Resenhas - Elena Sabe

crosk 13/01/2024

Ela sabe
Amargo, dolorido e indispensável. O amor de mãe é cego.?Narrativa simples, profunda e com um triller de plus.

Helder 11/12/2023

Um livro triste.
Gente, que livro triste.
Decidi lê-lo porque vi que ia estrear o filme na Netflix e parecia ser um thriller, mas fui enganado.
Porém isso não foi ruim. O livro é um grande drama e mexeu muito comigo.
Demorei um pouco para lê-lo porque a versão que encontrei é em espanhol, mas o desafio de ler em espanhol deixou esta leitura ainda mais especial
O livro nos apresenta Elena, uma idosa com um estágio avançado de Parkinson. Aliás, com um tipo diferente de Parkinson: Parkinson Plus.
Elena é viúva, é há pouco tempo, a filha que cuidava dela morreu, deixando Elena ainda mais solitária e sem chão. E o pior de tudo: Rita, a filha, foi encontrada enforcada no campanário da igreja em um dia chuvoso e logo a polícia decide que todas as provas mostram que foi suicídio.
Mas Elena tem certeza de que sua filha não faria isso. Ela sabe que alguém a matou, mas logo percebe que a polícia já fechou sua versão, então ela decide atravessar a cidade a procura de uma mulher que com certeza lhe ajudará a descobrir o que aconteceu com sua filha.
E grande parte do livro a gente acompanha esta ida de Elena a casa de Isabel. E algo que para nós saudáveis seria algo rápido, aqui se transforma em uma grande jornada, onde vamos tendo uma triste aula da dificuldade de se viver com Parkinson.
Meu pai teve Parkinson por anos e faleceu devido a isso, então a leitura me tocou demais.
E torci muito para que Elena conseguisse a ajuda que buscava e encontrasse sua verdade.
Mas nem sempre verdades trazem alento. E que vontade de abraçar Elena e ajuda-la com o peso que precisará carregar.
Um belo livro.
Recomendo.

Carla 19/09/2023

Relato triste
A história contada por Claudia nesse livro é triste. E não é um triste por ser uma história de amor ou de superação. É triste por ser o contrário disso: uma história sobre degeneração e egoísmo.

Elena tem 65 anos e sofre as consequências do mal de Parkinson. A relação com a doença é descrita em detalhes durante todo o livro pq até seus passos precisam ser dados com uma consciência absurda.

A mente ativa vai se prendendo num corpo que já não funciona como deveria.

Diante dessa triste verdade, Elena perde a única filha em circunstâncias suspeitas. Na verdade, apenas suspeitas para ela. Para a polícia e demais pessoas é tudo muito claro.

Mas Elena sabe que a verdade não é esse é precisa de ajuda para mostrar que a filha não tirou a própria vida, que não haveria motivos para que ela, tão religiosa, fizesse isso.

Elena sabe que alguma coisa aconteceu, que alguém matou sua amada filha.

A verdade é que Elena era cega para algumas coisas, por que o amor de mãe é incondicional. O desfecho é muito amargo, mas assim é a realidade.

Um livro diferente, sem o romantismo habitual de qq história entre mães e filhas.

sammy.micaelly 02/06/2023

Elena não sabe
Adorei a mistura de mistério estilo "quem matou?" com reflexões profundas sobre religião, autonomia do corpo da mulher, sobre rancor, mágoa e sobre a vida ou o fim dela. Elena é uma protagonista improvável e fascinante, e nos força a caminhar um dia e uma vida em seus sapatos e entender um pouco do que ela passa com a doença maldita que lhe atinge. Enfim, Elena não sabe.

argni 28/03/2023

Inconclusivo
Pra mim o livro não teve fim. Ficaram muitas coisas em aberto, principalmente o tema central sobre o qual o livro se desenvolve.
É uma daquelas situações em que fica a cargo do leitor interpretar e imaginar o que aconteceu, mas pra mim ficou faltando muita coisa. E nada no resto do livro nos leva a crer o que fica sugerido no final.
As últimas 30 páginas são surpreendentes, trazendo acontecimentos bem inesperados, mas que fogem do assunto principal, e depois o livro acaba sem concluir muita coisa.

Esperava mais porque foi sugerido por mais de uma pessoa, mas deixou a desejar.

Tati 21/10/2022

Enfrentando a vida na força do ódio
No começo eu não dei muita bola pra ele, mas como esse livro cresce rápido! O final me deixou com tantas questões sobre como reagimos de maneiras tão diferentes diante das adversidades da vida. A escrita da Claudia Piñeiro é deliciosa, engraçada e emocionante ao mesmo tempo. O modo fervoroso com que Elena se agarra a vida, mesmo que essa vida seja tão miserável na maioria do tempo, é invejável. Gosto muito do modo como ela enfrenta os desafios da sua doença, a sua dor e até os seus problemas mais banais com um ódio que vira o seu combustível para a superação. O pequeno mistério sobre a morte de Rita nem é tão relevante. A vida a ser celebrada aqui é a de Elena.