Opúsculo Humanitário

Opúsculo Humanitário Nísia Floresta




Resenhas - Opúsculo Humanitário


9 encontrados | exibindo 1 a 9


mahh227 01/06/2024

Uma ótima reflexão
Achei o livro muito bom. Claro que a linguagem do século XVIII é complicada de entender, mas quando você entende, é uma experiência incrível.
É possível determinar o pensamento exato da Nísia e como ele se encaixa no contexto da obra, e como a sociedade era naquela época.
Uma ótima lição para todos atualmente, visto que trata de alguns problemas que ainda persistem.
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Gabriella254 08/05/2024

Opúsculo Humanitária
Mais uma leitura para a escola completada
achei uma boa leitura, mas acredito que pra quem realmente gosta desse tipo de livro, vá gostar mais ainda
esse livro me trouxe várias reflexões e muitas frases marcantes
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FoxG.E 02/05/2024

Ultrapassado mas revolucionário
Esse livro, apesar de ultrapassado hoje em dia, na época havia sido revolucionário e, por isso, merece o reconhecimento que a FUVEST lhe deu esse.
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Carolina 01/05/2024

Ok
A autora é uma gênia e não tem como negar, mas eu não estou acostumada a ler esse tipo de livro, então não amei, mas ainda assim eu consegui aproveitar alguns momentos da leitura. Além disso, eu li pq fui obrigada e todo livro que eu leio obrigada não é tão bom quanto seria se eu estivesse lendo por vontade própria.
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Gabi 12/04/2024

Opúsculo Humanitário
Tem pontos positivos e negativos na leitura.

Obviamente é um livro incrível no sentido da visão da mulher, a autora estava muito à frente de seu tempo quando escreveu tudo. Ela tem um repertório muito extenso de filósofos e acontecimentos históricos, o que também é bem legal. Por meio da leitura pode-se notar como era a situação da mulher no Brasil na época, sendo uma fonte ótima. Além disso, uma coisa que agradou foram os capítulos extremamente curtos.

Nesse sentido, vem o ponto negativo. É um livro que não dá muito prazer de ler. Não é uma narrativa, são mais capítulos soltos que vão ficando meio cansativos. Você começa a orar pra acabar logo.

Fora isso, foi bem interessante ver a visão da mulher. Nísia bem revolucionária, sendo uma feminista e abolicionista.
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Tatá 30/04/2020

Um olhar à frente de seu tempo
É absurda a forma pela qual Nísia Floresta se colocava, num período em que mulheres eram enclausuradas na esfera privada, não sendo permitido à elas se colocarem na vida pública, como Nísia fez com maestria e coragem. O Opúsculo Humanitário é um livro que deve ser lido entendendo o contexto de sua época, visto que, se lermos sem considerar o contexto, podemos achar até que o pensamento de Nísia colocado hoje em dia, sugestionaria um caminho conservador. Contudo, adequando-se a obra ao tempo em que foi escrita, é de uma modernidade sem tamanho.
Percebe-se no decorrer do livro que Nísia ainda era prisioneira de algumas ideias quanto a noção de "ser mulher", mas que ao mesmo tempo estava constantemente lutando para quebrar as correntes que impossibilitavam as mulheres de terem acesso a uma educação universal e justa. O lado mais moralista de Nísia se dá devido ao positivismo da época, o qual a autora defendia, ao mesmo tempo que se apegava às ideias utilitaristas (influenciada principalmente por Wollstonecraft, autora feminista que escreveu Reivindicação dos Direitos da Mulher e que Nísia traduzirá de forma livre) e por tal razão pontuava a importância de uma educação emancipadora para a mulher, pois só assim, de acordo com ela, haveria progresso da sociedade.
É possível perceber o vasto conhecimento da autora, principalmente pelo panorama histórico que ela traz logo de início, ao falar do Egito, da Grécia, de Roma, depois da Inglaterra, França e Estados Unidos. Além disso, Nísia faz algo que é defendido dentro das esferas feministas, que é resgatar diversas mulheres importantes na história, revelando-as neste livro.
Para além de tudo isso, suas ideias eram anti-escravagistas, ela já reconhecia a questão da divisão de classes, e já naquele período falava da ideia de uma classe de mulheres operárias, além de enaltecer as mulheres indígenas como mulheres heróicas e de coragem, dando exemplos como o de Moema, indígena que lutou ao lado de Poti contra os holandeses, comandando um batalhão feminino.

Eu queria dizer muito mais coisas, porque é impactante demais ler uma obra dessa, entendendo que mesmo escrita em 1853 continha muitos avanços impensáveis pro período.

De tirar o fôlego!
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Rafaela.Maria 01/04/2020

Uma mulher revolucionária
Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo assumido pela potiguar Dionísia de Faria Rocha, é considerada a primeira feminista brasileira. Através de seus escritos, que englobam vários gêneros discursivos e propriamente literários, a autora nos dá a conhecer sua história e a sua indignação diante a maneira como a mulher era (é) vista e tratada na sociedade, acreditando na educação como principal meio para a supressão da desigualdade de tratamento entre homens e mulheres.
Em Opúsculo Humanitário, a autora discute sobre a educação das mulheres no Brasil de uma forma profunda. Todos os aspectos daquele tempo são comentados com maestria, cheios de exemplos históricos e filosóficos. Nísia foi uma grande pensadora, infelizmente desconhecida.
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z..... 18/04/2019

