A Metamorfose/ Um Artista Da Fome / Carta Ao Pai

A Metamorfose/ Um Artista Da Fome / Carta Ao Pai Franz Kafka




Resenhas - A Metamorfose / Um Artista da Fome / Carta a Meu Pai


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beatlesisland 30/03/2020

Obra prima.
Cirúrgico, perfeito. Mostra como a vida humana não faz sentido. O quanto podemos ser facilmente descartáveis por um capricho do destino. Que o ser humano só é digno de amor (para muitos) quando tem utilidade
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Willouro 03/06/2019

Perspectivas nulas.
As obras de Kafka dentro desse livro vão trazer um tom de nulidade humana que aguça/é fruto de uma sensibilidade que busca entender ou olhar o próximo. A questão é que essa sensibilidade não eleva nada, pelo contrário, retrata as falhas, denunciando como problemas de comunicação e empatia corroem certas relações humanas, e por fim a vida. Os texto então vão abordar questões da subjetividade dos protagonistas, inclusive do próprio autor, trazendo dualidades e contradições sobre a vida (talvez cabe dizer que de maneira absurdista).

Em "A metamorfose" destaco a frase 'uma família cansada desfeita pelo trabalho': Além de profunda, a frase faz com que a metamorfose do filho entre em uma camada além de uma analogia a inércia do personagem e desumanização desses, virando um indicador de sintomas daquela vivência familiar onde o drama e conflito já estava instaurado antes mesmo da transformação. Esse drama ainda é potencializado por uma perspectiva subjetiva de Gregor que funciona como nossa introdução a família, mas essa mesma perspectiva se desconstrói e cai por terra, já que não condiz com a verdadeira problemática familiar. É um texto com muitas camadas e muito bem estruturado.

Em "Um artista da fome" o Jejuador é uma figura já absurda nos dias de hoje, mas no contexto ainda é uma figura nostálgica. De certo o texto da margem para uma crítica aos bem afortunados que nunca passaram fome, mas a metáfora final da recusa a fartura desagradável na vida é um final arrebatador de mais puro niilismo absurdo. Mais uma vez, o desinteresse pelo próximo é um tema intrigante. Nesse conto não há uma desumanização propriamente dita, mas há um desinteresse pela psique, de forma que as feras são mais interessantes do que os homens.

"Carta a meu pai" já é um texto mais intimista que ajuda a entender certa visão de mundo Franz Kafka e vai de afronta com o pai e um tipo de pessoa que não enxerga os outros e toma como verdade absoluta uma visão egocêntrica de que só seus valores sempre estão corretos. O texto ataca essa figura ressaltando a mediocridade geral da pessoa, mas culmina na dualidade (que é quase um dilema) de se tornar tudo aquilo que o pai representa para se tornar livre, ou pelo contrário, negar tudo isso e se afastar o máximo para enfim ter liberdade. Ambas opções são dependentes da figura e referencia do pai, o que faz com que um amargor preencha todas as alternativas, e a liberdade não possa ser realmente alcançada. Isso também alimentando uma série de angustias e pessimismos frutos da relação entre os dois personagens. Na minha concepção, fora questões mais profundas dignas de análises psicológicas, é um ótimo texto para se pensar a empatia, mas além de tudo: revela como as influencias de certas ações podem refletir direta e indiretamente na vida de uma pessoa.

Por fim, diria que em Kafka as coisas são mais complexas e dúbias; Uma leitura e escrita madura e estruturada para que a subjetividade nos textos não vala o investimento do leitor em termos de se relacionar, prender a leitura através de um arco, de fazer TORCER para o protagonista, ou até acreditar neste. O texto vai escancarar como as perspectivas são irrelevantes a maneira com que o mundo funciona; que as pessoas as vezes não ligam para o que você pensa, ou que você esta totalmente errado na maneira com que vê as coisas. As perspectivas se anulam, e talvez só no meio disso tudo, se encontra uma visão da verdade.

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Karin Cristine 14/04/2019

Metamorfose
Olá meus amores tudo bem com vocês???
Esse livro conta três histórias do autor Kafka.
Confesso não morri de amores mas li kkkk
O que mas gostei foi o metamorfose. Porém achei a linguagem desse autor um pouquinho difícil para mim.
OBS: metamorfose é meio impactante mas é bom.
Já leu? me conte o que achou !!
Bjus Kah?
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Bruno 'Empathy' Kuhn 20/02/2016

Franz Kafka, algumas boas novelas de muitas.
Ótimo livro! A demonstração de sentimentos que se contradizem causando estranheza é simplesmente fantástica durante cada um dos textos, principalmente em 'Carta ao Pai' (ou Carta a Meu Pai), onde o autor demonstra como toda a vida dele foi montada baseada nos sentimentos de nulidade, culpa, fracasso e baixa autoestima; sentimentos estes que, embora sem culpa, foram providos pelo pai, o qual sempre deixou claro que cada ação de Franz era, para os Kafkas, uma decepção.

