A vida de Mozart

A vida de Mozart Stendhal




Resenhas - A vida de Mozart


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JoiceCoutinho 14/08/2022

"Sua carreira foi tão curta quanto brilhante."
Uma leitura leve e rápida. A história de um dos melhores compositores, contada com fluidez e delicadeza. O final é bem melancólico, como o fim da vida...
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Fabio Shiva 27/08/2010

A morte de Mozart me deixa triste até hoje
Esse foi o verdadeiro motivo, percebo, para ter prolongado a leitura desse livro tão fininho, quase um folheto. Felizmente, Stendhal em sua descrição foi bem menos emotivo que as cenas do filme “Amadeus”, tão intensamente gravadas na memória.
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Sobre Stendhal, eu sabia apenas que era o autor de “O Vermelho e o Negro”. Ao pesquisar na Internet, encontrei na Wikipédia:
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“Henri-Marie Beyle, mais conhecido como Stendhal (Grenoble, França, 23 de janeiro de 1783 - Paris, 23 de março de 1842) foi um escritor francês reputado pela fineza na análise dos sentimentos de seus personagens e por seu estilo deliberadamente seco.”
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Stendhal
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Esse “estilo deliberadamente seco” é a chave para a leitura da biografia de Mozart, apresentada pelo autor como uma tradução de “A Vida de Mozart” do autor alemão Schlichtegroll. Eu, particularmente, não curti muito o Prosecco de Stendhal, ao menos enquanto aplicado à vida de Mozart. Faltou animação, aquela empolgação de fã, essa era a minha expectativa. Mas confesso que fiquei mal acostumado pela leitura de “Vida de Bach”, narrativa apaixonada feita pela própria esposa de Bach. Dessa vez a narrativa é feita por um quase contemporâneo de Mozart (o pequeno Henri tinha oito anos quando Amadeus morreu) e também tirado a gênio, o francês Stendhal. Então é sempre a “história de um grande homem contada por um grande homem”, e o excesso dessa auto-percepção tenha pesado a pena de Stendhal. Ou então, mais provável, ele simplesmente tenha se limitado a traduzir e adaptar uma narrativa já pronta. Só sei que faltou a sensação de gol. Sei lá.


Em outro site, encontrei uma frase de Stendhal que botou mais lenha na fogueira:
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“É mesquinho passarmos a vida a dizer de que maneira os outros foram grandes.”
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http://www.pensador.info/autor/Stendhal/


Don Giovanni

Há também deliciosas passagens. Essa é uma delas:

“(...) a abertura de “Don Giovanni”. Considerada a melhor de suas aberturas; no entanto, só trabalhou nela durante a noite que antecedeu a primeira apresentação, e quando o ensaio geral já se verificara. À noite, cerca das onze horas, ao se deitar, pediu à mulher para fazer-lhe um ponche e ficar com ele para mantê-lo acordado. Ela concordou, e se pôs a contar-lhe contos de fadas, aventuras bizarras, que o fizeram chorar de tanto rir. No entanto, o ponche deu-lhe sono, de modo que ele só trabalhava enquanto a mulher falava, e fechava os olhos quando ela parava. Seus esforços para ficar acordado, esta alternância contínua entre despertar e adormecer, o fatigaram de tal modo que a mulher o obrigou a descansar, prometendo acordá-lo em uma hora. Ele adormeceu tão profundamente que ela o deixou repousar por duas horas. Acordou-o cerca de cinco horas da manhã. Ele marcara com os copistas às sete horas e, quando eles chegaram, a abertura estava terminada. Mal houve tempo de fazer as cópias necessárias para a orquestra, e os músicos foram obrigados a tocar sem ensaiar. Algumas pessoas pretendem reconhecer nessa abertura as passagens em que Mozart foi surpreendido pelo sono, e aquelas em que ele acordava sobressaltado.”


Frases de Stendhal

Essas e outras encontrei no site:
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http://www.pensador.info/autor/Stendhal/
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A maior felicidade que pode acontecer a um grande homem é ele, cem anos após a sua morte, ainda ter inimigos.
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A velhice, essa época em que se julga a vida e em que os prazeres do orgulho se revelam em toda a sua miséria (...).
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Só existe uma lei no amor; tornar feliz a quem se ama.
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Todas as religiões são fundadas sobre o temor de muitos e a esperteza de poucos.
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Em arte só vive o que continuamente dá prazer.
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O homem que não amou apaixonadamente, ignora a metade mais formosa da existência.
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O que é um amante? Um instrumento no qual nos esfregamos para ter prazer.
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O que torna a dor do ciúme tão aguda é que a vaidade não pode ajudar-nos a suportá-la.
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Nada paralisa mais a imaginação que o apelo à memória.
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Pode-se adquirir tudo na solidão, menos o caráter.


(14.12.08)
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