Psicologia Fácil

Psicologia Fácil ANA MERCES BAHIA BOCK...




Resenhas - Psicologia Fácil


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letisia 01/07/2023

Livro rápido, fácil e simples de se ler para quem se interessa pela área. Como vou começar psicologia, acho que foi uma boa ter essa pequena base antes, pois ele apresenta discussões bastante pertinentes. Porém, para quem já tem uma base na área, não tem sentido ler. :)
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@KrolChacon 14/04/2014

CAPÍTULO 06 – O SUJEITO E A COLETIVIDADE
Os autores da obra, Ana Mercês Bock e Odair Furtado são psicólogos formados pela PUC-SP, e professores de psicologia social e institucional da Faculdade de Psicologia da PUC-SP. A autora Maria de Lourdes é psicóloga, psicanalista e supervisora institucional da Faculdade de Psicologia (PUC-SP). Na área de psicologia eles são autores de alguns livros como: Uma Introdução ao Estudo da Psicologia, Psicologias e Psicologia Fácil, todos pela Editora Saraiva. Este livro é o primeiro título da série Fácil na área de humanas que tem como objetivo estimular um diálogo crítico dos temas abordados, e mostrar uma visão geral até dos dias atuais, melhorando a compreensão dos processos mentais dos indivíduos e do comportamento.
6.1 – Introdução
No capítulo 6, aborda o tema Sujeito e a coletividade, com tópicos que ajudarão a entender o assunto, são elas: Introdução, indivíduo e sociedade-uma dicotomia a ser superada, a dicotomia, a singularidade do sujeito e a comunidade ou sociedade. Na introdução, apresenta uma discussão na relação de indivíduo e sociedade. Um olhar dicotômico gerou reflexos em outras áreas do conhecimento. O objetivo é mostrar que essa divisão é falsa, pois nenhum vive sem o outro, e, também avaliar essas modificações ocorridas ao longo do tempo e compreender o humano (singular) como um todo, ou seja, um “eu” constituído de um “nós”.
6.2 – Indivíduo e Sociedade – Uma dicotomia a ser superada
Nobert Elias indica dois aspectos que devemos conhecer sobre indivíduo e sociedade. A primeira é a satisfação pessoal e a segunda eficiência social. A obra mais famosa do escritor Edgar Rice, Tarzan, trata dessa dicotomia de definir nossas percepções e subjetividades dentro
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das relações entre homens e sociedade/natureza. Elias ainda fala da relação da sociedade com o
indivíduo, ainda em 1987 a publicação não estava clara, e, hoje ainda provoca uma discussão na
sociedade. Na sequência começa a falar sobre essa divisão que começou com o capitalismo, onde
gerou mudanças nos indivíduos e consequentemente na sociedade, pois foi nesse período que as
pessoas começaram a ter um pensamento livre, a partir daí, houve um processo natural em que o
homem transforma e cria e é também objeto de ação.
A satisfação social e a eficiência social são interdependentes. Ele comenta que apenas é
possível uma vida em sociedade sem conflitos se os integrantes desse grupo estiverem satisfeitos
socialmente. Essa satisfação só é possível se essa sociedade estiver livre de conflitos. Ou seja,
indivíduos e sociedade estão diretamente ligados e são dependentes um do outro. Pode-se
concordar com Elias, visto que para se obter uma sociedade livre de tensões, obviamente não
pode-se conter nela indivíduos tensos.
6.3 – A Dicotomia
A dicotomia é a separação entre sujeito e sociedade. Foi o capitalismo que libertou o
indivíduo e o transformou em ser autônomo quebrando as relações dominantes e o antigo modo
de produção pautada numa hierarquia social. Desse modo os sujeitos (os que conhecem) se
separaram do mundo dos objetos (os que são conhecidos) em dois pólos que são estudados
dicotomicamente onde aparecem com aspectos que convivem e se relacionam, mas não no
mesmo processo transformador.
Em uma concepção de sociedade oposta, as ações individuais são o centro de qualquer
fenômeno social explicado pela criação e planejamento humano. Já em uma concepção de
indivíduo oposta as relações em sociedade é o que compreende o humano. O humano transforma
o mundo á sua maneira, colocando humanidade nos objetos que ele cria. Leontieve defende que
as aptidões humanas não são transmitidas geneticamente mas sim adquiridas numa vida coletiva.
