fez besteira.
Grimble, de Clement Freud: conto escrito em 1968, desnecessariamente longo, mas não achei propriamente ruim. Só chato; discordando de Lemony Snicket, que disse na introdução que não havia histórias chatas no livro.
Spoony-e Spandy-3 contra as hordas roxas, de James Kochalka: uma história em quadrinhos — e eu adoro quadrinhos, fiquem sabendo antes de me crucificar pela crítica — bem “WTF??”. Talvez eu não goste desse tipo de quadrinho, ou não esteja acostumada, ou não tenha entendido alguma coisa; mas achei bem sem graça, sem sentido, sem nada.
Pássaro-do-Sol, de Neil Gaiman, é simplesmente genial (Gaiman ❤), mas eu já tinha lido.
O Telefone da ACSE, de Jeanne DuPrau: taí, achei esse conto bem legal, bem fofinho, de um menino que encontra um celular perdido e termina encontrando um amigo.
O Sexto Distrito, de Jonathan Safran Foer, também é legal; achei interessante e criativo; sobre um lugar que muitas pessoas não sabem que existiu.
E as Palavras Cruzadas Tremendamente Difíceis do final: gosto de palavras cruzadas e fiz algumas, mas não terminei porque era 1h da manhã e eu estava com sono. Ou porque eram realmente difíceis.
No total, o livro não foi tão bom como eu esperava. Capa bonita, título incomum, proposta atraente: tudo que me levou a comprar estava ali, só faltou a leitura corresponder às expectativas.
site: http://www.dofundodomar.com.br/2014/02/resenha-foras-da-lei.html