Annie 05/08/2012Veludo Azul, por Ana Nonato.Veja também em: http://seismilenios.blogspot.com.br/2012/06/resenha-veludo-azul-catherine-archer.html
Elizabeth, dona de lindos olhos azuis e uma vasta cabeleira negra. Os homens da corte se ajoelham a seus pés, todos dariam o mundo para tê-la em seu leito!
A moça, entretanto, não lhes dá atenção, sempre muito comprazida de sua própria companhia...Até que chega à corte um homem com feições de lobo e que logo lhe atrai a atenção. Todavia, ele a despreza... E Elizabeth se vê tomada por indignação e um sentimento ainda mais novo!
Por uma obra do destino, Raynor é amigo do irmão de Elizabeth, que o convida a se unir a eles no jantar daquela noite. Como mensageiro do rei, porém, o irmã da moça precisa sair e não poderá deixá-la a sós com Raynor, conselho que ela expressamente ignora.
Como todos sabem, tais circunstâncias levam somente a um casamento para não desonrar a moça. Assim, contra todas as expectativas, Elizabeth e Raynor se casam. O problema era que nenhum deles o queria e eram teimosos demais para tentarem uma conciliação.
O modo como a autora caracterizou Raynor é muito rico. Este é um ex-guerreiro que teve de assumir os negócios do pai logo quando era um jovem e aguentar a mãe que tentava subjugar-lhe todas as decisões. Aliás, por causa de sua mãe Raynor não confia nas mulheres e tampouco queria uma esposa nesse momento. Só existe uma mulher no mundo em que confiou, a mãe de Willow, sua filha.
Elizabeth, também, é um capítulo à parte. A maioria das mocinhas dos livros de banca é amorosa e compreensiva (mesmo com maridos tão rudes e teimosos), mas ela sabe ser firme e se pôr a trabalhar para ajudar. A moça consegue uma transformação no castelo como nenhuma outra, sendo humilde o suficiente para tratar a todos com perfeita justiça.
O enredo possui alguns clichês, como o fato de os dois serem "lindos", aos poucos Raynor vai cedendo aos seus sentimentos, Elizabeth sofre com seus distanciamento... Porém, são pouco comparados à grandeza de vários outros aspectos.
O que chama a atenção também é a capa e o título. A escolha da atriz para a fotografia e o nome foram completamente pertinentes.
Análise
Enredo (x2): 3,67
• Espaço (x2): 4 (muito bom);
• Tempo (x2): 4 (muito bom);
• Personagens (x2): 4 (muito boas);
• Criatividade (x1): 3 (boa);
• Andamento do enredo (x2): 4 (muito bom);
• Início, meio e fim (x3): 3 (bom);
Estrutura Artística (x1): 3,1
• Capa (x1): 4 (boa);
• Diagramação (x1): 5 (ótima);
• Fontes (x2): 3 (boas);
• Sinopse (x2): 2 (regular);
• Enredo (x3): 3 (bom);
Estrutura física (x1): 3,33
• Capa (x1): 4 (muito boa);
• Páginas (x2): 3 (boas)
Nota final: [2.(3,67) + 3,1.1 + 3,33.1]/4= 3,44 (BOM)
Gostei da obra?
De todos que li até agora, foi o que mais gostei. Fico um tanto incomodada com a perfeição das personagens, mas Raynor é tão teimoso e cruel em alguns momentos que isto passa quase despercebido. O relacionamento deles é construído com a confiança ganhada aos poucos, mais plausível que muitos outros livros do gênero. Apesar de serem teimosos, o altruísmo dos dois chega a encantar. Em suma, um livro muito gostoso de se ler.