Desonra

Desonra J. M. Coetzee




Resenhas - Desonra


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Babi 23/06/2021

Desonra
Não é uma simples história sobre abuso, punição e desgraça. O livro narra a história de David Lurie, um homem solitário, conformado, erudito e irônico. Um professor universitário que não põe crédito no que ensina e está desiludido com a vida. Sexo com mulheres bonitas é a única coisa significativa na vida dele e algo que sempre teve fácil.
Ao ter relações com uma aluna e ter a sua vida transformada, se vê revendo conceitos antes bem formados.
Ele decide se refugiar na fazenda da filha por um tempo e lá a sua desgraça, ou desonra, o segue.

História difícil de ler, mas me transformou como pessoas.
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Kau 17/06/2021

Densonra
Gostei da leitura, apesar de não ter gostado dos personagens, principalmente o David. Senti que ele tinha uma visão bastante retrógrada, era um sujeito insípido diante de mudanças mas, apesar do ranço que eu tive dele, foi uma leitura fluida.
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Isabela.Norberto 16/06/2021

Leitura pesada e envolvente ?????
A narrativa se desenvolve ao longo de diversos abusos, o que faz a leitura ser difícil em alguns momentos, mas ainda assim a leitura flui muito e muito rápido, pois o livro é muito bem trabalhado. Achei as personagens pouco profundas, mas o papel delas é secundário diante dos acontecimentos, elas servem apenas como auxílio para encenar o que a obra mostra ao leitor.
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Tah_baddauy 13/06/2021

"O crânio, depois o temperamento: as duas partes mais duras do corpo." Retrata bem os personagens do livro, insuportáveis em sua teimosia e crenças.
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Margallyne 05/06/2021

Um livro que não me apeguei a nenhum personagem, na verdade, desgostei de quase todos. Terminei sem saber bem o que achar.
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Eduardo 23/05/2021

"Desonra"
Livro com o qual conheço Coetzee. Talvez tenha criado expectativas demais. Se é que sou digno para tal coisa, arrisco o palpite de que a história poderia ser mais interessante em formato de novela, ao invés de romance...

Mas o livro é bom, não estou dizendo que é ruim. Tem uma escrita extremamente fluida, o que torna a leitura naturalmente rápida. Trata-se da história de David Lurie e sua decadência social e profissional dentro do contexto moral de sua África do Sul. O estupro parece ser o centro da discussão proposta indiretamente, mas o que mais me chamou atenção foi a insistência com que o protagonista resiste às consequências opinativas, tanto de seus atos, quanto da realidade em que vive - ainda que pareça, neste último caso, que ele mesmo usufrui de tal condição, achando-a normal e "honrada".
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Marcela Mosqueti 30/04/2021

Um livro sobre ecos da dor
Um livro com diversos temas complicados como a solidão, a velhice e a violência, tanto com as mulheres, quanto com os animais e com aquilo que fizemos da nossa "humanidade".
Lucy parece pagar por todos os erros do pai, assim como o apartheid da África do Sul parece um eco da violência que fora acometida no país anteriormente pelos brancos.
Mesmo que no meio e no final David comece a demonstrar traços de humanização, esse é um livro que fala sobre o conformismo com a desgraça. Não há redenção no final e sim mais uma confirmação da vida que é retratada no livro: violenta, solitária, desonrada.
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Rita 27/04/2021

