Resenhas - O Mestre de Quéops

pagina_liter 08/12/2022


Albert Salvadó é engenheiro industrial e escritor, na publicação de O Mestre de Quéops conquistou o Prêmio de Romance Histórico Néstor Luján, em 1998. O livro narra a história de Sedum, o escravo que foi mestre do Faraó construtor da mais famosa de todas as pirâmedes (a Grande Pirâmide de Gizé, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo).
Por meio de uma intriga astuciosa, Salvadó apresenta uma história que aborda ao mesmo tempo o poder e o conhecimento, dentro de uma trama com linguagem direta, agradável e fluída.

Vivi.Montarde 20/08/2020

O livro começa nos contando sobre a mãe do protagonista, que era livre mas se tornou escrava. Depois segue o caminho do personagem principal, Sedum, que fez o caminho inverso, nasceu escravo e conquistou a liberdade.

E Sedum é daqueles personagens que logo gostamos e torcemos. É muito inteligente, consegue não só sua liberdade como também ascender socialmente e conseguir uma carreira de prestígio. Mas também apresentava uma prudência, honestidade e integridade incomuns que norteavam seu caminho e ao mesmo tempo o destacavam.

A história é muito bem escrita e construída. Não é aquele livro com grandes acontecimentos e reviravoltas, que ficamos grudados. É uma narrativa mais calma. Mas não quer dizer que seja parada. Passa longe disso. O livro é muito bom e gostei bastante de lê-lo.

Nat 20/03/2019

Natia acaba se tornando escrava no Egito após sua cidade ser tomada numa guerra. Sabendo que seu rosto desfigurado não inspiraria nada além de nojo, seus sentimentos sobre algum homem a querer como mulher entram em conflito com o fato dela ter sido estuprada. Ela engravida e seu filho cresce para ser a companhia do senhor da casa. Mas a época era de constante guerra e seu filho perde o dono (ele era escravo também) e o mestre. Inteligente e sagaz, Sedum consegue se tornar mestre dos filhos do faraó, e o leva a testemunhar a construção das grandes pirâmides do Egito.

Achei que a leitura desse livro seria uma coisa, se provou outra. Não é um livro top, e também não é ruim. Fazia tempo que eu não sentava para ler algo desse gênero, o último romance histórico que li foi sobre Cleópatra, e apesar de já ter gostado bastante desse gênero, foi algo que comecei a deixar de lado. Mas como para este desafio nem sempre encontro livros correspondentes (até agora eu dei sorte), não pude ignorar. O fato de falar sobre o Egito em uma época sobre a qual até hoje os historiadores ainda buscam maiores referências, nada mais nada menos do que o momento da construção das grandes pirâmides do Egito incluindo a pirâmide de Quéops (a única das sete maravilhas do mundo antigo a existir até hoje) foi um chamariz. Gostei muito, apesar das minhas reservas iniciais.

site: https://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com/2019/03/198-livros-andorra-o-mestre-de-queops.html

JHLG 18/06/2014

Uma fenomenal mistura!
Ganhei este livro quando tinha 16 anos e meu habito de leitura era médio, pois nessa idade estava me adaptando ao processo vestibular. Não esperava muito do livro e me surpreendi, neste livro há frases que me marcam até hoje, como a expressão dita por Nadia a seu filho em relação ao lugar onde o escravo deve realmente viver, para saber qual é leia, e os trechos finais, que de longe formam um dos melhores finais que já li e mais gloriosos também, esse enredo torna o livro no mínimo instigante e em momento nenhum o vi como parado, todavia, se servir de advertência defino esse livro como puramente adulto com brechas razoáveis para o amadurecimento de um jovem leitor.