Caroline Gurgel 12/09/2013Envolvente, apaixonante e avassalador! No meio de tantos romances que mais parecem cópias uns dos outros, propositadamente ou não, adentrei nesse sem grandes expectativas e, como de praxe, sem ter lido a sinopse. On Dublin Street marca a estreia de Samantha Young, antes autora de livros juvenis, no mundo do romance contemporâneo adulto.
O livro conta a história de Jocelyn "Joss" Butler, uma americana que perdeu seus pais e sua irmã em um trágico acidente de carro aos quatorze anos e que, mesmo passados oito anos, nunca conseguiu se recuperar da perda. Quatro anos depois de sua mudança para a Escócia e após ter concluído a faculdade, Joss, à procura de uma nova companheira de apartamento, conhece Ellie e sua vida dá uma reviravolta que ela jamais previra. Claro, não só Ellie é a culpada dessa guinada toda, mas também - e principalmente - um charmoso, ciumento e determinado Braden Carmichael, um empresário acostumado a conseguir tudo o que quer.
Narrada pelos olhos de Joss, a história é leve e divertida em sua maior parte, mas também tem seus momentos angustiantes e profundos. Joss passa a fazer terapia e assim vamos conhecendo a fundo essa personagem tão apavorada e complicada quando se trata de sentimentos e relacionamentos. Essas sessões deram um dinamismo e uma vitalidade ao enredo, e por vezes, foram complexas e densas, por outras, suaves e engraçadas.
Você vai se deliciar com a amizade de Ellie, vai se encantar com a persistência e o romantismo de Braden e vai sofrer com os ataques de pânico de Joss. Vai amar cada personagem, cada imperfeição e cada gesto. Vai querer uma Ellie para chamar de amiga, um Braden para chamar de seu e um lindo apartamento na Dublin Street.
A Samantha construiu incrivelmente bem seus personagens, a relação entre os irmãos e o desenvolvimento da amizade e do amor, que surge sem pressa e vai crescendo e se fortalecendo. Ela parece ter encontrado o tempo certo para cada acontecimento, para cada palavra e, especialmente, para o eu te amo. Faz-nos sorrir, amar, gritar, sofrer e chorar em doses bem mensuradas.
Há quem ache algum defeito? Há, claro, principalmente se você é do tipo que não suporta um clichê, um ciúme ou uma paixão afobada e desesperada. Eu não conseguiria citar algum defeito nem que tentasse, pois On Dublin Street me captou do início ao fim e me envolveu como pouquíssimos livros do gênero o fizeram.
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I know you love me, Jocelyn, because theres no fucking way I can be this much in love with you, and not have you feel the same way. Its not possible.
"Babe, nice lingerie is for seducing a man. Im already fucking seduced.