Nísia Floresta, um dos vários pseudônimos adotados pela potiguara Dionísia Gonçalves Pinto, foi uma ilustre e notável brasileira, precursora do feminismo no Brasil, mais conhecida entre intelectuais estrangeiros do que em sua própria nação. Claro, excetuando-se seu estado natal (RN), onde nomeia um município, e meios fechados como os acadêmicos (tipo na Sociologia). Em termos gerais, principalmente na rede de ensino público, existem raríssimas referências (isso para não generalizar algo mais dramático).
Nossa nação homenageia tanta coisa tosca e esquece de figuras verdadeiramente relevantes. Não entendo como nunca encontrei qualquer citação a ela em minha vida estudantil. Nenhum professor expôs qualquer coisa...
Quer ver como não valorizamos muitas pessoas merecedoras? Pense na Malala, com justiça recebeu um Nobel pela luta a favor da educação das crianças paquistanesas, em idos que pensávamos que direitos como esse seriam já uma conquista em todo canto. O mundo a reverencia. Agora retroceda dois séculos em nossa sociedade brasileira, dominada por machismo e conservadorismo pra lá de tosco, e veja como eram as lutas, mobilizações e aspirações de uma jovem, nordestina, também chamada Nísia Floresta. Grandessíssimas descobertas se apresentarão. Podemos dizer que de certa maneira é reverenciada no mundo, mas em nossa nação...

Cheguei a seu nome através de uma revista de história (AH) e fiquei curioso, no que poderia ter satisfação de duas formas: em rolé pelas biografias ou, o que achei mais interessante no momento, conhecendo alguma de suas várias e revolucionárias obras.

Feita as devidas apresentações e contexto da leitura, não poderia deixar de registrar que essa foi uma descoberta que impactou. Nísia destacou-se como escritora, jornalista e educadora, entre outras coisas, de maneira extraordinária para seu tempo, onde escreveu sobre direitos inerentes não apenas às mulheres, mas também a favor da abolição da escravatura, direitos indígenas e pelas mazelas desfavorecidas e excluídas pelos ditames do dinheiro.

Essa obra é de 1853, do tempo do Brasil imperial, e foi concebida na forma de textos curtos publicados em jornal.
O texto instiga o público a pensamento transformador, assemelhando-se a um discurso, revolucionário em propostas e, o que é interessante, contextualizado com transformações em andamento na época. Apesar do português arcaico, a leitura foi empolgante.

Nos primeiros textos, Nísia faz um passeio pela história, destacando o papel destinado à mulher, onde prevalece a cultura do servilismo, com afastamento da oportunidade ao conhecimento científico, restando apenas a formação educativa para ser esposa e mãe. A autora discorre sobre várias culturas e faz essas observações. Na grega, por exemplo, prevalecia o pensamento da mulher ser incompleta para a compreensão do pensamento, segundo o texto, um conceito aristotélico. Surpreende o tanto de citações a mulheres e culturas e o livro apresenta fartas notas de rodapés. Mas não apenas os aspectos retrógrados são mencionados, os positivos também, como citações de contexto bíblico a Débora (do Antigo Testamento) e Judite (dos livros apócrifos adotados no catolicismo).
Falando em fé, a autora não se opõem a ela, manifesta ter e destaca a importância, mas vai contra o conservadorismo educativo ditado por líderes da igreja no contexto.

No contexto da sociedade, Nísia apresenta a atual situação da educação, propondo reformas. Critica o conservadorismo em costumes de época, como: o papel de servilismo e exclusão da mulher no protagonismo cultural; a supervalorização da futilidade em vaidades (como o uso do espartilho, onde a autora conta a história de uma menina de 6 anos morta em sala de aula, em decorrência da imposição da vaidade pelos pais); a exclusão dos indígenas negros e pobres da educação; a ausência dos pais nesse processo (transferindo para aias ou colégios internos); e costumes como o de deixar as crianças suscetíveis a ouvir conversações de adultos sem o menor pudor. É curioso, mas a autora elogia até mesmo o hábito frequente e exemplar de higienização indígena.

O texto propõe reformulação no ensino não apenas como direito às mulheres, mas também como necessidade requerida pelas transformações em ebulição no mundo. Isso é tão sério que, na visão do progresso, ela propõe que fosse criada uma classe operária feminina.

Se a Malala consagrou aquela frase de que uma caneta e caderno podem transformar o mundo (mais ou menos assim), Nísia encerra sua obra com citação não menos icônica: educai as mulheres!

O livro traz também breve biografia e o que destacou-se nesse meu primeiro contato foi o envolvimento com intelectuais na Europa que lhe influenciaram (elogiando as nações abertas a transformação no pensamento) e paralelos que percebi em sua cronologia. Veja só: sua primeira obra já tem essa pegada revolucionária e foi publicada em 1832, alguns anos antes da introdução do Romantismo no Brasil. Enquanto os intelectuais valorizados do contexto traçavam a idealização da mulher em devaneios, Nísia escrevia coisas mais coerentes e importantes, o mesmo se aplica antes de iniciarem a escola realista em nosso país, quando já dissertava pioneiramente sobre muita coisa de nossa sociedade.
E aí, por seus escritos, por seus posicionamentos, por suas inovações, ainda assim nada costumam incluir nos livros de história, literatura, ou outra ciência no meio estudantil...

Foi realmente boa descoberta e vou seguir nelas. A juventude de hoje poderia ser apresentada de alguma maneira a essa mulher na rede de ensino, e aí tenha suas conclusões...

Vou deixar em registro frase sua que gostei, sendo um incentivo e uma crítica, tudo de maneira poética :

"Deus depôs no coração da brasileira o germe de todas as virtudes. Vejamos o impulso que o governo e os homens da nossa nação têm dado a este germe precioso, como têm eles cultivado e feito desabrochar as flores, madurar os frutos que se deve esperar de uma planta de abundante seiva, sob os cuidados de um hábil e sábio horticultor."
(Nísia Floresta)
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