Quanto a "A metamorfose", uma das novelas mais conhecidas da história, é muito interessante a forma com que a escrita kafkiana nos causa uma diversidade de sentimentos conflitantes: a família sofrendo com sentimentos de compaixão que, embora pequenos, eram mesclados com asco e pesar, disputas e dificuldades financeiras, provenientes da passagem de responsabilidades do jovem que não é mais humano.

Um artista da fome, pra mim é o texto mais fraco, embora ainda interessante. A dificuldade neste está na falta de ambientação da novela, pois fala sobre os jejuadores e seus conflitos psicológicos. Estes, partem da mescla de antigos sentimentos, de quando era famoso e aclamado, com os novos sentimentos de abandono, incompreensão alheia, alienação, falência e penúria.

Todos os textos serão fantásticos para todos aqueles que gostam de leituras nada-fáceis que tratem de conflitos pessoas e ou psicológicos. Pra quem for ler, sugiro que mantenha sempre a cabeça aberta antes de ler qualquer livro e, principalmente, antes de ler um livro de Franz Kafka. À partir daí, a leitura se torna maravilhosa.
Marcus 16/02/2018minha estante
Sabe me informar se nesse livro tem as três obras completas ou é algum tipo de resumo?




Na Literatura Selvagem 04/07/2015

Franz Kafka e seu Artista da fome...
Ontem, 03 de julho - seria o aniversário de Franz Kafka, nascido na cidade de Praga em 1883, famoso por ter escrito A metamorfose, obra consagrada em que relata a transformação de um funcionário público em inseto, da noite para o dia... Confesso que fiquei incerta sobre qual obra apresentar a vocês e A metamorfose me tentou, mas acabei optando por um conto não menos famoso intitulado Um artista da fome [tão logo possa, volto aqui trazendo minhas impressões sobre A metamorfose, mas por ora vamos nos ater a Um artista...]
Trata-se da história de um jejuador, que ganhava a vida se expondo em feiras, dentro de uma jaula, para que várias pessoas o observassem enquanto passava semanas sem comer. Ele possuía um empresário e haviam algumas pessoas que ficavam de prontidão vigiando para que o artista não abandonasse seu posto e sabotasse o espetáculo, se alimentando de alguma forma...

Leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2015/07/franz-kafka-e-seu-artista-da-fome.html
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Soares.Julio 28/06/2015

O pessimismo Kafkiano necessario
O pessimismo kafkiano é um pessimismo real, duro, que muito de nós nos negamos a ver. Ele está lá, em algum lugar ao nosso redor, que por vários motivos, não enxergamos: e é nesse compilado de três obras de Franz Kafka que enxergamos o mundo duro, bruto, de certa forma: real.
Na primeira parte temos uma das obras mais apreciadas do século XX: A Metamorfose. Um dia, o jovem Gregor Samsa acorda metamorfoseado em um inseto, e é nesse ponta pé inicial que somos apresentados a situações limites. Samsa era um caixeiro viajante que tomava conta economicamente de sua família: sua mãe dona de casa, seu pai doente e sua irmã mais nova com sonhos. Ao ver-se metamorfoseado, Samsa assiste sua família ruir diante de seus vários olhos sem poder fazer nada; até chegar ao ponto dele se tornar um empecilho para a família.
Somos expectadores de uma família em crise, em uma situação absurda onde medidas duras deverão ser tomadas para a sobrevivência da família.
Em Um Artista da Fome, a segunda obra, somos apresentados a mais uma situação kafkiana, onde em um circo, há uma atração que corresponde a uma pessoa engaiolada que pode ficar semanas em jejum. Essa atração é um dos pontos fortes do circo, já que leva varias pessoas com curiosidade de ver o “artista da fome”. Com essa situação absurda, Kafka nos mostra um mundo onde em paralelo com o nosso, há uma banalização com o sofrimento alheio, como se fosse simples objetos; onde diante de tanta mazela, há um anestesiamento geral por parte de outras pessoas.
E no Carta ao Pai, é um texto não-ficcional, onde Kafka apresenta de forma direta ao pai sobre como ele via sua relação, seus medos, suas perspectivas, sua visão. Nessa obra podemos mergulhar fundo na alma de Kafka e conhecê-lo bem melhor, até podendo analisarmos melhor suas obras.Com certeza é algo que deve ser lido e analisado.
Esse livro nos oferece uma visão de mundo cruel, injusta, onde nem sempre as decisões tomadas são agradáveis, elas são duras, mas faz-se necessária. O pessimismo de Kafka não é comum, banal, trivial, um simples modismo; é real, dura e lhe dá a opção de querer enxergar ou não.
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Andrezza 16/04/2014

Um livro impressionante
Quando li na sinopse que um dia gregor samsa acorda como um inseto, achei que a história era fantasiosa demais e que nunca ia me pegar. Dpeois de ler, acho a Metamorfose uma história universal, e me identifiquei muito com o livro na época, todo aquele estranhamento de Samsa ao se identificar como um inseto, eu sentia um pouco durante a adolescência.
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Beto 26/09/2012