Por que "Desonra" é um livro desafiador e incômodo?
Ler "Desonra" foi desafiador por ter sido o primeiro romance que li ambientado na África do Sul. A complexidade dos fatos narrados contrasta com a simplicidade do foco narrativo e eu explico: para começar a entender os fatos narrados é necessário conhecer um pouco sobre o processo de dominação colonial sofrido pela África do Sul, como foram construídas as relações sociais durante e após o apartheid e as desigualdades sociais e culturais decorrentes desse contexto histórico. Incluo também a complexidade psicológica das personagens, ou seja, as relações de gênero, de orientação sexual, de idade, de hierarquia e de cultura. E por que essas complexidades contrastam com a simplicidade do foco narrativo? Porque o romance possui um narrador em terceira pessoa (não onisciente) e o foco narrativo parte da visão da personagem principal, David Lurie. O leitor não consegue adentrar na experiência das outras personagens, ficando, dessa forma, limitado à percepção de mundo de Lurie. Isso fica claro quando ele não entende a decisão de Lucy quanto à violência sofrida e a atitude de Petrus em relação à Lucy ou o que sente Bev Shaw diante da vida e da morte. Entretanto, o leitor acompanha a narrativa de Lurie sobre os acontecimentos do processo sofrido na universidade por ter se envolvido com uma aluna - o leitor consegue perceber os conflitos inclusive a distinção que ele faz para si entre "culpa" e "arrependimento". Será que para Pollux e Petrus essa distinção também ocorre?
Um ponto que chama a atenção é para a tradução do título. "Disgrace", isto é, Desgraça, seria uma tradução mais apropriada para os acontecimentos do romance - há trechos em que David Lurie se diz caído em desgraça, o sacrifício dos animais que não possuem serventia aos donos (ou por estarem doentes ou por não haver dinheiro para o tratamento, por isso são descartados) -, pois Desonra estaria mais ligada à imagem ou reputação de um indivíduo perante à sociedade (neste caso, a desonra estaria limitada ao estupro sofrido por Lucy, a repercussão e exposição na mídia da relação entre Lurie e Melanie Isaacs, o relacionamento extraconjugal entre Lurie e Bev Shaw). Talvez o termo desgraça não tenha sido escolhido por estar mais associado às questões religiosas (não ter a graça..., não ser agraciado....) o que não condiz com o romance. Nesse sentido, desonra aparece como uma possível tradução, um sinônimo para "disgrace".
Para finalizar, não se pode ignorar a construção de uma obra paralela dentro do romance. Lurie ambiciona escrever um libreto sobre Byron, poeta que ele admira. Na minha opinião, não é por acaso que se pode fazer uma comparação entre a vida dos dois durante a narrativa: ambos são ligados às letras (o poeta e o professor de literatura), relatam vários envolvimentos sexuais, passaram por incidentes trágicos em suas vidas e deixaram para a posteridade os seus escritos (Byron e seus poemas; Lurie escreveu três livros e talvez um libreto). Algumas atitudes de Lurie lembram as de D. Juan, personagem cantado por Byron, principalmente quanto ao seu trato com as mulheres (Lurie demonstra possuir um ar sedutor, limitando-se aos prazeres sexuais. Porém quando se trata de compreender os sentimentos das mulheres, ele se mostra limitado - p.ex., limita-se no incidente do estupro às consequências físicas como uma possível doença ou gravidez e não considera o que Lucy sente por ser homossexual; quer invadir a privacidade de Soraya, sendo que a relação entre os dois já é previamente negociada; não percebe que, por ser mais velho e professor, há um peso intimidador e hierárquico quando se envolve com Melanie Isaacs.
O que me incomodou nesse livro foi a narrativa sob o ponto de vista masculino sobre acontecimentos que ferem a liberdade de viver de mulheres. Enquanto Lurie consegue fazer dos fatos uma lembrança, Lucy, Melanie, Soraya, Bev Shaw carregam com elas as consequências dos fatos, o peso dos atos sofridos. Livros bons são assim: incomodam e nos colocam para refletir, para pensar.
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Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 27/04/2021

Desonra
Desonra, premiada obra de J.M. Coetzee, publicado pela Companhia das Letras, em edição comemorativa dos 25 anos do Prêmio Nobel de Literatura, traz em sua narrativa um tanto quanto sensível ao tratar de assuntos pesados que envolve abuso e estupro, e seus desdobramentos.

O romance abre com um impacto em sua narrativa: o retrato da vida medíocre de David Lurie, um professor sem grandes perspectivas, porém, sente-se feliz por se encontrar semanalmente com uma prostituta. No entanto, quando ela não lhe serve mais para acalentar seus desejos, o professor inicia um relacionamento brutal que é visto como práticas de assédio com uma aluna trinta anos mais jovem, ele com 52 anos, ela 20, vindo a desencadear um processo moral na universidade onde ele leciona.

A leitura forte e impactante por suas nuances que vão do romance entre um professor e uma aluna às práticas de estupro, mesmo que, autorizados por sua aluna, por se tratar de uma jovem que não conhece de fato a arte do sexo, e se vê apegada ao mestre que lhe ensina em sala de aula ao homem que lhe tem na cama, mesmo que na forma mais brutal.

O que impacta na obra, não é apenas a forma a prática do sexo, mas sim, a forma como ela era forçada a fazer em muitas das vezes, entender que isso é natural, pois não se enxerga com o direito de denunciar. Sem dúvidas, há muitas mulheres que sentem assim da mesma forma: com medo de denunciar.

Exonerado do cargo, o professor David Lurie decide ir morar no campo com a filha, quer por sinal é lésbica e ironicamente, em um assalto à casa, sua filha é estuprada pelos assaltantes.

Inegavelmente, é um livro que traz desconforto em sua narrativa, por tratar de temas tão profundos e machistas a ponto de incomodar os leitores e, acredito que as mulheres também sentiram-se totalmente ofendidas pelo olhar do professor que viu na figura desse homem, uma pessoa que pratica esses atos sem ao menos valorizar a figura feminina.

