Aqualtune e as histórias da África

Aqualtune e as histórias da África Ana Cristina Massa




Resenhas - Aqualtune e as histórias da África


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Samantha 10/01/2013

Aqualtune queria se chamar Alice pois não gostava de seu nome, toda vez que alguém perguntava e ela dizia Aqualtune, tinha de soletrar, então decidiu que ia se chamar Alice e começou a dizer esse nome, ninguém mais pediu que ela soletrasse, já que Alice é um nome bem comum.

"Para os amigos, Alice era só um apelido. O mundo é cheio de apelidos e diminutivos. Eduardo vira Edu, Luciana vira Lu, Ana vira Aninha, José vira Zezinho. (...) Aqualtune virou Alice." Página 11

A menina decidiu passar as férias com seus amigos, Maria e Guilherme (Orelha). A fazenda onde eles iam ficar era da época dos escravos e fora por muito tempo um engenho de cana-de-açúcar.

“O destino de parte das férias era uma fazenda longe da cidade e perto de um lugar com muito mato e nome engraçado, Serra da Barriga, em Alagoas.” Página 11

Nessas férias eles vão descobrir a lenda de uma princesa Africana guerreira e corajosa, aprender mais sobre uma cultura que ainda não conheciam e enfrentar muitos perigos.

O livro é muito legal, a autora usa um pouco da cultura Africana, isso fica super bem na história, enquanto lia sobre a cultura do povo Bantu, conheci alguns rituais que eles fazem, vi o que é Bamburucema e como é a festa deles, a Congada.

Gostei da narrativa leve e com um toque de mistério, tem cenas ótimas, é difícil escolher a minha preferida. Rola um romance, mas esse não é o ponto central da história.

Veja resenha em:
http://sopramenores.blogspot.com.br/2013/01/aqualtune-e-as-historias-da-africa.html
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Lizianesg 23/11/2012

Aqualtune e as histórias da África
Aqualtune é o nome de uma jovem que não é satisfeita com o seu nome e por isso resolveu que se chamaria Alice.

“Aqualtune, esse era seu nome. “diferente, original”, dizia a mãe, “forte, importante”, falava o pai.” Pág. 10

Alice (Aqualtune) é uma jovem extremamente curiosa e está sempre procurando resposta para todas as perguntas.

“Ô vó, o que era o barulho de batidas lá fora? E toda aquela festa na fogueira? E essa pasta que a gente preparou, serve para que? E essas máscaras são só enfeite ou vocês usam? Pág. 41

Guilherme, Maria e Alice entram em férias da escola e com isso resolvem viajar com os pais de Maria para uma fazenda.

“O destino de parte das férias era uma fazenda, longe da cidade e perto de um lugar com muito mato e nome engraçado, Serra da Barriga, em Alagoas.” Pág. 11

Na fazenda havia um engenho de cana-de-açúcar, dá época da escravidão, os jovens jamais imaginavam as aventuras que ali iriam viver.

“Para muitas pessoas, as ruínas poderiam parecer apenas escombros, restos de uma construção; para Alice, pareciam um labirinto, um mistério, um lugar estranho, mas ao mesmo tempo curioso. Pág. 14

Junto com a vó Cambinda, uma velha senhora que trabalhava na fazenda, os jovens conheceram Kafil e também as lendas que envolviam o povo africano e os escravos, principalmente a lenda de uma escrava chamada Aqualtune.

“Vó Cambinda tinha antepassados escravos; aliás, há uma lenda que diz que eles eram escravos dessa fazenda e que muitos fugiram daqui para o famoso Quilombo dos Palmares.” Pág. 23

“O nome dela era Aqualtune. Foi uma princesa, no Congo, mas virou escrava no Brasil. Escrava Aqualtune.” Pág. 48

Será mesmo que a jovem Alice que na verdade se chamava Aqualtune tem mesmo algo a ver com essa lenda?

