Paula Maria 28/02/2016
Dez milhões e uma vida em jogo
Tenho feito recentemente o exercício de ler alguns dos clássicos da Coleção Vagalume que eu já tinha como meus preferidos. "O Rapto do Garoto de Ouro" foi o primeiro da lista. Lembro-me que adorava as histórias de Marcos Rey (a.k.a. "Enigma da Televisão", "O Mistério do Cinco Estrelas", Um Cadáver Ouve Rádio" e "Quem Manda Já Morreu"). E, depois de ler esse título, tenho certeza de que continuo fã do legado do escritor.
"O Rapto do Garoto de Ouro" conta a história de Alfredinho, um recente astro do rock, que ainda mora na casa dos seus pais no bairro do Bexiga, em São Paulo. No dia da comemoração de seu aniversário de 16 anos em uma cantina italiana local, o garoto é atacado dentro de casa e não comparece à festa. Um bilhete com o pedido de um resgate entregue aos seus pais não deixa dúvidas: ele havia sido sequestrado. Dez milhões é o valor do resgate.
Então, os primos do menino, Leo, Ângela e Gino (sim, os mesmo personagens de O Mistério de Cinco Estrelas e Um Cadáver Ouve Rádio) decidem investigar o caso. Dessa vez eles contam com uma ajuda especial de Jaime, empresário de Alfredinho. Uma agenda com nomes de pessoas do bairro encontrada na sala da casa do garoto logo após o seu desaparecimento pode ser a chave da solução do crime. Assim, cada uma das pessoas citadas na lista passa a ser interrogada pelas crianças.
Crítica
Narrados em terceira pessoa, os capítulos revelam o trabalho dos garotos investigando a vida de cada um dos suspeitos, o desespero dos pais frente aos resultados da investigação da polícia e o que acontece no cativeiro com Alfredinho.
O livro é envolvente, assim como todo livro policial, aliás. E o melhor: curtinho, ou seja, não tem lenga lenga, as ações acontecem o tempo todo! E, sim, as pessoas guardam mais segredos do que se pode imaginar...
Em determinado momento, são tantas as informações que parece que todos da lista são culpados! Hahaha! Confesso que matei a charada antes do final. Mas a dúvida sobre eu estar mesmo certa permaneceu até a revelação do(dos) culpado(os) (acha mesmo que vou te dar spoiler?! Rs!). Vale a leitura! (Paula Maria Prado)