jota 20/12/2021BOM: uma amostra geral de tudo o que Quintana escreveu, aqueles que seriam seus melhores poemasLido entre 17 e 20/12/2021
Do poeta gaúcho Mario Quintana (1906-1994) não li tanta coisa assim, já que não sou grande leitor de poesia, prefiro ler prosa a maior parte do tempo. Mas apreciei bastante A Vaca e o Hipogrifo (Círculo do Livro, 1986) do próprio Quintana e as 130 historinhas compiladas e adaptadas por Juarez Fonseca que constituem o pequeno volume Ora Bolas, o Humor de Mario Quintana (L&PM, 2006).
Com seleção e organização da então professora da UFRGS Tania Franco Carvalhal temos este 80 Anos de Poesia, um apanhado geral do que seriam os melhores poemas de Quintana, volume publicado em 1986, ano em que o poeta tornou-se octogenário. Completam o livro uma bibliografia de Quintana, uma outra bibliografia selecionada sobre ele (livros, teses, artigos etc.) e uma cronologia desde seu nascimento até a morte.
A apresentação (ou prefácio) Quintana, a Aventura da Poesia, escrita em 2008, é da professora da UFRGS, Maria do Carmo Campos, na qual ela destaca em Mario Quintana seu “transito poético entre os extremos de uma melancolia reflexiva, do humor, do ludismo.” Como posfácio, o poeta e escritor Heitor Ferraz Mello faz o elogio de Quintana, destaca as qualidades de sua escrita poética e finaliza com a seguinte observação:
“Aqui, a graça, a ingenuidade quase infantil de alguns poemas, a descrição simples e precisa da realidade comparecem e pedem uma leitura amistosa. É a palavra fazendo e gerando amigos.” Verdade: através de seus poemas me pareceu que a alma gentil de Quintana era a mesma de um menininho. Ou de um passarinho, algo assim, mesmo sabendo que o animal que lhe parecia ser o mais perfeito da natureza era o cavalo. Hipogrifos têm a sua porção cavalo...