“Alice só queria passar uns dias diferentes e legais com os amigos. Essa era a intenção daquela viagem. A aventura máxima era caçar os vaga-lumes à noite, coisa que não deu muito certo, mas foi divertido. Agora estava diante de um dilema.” Pág. 60


O destino do povo que ali vivia estava nas mãos da jovem Alice (Aqualtune), que em meio a uma aventura se dá conta de que realmente é parte dessa lenda e precisa fazer de tudo para que a lenda do povo africano não se perca, ela então percebe o quão forte é seu nome e pede aos amigos que a chamem de Aqualtune.

Alice (Aqualtune) e os amigos jamais imaginaram que aquela fazenda guardava tantos segredos, que aos poucos foram se revelando. A aventura ali vivida por eles jamais seria esquecida.

“A lenda da escrava Aqualtune, o diário do senhor, a história de Calabar...Vamos transformar esse engenho num lugar especial, sei lá, para que as pessoas visitem, conheçam outra cultura, como a da Cambinda, conheçam as histórias daqui, o que você acha?” Pág 144

O livro é muito envolvente, já que fala de uma parte da história muito importante para todos nós.

O cuidado da editora com a arte não somente da capa, mas também nas trocas de capítulo é maravilhoso e impecável.
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@APassional 18/11/2012

Aqualtune e as histórias da África * Resenha por: Elis Culceag * Arquivo Passional
Aqualtune - que queria ser chamada de Alice pois detestava seu nome - viaja juntamente com os amigos Maria e Guilherme, para a fazenda dos pais de Maria, localizada na Serra da Barriga, em Alagoas. Acredita que o ponto máximo de aventura nessas férias será caçar vaga-lumes à noite com seus amigos. Eles não podem imaginar as experiências e descobertas que terão nos próximos dias.

Na fazenda centenária, antiga sede de um engenho de cana-de-açúcar, o trio de amigos conhece a vó Cambinda (cozinheira do casarão) e Kafil, seu neto. Eles são quilombolas, e vivem numa vila de gerações de descendentes de escravos, perto de lá. A partir daí, Aqualtune, Maria e Guilherme fazem contato com a cultura do povo bantu*.

" - Bamburucema é o nome daquele tipo de vento que a gente sentiu e viu no céu. Para nós que viemos da África, é a manifestação de uma deusa, que tem a força da natureza. Para umas tribos da África, essa deusa é chamada de Iansã, para nosso povo, os bantus, é a Bamburucema. Nunca acontece por acaso. Deusa das tempestades, raios e trovões. É força."

* Povo bantu: Unidos por crenças, costumes e línguas semelhantes, os bantus se formaram pela mistura de diferentes povos africanos. Os que vieram para o Brasil, trazidos pelos traficantes de escravos, são originários de uma região que hoje pertence aos seguintes países: Angola, Congo, República Democrática do Congo e Moçambique.

Numa noite, vó Cambinda conta para Alice/Aqualtune e seus amigos a lenda de uma princesa do Congo, linda, forte e guerreira, que foi capturada, virou escrava no Brasil, fugiu grávida e fundou o Quilombo dos Palmares, e de uma profecia que envolve um mapa, um tesouro e uma menina com o mesmo nome da princesa.

Aventura, mistério, lendas e fatos históricos se misturam, numa corrida contra o tempo, para que os amigos consigam cumprir sua missão antes da terceira Bamburucema.

Tem uma cena em que os amigos participam de uma festa tradicional na vila, a congada, vestindo roupas típicas, máscaras rituais e dançando no ritmo do batuque, que eu amei. Fiquei morrendo de vontade de comer a comida da fazenda servida pela vó Cambinda e de conhecer a Serra da Barriga.

A diagramação do livro é linda. O sumário e a divisão de capítulos me encantaram, com ilustrações que remetem à capa e elementos conectados com a história que está sendo contada. E no final há um apêndice com as informações históricas utilizadas na construção do enredo.


Uma leitura pulsante, que toca algo lá no fundinho da gente. As palavras que Ana Cristina Massa escreveu na dedicatória do livro ao autografá-lo para mim e minha filha, o definem perfeitamente:

"Uma história de coração aberto, de alma, de raiz!
Espero que gostem!"

Recomendo!
Beijos... Elis Culceag.

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 18/11/2012:

http://www.arquivopassional.com/2012/11/resenha-aqualtune-e-as-historias-da.html
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