Desonra é um livro delicado e nem todos irão se identificar com a narrativa que descreve o poder exacerbado que os homens exercem sobre mulheres, embora, tem um desfecho louvável, senão, reflexivo, pois o autor J.M. Coetzee, fala de machismo na sua forma mais cruel e dolorosa.

A seguir um parágrafo que define o estupro e o autoritarismo masculino sobre as mulheres. É pesado, ressalto, mas é necessário entender a tratativa:

“Quando se trata de homem e sexo, David, nada mais me surpreende. Talvez, para os homens, odiar uma mulher faça o sexo ficar mais excitante. Você é homem, deve saber. Quando faz sexo com uma estranha, quando encurrala, prende, submete, coloca todo seu peso em cima dela, não é um pouco como assassinar? Enviar uma faca; excitante depois, deixar o corpo coberto de sangue, não dá a sensação de assassinato, de conseguir se safar de um assassinato?”

Leia a resenha na íntegra, no blog Irmãos Livreiros.

site: bit.ly/iLPost1404
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Wellington Carneiro 16/04/2021

O que se pode fazer quando nos arrependemos?
Um livro intenso, direto e real. O protagonista, ao longo da obra, passa por uma jornada de aprendizado, mesmo acreditando ser muito velho para aprender e mudar.
A obra é bastante realista. No nosso mundo real, somos vítimas a algozes em várias situações e, não raramente, nossas ações não fazem muito sentido, pelo menos num primeiro momento. O livro consegue trazer bem a complexidade do ser humano.
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Lendo no mato 12/04/2021

Direto e reto.
Desconhecia esse autor, mas devo dizer que gostei muito da escrita dele. Seca, sem firula. Quem não curte livros com extensas descrições do cenário/ambiente, vai gostar desse cara.
Não sei se vai gostar do livro, mas dá escrita com certeza. ?

Esse livro ganhou o Booker Prize, a maior premiação literária da Inglaterra.

Conta a história de um professor que cai em desgraça acadêmica após determinados acontecimentos. E seu jeito de ser só piora ainda mais as coisas. Isso tudo numa África do Sul pós aparthaid em ebulição social.

A história é pesada, já aviso logo. Cenas viscerais de violência.

É desses livros que termina e você fica com um nó na garganta.
"Como assim?!" "Sério isso?!" É muito bom sair da zona de conforto e esse livro te traz essa sensação. Um dos melhores livros que li em 2020.

Vou ler mais coisas desse cara.
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Lívia 12/03/2021

Desonra
A história é perturbadora e a escrita é bem seca, sem rodeios. O autor ilumina o pós-apartheid na cidade do Cabo e sua área rural. Recomendo.
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Renato Lopes 21/02/2021

Desistiu
O livro flui muito bem e é difícil parar a leitura, a história é interessante, porém algumas passagens não fazem tanto sentido, principalmente com o final do livro, que deixa um pouco a desejar.

Mesmo assim, vale a leitura.
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Toni 13/02/2021

Que honra, conceber " Desonra ".
.M. Coetzee, prêmio Nobel de literatura em 2003, desdobra em ?Desonra? temáticas com as quais convivemos constantemente, porém com abordagem bem mais crua e, por isso mesmo nos perturba tanto, como o racismo, o abuso sexual, a homossexualidade, envelhecimento, solidão e até crueldade animal, "Coitada da Katy, está de luto. Ninguém quer saber dela, e ela sabe disso. Irônico é que deve ter filhotes pelo distrito inteiro, todos dispostos a repartir suas casas com ela. Só que não têm o poder de fazer o convite . Fazem parte da mobília, parte do sistema de alarme. Eles nos dão a honra de nos tratar como deuses, e nós correspondemos tratando os bichos como coisas.?, um retrato afiado de como tudo isso impacta nossas vidas de uma forma ou de outra. Contextualmente falando, a obra retrata um momento perturbador da África do Sul, o pós-apartheid, por isso é compreensível que a dinâmica do enredo seja sombreada com uma aura negativa e pesada que perpassam toda a narrativa, sem uma pausa sequer. Todas essas nuances carregam em si uma carga de sofrimento, crueldade, dor, injustiça e uma certa melancolia como pano de fundo, frutos da dicotomia pela qual caminha a essência da obra, a saber, riqueza /pobreza, sabedoria/ignorância, poder/subordinação, compaixão/indiferença, vida/morte, tudo isso impregnado em cada momento vivido pelas personagens e, se o leitor desatento não estiver aberto às reflexões que a narrativa impõe de forma contundente, certamente é melhor parar a leitura para não correr o risco de fazer considerações equivocadas sobr e essa obra irretocável e, por isso mesmo, imperdível.
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