No momento que estamos nos transformando, transformamos a sociedade e o mundo.
6.4 – Singularidade do sujeito
Os autores apresentam no capítulo que a singularidade do sujeito seria uma função prédefinida
que cada indivíduo tem na sociedade, concedendo certas condutas, de acordo com uma
série de fatores, tornando cada pessoa singular. Esses fatores vão surgindo ao longo da vida,
através das relações e grupos sociais. Elas influenciam na definição do que o indivíduo se tornará
no futuro, se será médico ou operário, policial ou agricultor. Desde a infância utilizamos
instrumentos que facilitam e aprimoram nossa condição na sociedade. A primeira delas é a
linguagem, por ela aprendemos a nos relacionar, conhecer normas, costumes e padrões sociais. O
indivíduo que está inserido em uma sociedade é direcionado a seguir aquilo passado pelo grupo,
culturas, costumes, mas sem perder a sua singularidade, que neste caso é reforçada. A
singularidade é dada como uma espécie de identidade, altamente influenciada pela época e
geração vivida pelo sujeito. Uma criança brasileira, do século XXI, não se comporta da mesma
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forma que uma criança inglesa, que viveu no século XIX, pois há um choque de gerações, recursos, localização e culturas.
Mas como a sociedade entra nessa história? Ela é o habitat do sujeito, conduz o indivíduo a sua existência, é uma parte importante que nós temos em nossas vidas. Lembramo-nos do caso de O Enigma de Kaspar Hauser retratado no filme homônimo trata-se de uma criança criada aprisionada que ao retornar ao convívio social possui uma visão própria sobre sociedade, ciência e religião. Sobre a questão da singularidade, cremos que ela realmente seja um elemento que já nasce conosco e é definida com o passar dos anos, nas relações e situações vivenciadas no cotidiano. A sociedade tem grande papel no desenvolvimento do indivíduo. Um não funciona sem o outro, contribuindo para uma evolução mútua.
6.5 – Comunidade ou Sociedade
Constamos a necessidade de pequenos grupos transformarem-se em comunidade pautadas em um estilo de vida e compartilhamentos de ideias e crenças. O termo “comunidade” tanto pode ser aplicado á grupos de convivência ou a territórios de convivência como são atualmente e geralmente é caracterizada desde antigamente por ser pequena, por sua proximidade física ou geográfica, virtual, e pelas relações de ajuda e segurança entre seus cidadãos. O desenvolvimento do capitalismo trouxe mudanças no conceito da comunidade onde os membros viviam em um ritmo natural e trabalhavam em conjunto, ajudando uns aos outros para garantir a segurança e funcionamento dos cidadãos da comunidade. As comunidades passaram a se adaptar as transformações causadas pela invenção de novas técnicas de trabalho e novos equipamentos. Para seguir o ritmo capitalista, as comunidades modificaram seu ritmo de vida para algo planejado e artificial, o trabalho passou a ser dividido e, com isso, o resultado foi um aumento na produtividade e lucros. O sucesso industrial significava o sucesso dos trabalhadores. As empresas confiavam na lealdade e na boa vontade dos trabalhadores, por isso lhes cediam uma vila estruturada com casas, igreja, escolas com a intenção na criação de uma comunidade em torno do objetivo “trabalho”, algo para tirar a atenção nas máquinas e focar mais nos cidadãos que teriam com o industrial uma relação paternal e social.
Segundo Bauman, nós usamos o termo “comunidade” para um ambiente aconchegante (bom) e o termo “sociedade” para a forma que ela se organiza (ruim). O modo como se organiza a coletividade espelha as escolhas humanas ao longo da História produzindo diversos estilos de vida, comportamentos e crenças. Isto é o que revela mais os traços identitários de cada indivíduo de uma determinada comunidade. Nas considerações finais, lembramos que ainda em 1987 Nobert Elias já dizia que com as mudanças históricas os indivíduos estão valorizando mais a individualidade que a comunidade (identidade-nós versus identidade-eu). Um bom exemplo é o filme Vidas Sem Rumo da década de 80 onde três órfãos tentam sobreviver em uma comunidade de gangues na busca de uma entidade autônoma já que todos ser humanos, de certa forma são diferentes e buscam sê-lo.
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