Terras do Sem Fim

Terras do Sem Fim Jorge Amado




Resenhas - Terras do Sem Fim


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Quel Ratajczyk 19/04/2016

Nada de clichês
No começo demorei a entrar na realidade do livro, pelo fato de ser narrado de vários pontos de vista, exemplo: uma hora você é o peão pago para assassinar, e logo você é o alvo. Depois de certa altura do livro, essas trocas são de grande ajuda, você está ciente do que acontece nos dois lados da briga.
Um outro ponto positivo do livro é a reflexão pessoal que cada personagem faz, desse modo tem sempre uma característica marcante dele que te chama atenção ou um fato inacabado que te faz esperar que logo venha outro capitulo com a visão do mesmo. A característica do livro de não apresentar a temática clichê que sempre vejo, onde há um casal apaixonado separado por causa da disputa, também soma pontos favoráveis.
O livro apresenta um palavreado de época que ajuda a assimilar a cultura e notar as diferenças entre o modo de se comunicar de antigamente com o nosso atual.
Mesmo que o livro tenha sido escrito em 1942, encontrei elementos que lembram os dias atuais, como o fato de que em Ilheus e em Tabocas tudo estar dividido entre os leais a um fazendeiro ou a outro, isso é atual, ainda há quem pense que não existe um meio termo. A politicagem no livro segue influencias e hoje ainda é assim, infelizmente.
No geral, é um bom livro para ler, e como toda literatura (principalmente a brasileira) a base é insistir um pouco, até que você se sinta um personagem do livro e esteja envolvido com a trama, a partir daí, largar o livro é um desafio. Portanto, recomendo-o.
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Mirzão 10/02/2016

Terras do sem-fim: uma literatura brasileira de excelência
Esta obra-prima (Terras do sem-fim 1943) – de Jorge Amado, um grande escritor baiano, que tem sido traduzido em vários idiomas – tem como tema a exploração do latifúndio do cacau em Ilhéus – Bahia. Por isso, Jorge Amado visou registrar uma sociedade violenta; construiu personagens “aventureiros e gananciosos”. Dessa forma, o enredo, amiúde, nesse lugar, apresenta ao leitor traições, batalhas, mortes... A lei existia lá?
Sim ela existia, no entanto, estava em beneficio do mais forte financeiramente. Outro ponto de observação é que o Brasil, na época, passava por “alterações” políticas e econômicas, principalmente, por influências estrangeiras.
A narrativa, que, no mínimo, é de um lirismo admirável; apresenta, devido à ganância quão desumanizada, a grande maioria das pessoas tem estado. Levando em consideração tal assertiva, isso fica comprovado conforme a história progride sobre a questão do meio ambiente – em prol do progresso, ou em prol da liberdade para um suposto progresso.
Amado soube fazer uma narratividade de excelência, pois o uso dos incisos, as escolhas da ordem discursiva, o narrador (que sabe intervir) quanto os personagens (e o grau linguístico destes) estão bem coesos e coerentes com cada situação/contexto, devidamente abordados. Só mesmo um mestre da escrita sabe fazer isso muito bem.
As personagens têm inúmeros predicativos. Ester (educada); Horácio (calculista determinado); Dr. Virgílio (letrado); Dona Ana (valente); S. Badaró (cuidadoso); Margot (prostituta)...
Foi a primeira vez que li Jorge Amado, logo, posso afirmar que me arrependo de não ter o lido antes (Vou ler, indubitavelmente, outras obras dele). Um escritor da Casa, isto, brasileiro; que fala do seu povo, do seu país. Infelizmente percebo a literatura de J. Amado sendo mais prestigiada lá fora do que dentro do seu país. É isso né. Viva SÓ a literatura dos gringos! KKK... , pois a literatura brasileira é “chata”. Claro que não, tal pensamento, acerca da nossa literatura, não pode ser de um verdadeiro leitor.
O texto do escritor baiano foi construído para ser apreciado, analisado, refletido cuidadosamente, devido à grande narrativa que possui. Não é como certa “literatura-pipoca”, (ou qualquer outro nome do mesmo teor semântico) que tem aos montes por aí. Limitar-se tão-só a esse último tipo de leitura, creio que não seja bom.
Diante tudo, é preciso amadurecimento literário, saber da importância da contextualização histórica para “ler” um texto de J. Amado. Caso contrário, pode ser que a leitura não seja, por assim dizer, interessante, pois não é uma leitura “mastigável” com outras. Porém é recomendadíssima!
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Túlio 08/12/2015