Esquisito
Sinceramente não vi muita graça no Metamorfose e até hoje não entendo por que é um texto tão cultuado. O que eu mais gostei dessa coletânea foi "Carta a Meu Pai". Não pego mais nenhum livro do Kafka pra ler.
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WENCES 14/08/2011

Um livro para ser relido
Existem algumas obras, que permitem que tenhamos uma nova visão de mundo.
A Metamorfose, um livro escrito a tanto tempo, trata de temas atuais.
Ao lermos o livro, somos confrontados com nossos conceitos e preconceitos em relação aos outros e a nós.
Em síntese, o livro narra a estória de um jovem, responsável e que tinha o respeito dos pais, de cujo trabalho dependia sua familia composta pelos pais e uma irmã.
Certa manhã, quando tentou levantar-se para trabalhar notou que havia algo errado consigo. Ele perdeu a mobilidade, a fala, e agora passava a se alimentar e comportar-se como um animal.
Tal mudança, ocasionou desprezo, medo, nojo, e por fim sua exclusão do círculo familiar, culminando com sua morte.
A pergunta que fazemos durante e após a leitura: Quantas e quantas vezes nós não aceitamos as pessoas como são, e as condenamos ao sofrimento?

É um bom livro.
José 19/08/2012minha estante
Devia ter colocado que tinha spoliers... *****




JJ 04/11/2010

Metamorfose *****
O conto que vem encantando inúmeros leitores há quase um século é uma fábula moderna com trama e narrativa que são copiados em demasia até hoje. Isto porque por trás da história de fantasia construída de maneira brilhante por Kafka, há um homem trabalhador, insatisfeito com sua profissão e com a escolha de sua carreira, decepcionado com a família e bem perto de perder a esperança Ou seja, dilemas presentes no homem-médio da sociedade atual.

O protagonista, cansado de pensar nos outros, questiona sua sensibilidade sem entender porque dentro da própria casa não encontra amor e diálogo. Como se estivesse em coma, Gregor ouve tudo o que falam dele como se não estivesse ali, endurecendo e perdendo a ternura ao longo de sua metamorfose. Consciente de tudo e sentindo-se um estranho em sua casa, ele é a vítima, apesar de ser tratado como culpado, de seu destino e da sua família.

A escrita formidável de Kafka somado ao epílogo pessimista, com os pais de Gregor prontos para cometer os mesmos erros, faz de Metamorfose uma história agradável de ser ler, ao mesmo tempo intrigante e muito atual.

Um Artista da Fome *****
Ao contar a história de um jejuador insatisfeito e incompreendido, Kafka utiliza-se de linguagem jornalística para narrar trama semelhante à de Metamorfose. Quando a carreira do homem que costumava ser admirado em praça pública por sua resistência entra em declínio, Um Artista da Fome vira um conto de tom surpreendente metafórico (principalmente ao final), dialogando de maneira clara com a supracitada obra-prima de Kafka.

Carta ao Pai *****
O prefácio da terceira parte do livro acaba por explicar o porquê da junção das três obras. É impossível um homem no início da fase adulta não se identificar com tais histórias. Para mim, revelou-se a obra certa no lugar certo, por isso sua leitura tanto me marcou, sendo o pequeno livro consumido de maneira frenética.

Em Carta ao Pai os traumas de infância e juventude de Kafka, causados pelo tratamento dispensado pelo progenitor, são expostos por aquele, que questiona sua educação e narra momentos e sentimentos comuns a muitos na atualidade. A certeza de que falhou na tentativa de ser imagem e semelhança de seu pai é o principal motivo para entender porque um leitor mais novo não compreende e um mais velho não vê tanto sentido em muita coisa que Kafka escreve.

Por se alongar em alguns momentos é possível que Carta ao Pai não cause o mesmo impacto de Metamorfose e Um Artista da Fome. Todavia, o tom autobiográfico permite elevar tal escrito a um dos mais importantes da carreira de Kafka. Só que a maneira mais crítica com que se refere às irmãs não deixa que o gênio nos convença por completo. O leitor deve sempre questionar porque escritor tão celebrado exercia nenhuma influência sobre sua família. Apesar disso, não deixamos de ser solidários aos queixumes dele, principalmente ao tratar de profissão e casamento (nessa edição, a partir da pg. 105).

Porém, a prova de que Kafka não deve ser passível de críticas é a auto-análise realizada ao final, quando antecipa os argumentos de uma provável resposta do pai. Portanto, aprecie com imparcialidade.
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Hudson 09/10/2010

O Artista da Fome

Acredito que o mais impressionante deste compêndio, é o conto "O Artista da Fome."

Uma História, que prende até o fim

Existem muitas pessoas que lutam para comer e apenas sobreviver

ele lutava pela fome

o Artista da Fome, o grande jejuador era o único e grande espectador da sua fome, porém completamente satisfeito.


o enredo se desenvolve entre o fastio existencial do jejuador e o complexo "banquete" do esquecimento de si mesmo, esse conflito existencial que chama atenção em 2 temas opostos mas que se completam.

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