Um agradecimento a esse magnífico autor
Terras do Sem Fim é o primeiro livro do autor que marca os seus romances do "ciclo do cacau". A história, como sempre, é cativante, prende o leitor desde suas primeiras páginas. Outro ponto forte são as personagens; marcantes, inesquecíveis e bem desenvolvidas.
O enredo, em si, trata-se das disputas pelas terras de Sequeira Grande entre os latifundiários da região: de um lado, o poderoso Coronel Horácio; do outro, os irmãos Badaró. Na trama, são apresentados outros personagens, como o esperto Capitão João Magalhães, a doce Ester e o ganancioso Virgílio.
Munido de críticas sociais, representadas por personagens sofridos e miseráveis, Jorge Amado consegue denunciar o tão aclamado "progresso" que ocorre nas terras do cacau. Progresso esse que ocorre, como o próprio autor afirma, graças à fértil terra cacaueira, "a terra adubada com sangue".
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Luhhh ^___^ 05/07/2015

Os grandes coronéis
Além de ser um romance bem escrito, nota-se a questão dos latifúndios comandados pelos poderosos coronéis os quais controlavam os jornais e a política na região. O que não mudou muito =P

"E o rico de hoje poderia ser o pobre de amanhã se um mais rico, junto com um advogado, fizesse um "caxixe" bem feito e tomasse sua terra. E todos os vivos de hoje poderiam amanhã estar mortos na rua, com uma bala no peito. Por cima da justiça, do juiz e do promotor, do júri de cidadãos, estava a lei do gatilho, última instância da justiça em ilhéus".

Ainda há lugares no Brasil que a liderança à bala, infelizmente, predomina.
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Dayara 14/06/2015

Terras do sem fim.
O livro foi escrito por Jorge Amado, a historia tem inicio em um navio chegando em Ilhéus trazendo pessoas ambiciosas e obcecadas, com promessas de enriquecer fácil naquela região.
Naquela cidade os advogados eram bem-vindo a região de ilhéus, os coronéis constatavam os advogados para poder fazer documentos falsos que atestavam a posse de determinado pedaço de terra ate que pertencesse a algum lavrador. Quando empunha alguma residencia a expulsão, o compones em geral era perseguido e morto por jagunços atocaiados nas estradas solitárias.
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Amanda 22/12/2014

Terras do sem fim é um romance estilo 'bang bang' americano, onde seus personagens são motivados pela ganância, poder e amor, sendo fielmente retratados de acordo com sua realidade, como a literatura naturalista deve ser.

A cultura do cultivo do cacau é o maior assunto no sul da Bahia, e em todo o estado só se ouve as histórias dos cabras que se aventuram nas matas

e lutam contra onças, cobras e uma misteriosa febre, para em dois anos voltarem mais ricos do que nunca. O cacau tem cor de ouro, dizem.

Aos redores de Tabocas, município de Itabuna, o representante político é o Sinhô Badaró, grande proprietário de terras, que, junto com seu irmão, Juca, anseia em aumentar sua propriedade ao anexar a grande região denominada Sequeiro Grande, que dizem possuir o melhor solo do mundo para o plantio de cacau. Mas ele não é o único. Da oposição política há Horácio, latifundiário rico que tem como ajuda um novo advogado, Virgílio, recém vindo de Salvador.

O que impede os Badarós de desbravarem a mata de Sequeiro é um pequeno fazendeiro, que apoia Horácio, recusando-se a vender suas terras que fazem divisa com o solo virgem. Após uma falha tentativa de assassinato do mesmo, uma guerra está para se iniciar, assim como grandes amores, doenças e traições. As beatas da igreja nunca tiverem tanta coisa para comentar.

Jorge Amado tem o dom de prender a sua atenção no texto, apesar de ele ser ‘antigo’ e ter aquela característica linguística do início do século passado. Muitas vezes desisto de alguns clássicos devido à dificuldade de compreensão, mas isso não acontece em seus livros. Além de que você aprende novas palavras: eu nunca saberia o que um parabellum é se não tivesse lido esta obra.

Outra coisa que me impressionou foi a forma de retratar a realidade dos personagens. Damião, o negro jagunço contratado para matar o fazendeiro, nunca se importou de matar. Mas assim que a semente de dúvida sobre o certo e o errado é posta em sua mente, o homem hesita e reflete sobre suas ações. Durante quatro páginas vemos como Damião processa o que lhe foi dito e vemos o conflito que se passa em sua mente. E não é muita gente que consegue retratar algo assim.

Não é nenhum ‘Capitães da areia’ da vida, e eu só li o livro por causa de um vestibular que pretendia fazer, mas não deixou de ser uma leitura construtiva para aumentar meu vocabulário ‘das antigas’, além de ser uma baita aula de escrita - ainda mais sobre a realidade humana, e como descrever afundo o pensamento de um personagem.

site: http://escritoseestorias.blogspot.com.br/2014/12/resenha-42-terras-do-sem-fim.html
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Priih | Blog Infinitas Vidas 28/05/2014

Muito bom!
O mais interessante em Terras do Sem-Fim é o desenvolvimento dos personagens. O livro tem uma abordagem Naturalista, utilizando-se do Determinismo – ou seja, o meio influenciando o sujeito – ao definir o comportamento de vários personagens. [...] A crítica social é excelente e a história é muito envolvente, já que existem muitas relações a serem abordadas graças ao conflito gerado pela posse de Sequeiro Grande. A quem tem interesse em clássicos nacionais, eis uma boa pedida.

Resenha na íntegra no blog!
Vamos conferir? =)

site: http://infinitasvidas.wordpress.com/2014/05/08/resenha-terras-do-sem-fim-jorge-amado/
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Lista de Livros 23/12/2013

Lista de Livros: Terras do Sem Fim, de Jorge Amado
“Nenhum tempo é melhor que o de escola; tempo em que o sonho é possível.”
*
“Os trabalhadores nas roças tinham o visgo do cacau mole preso aos pés, virava uma casca grossa que nenhuma água lavava jamais. E eles todos, trabalhadores, jagunços, coronéis, advogados, médicos, comerciantes e exportadores, tinham o visgo do cacau preso na alma, lá dentro, no mais profundo do coração... Não havia educação, cultura e sentimento que lavassem. Cacau era dinheiro, era poder, era a vida toda, estava dentro deles, não apenas plantando sobre a terra negra e poderosa de seiva. Nascia dentro de cada um, lançava sobre cada coração uma sombra má, apagava os sentimentos bons.”
*
Mais em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2008/08/terras-do-sem-fim-jorge-amado.html
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Franciely 09/05/2013

Surpresa
Eu nunca havia lido nada de Jorge Amado e esse livro me surpreendeu pelo contexto histórico que tem e por conseguir levar uma narrativa adiante com tantas personagens diferentes, visões diferentes baseadas nas personagens (pois cada um deles ganha seu devido destaque no livro e quando se fala da personagem as coisas são colocadas da maneira que ela vê).
Um livro muito recomendado pra quem gosta de história do Brasil e literatura de qualidade que gere uma reflexão e não somente entretenimento.
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Luiza 23/12/2012

Ester vai na garupa do cavalo, de onde veio ela? Virgílio solta a rédea, deixa que o cavalo corra. O vento corta seu rosto. Ester vai segura na sua cintura. Uma história de espantar. Irão para o fim do mundo, os pés livres do visgo de cacau mole que os prende ali... esse cavalo tem asas, irão para muito longe das cobras, das rãs assassinadas, para muito longe das roças de cacau, dos homens mortos na estrada, das cruzes iluminadas por velas nas noites de saudade. Pelos ares vai o cavalo negro sobre as roças, sobre as matas, sobre as queimadas e clareiras. Ester vai com Virgílio, gemerão de amor na noite de luar. Vão pelos ares, é desenfreado o galope do cavalo...
(...)
Nunca ninguém saberá que o último verso daquela história seria escrito nessa noite... Que importa a morte, um tiro no peito, uma cruz na estrada, se Ester vai com ele na garupa do seu cavalo negro para outras terras que não sejam essas terras do cacau? A música o acompanha como uma marcha nupcial. Uma história de espantar.
"Terras do Sem Fim", Jorge Amado
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Mais um delicioso livro de Jorge Amado que acabei de concluir! (o trecho acima foi, para mim, o momento mais belo do livro, com que mais me emocionei...)
A obra é inspirada na vida do pai do autor, que participou das lutas pela conquista e posse das terras cacaueiras no sul da Bahia e plantou a fazenda Auricina, onde nasceu o escritor. Quando menino, Jorge Amado testemunhou uma tocaia em que seu pai foi ferido gravemente.
O livro faz parte das obras que tratam do CICLO DO CACAU. Terras do Sem Fim é uma espécie de bangue-bangue à brasileira: dois poderosos proprietários rurais - os Badarós e Horácio Silveira - disputam a última reserva de mata nativa onde estão as terras mais férteis para o plantio de cacau.
A história tem a estrutura de folhetim - amores, sofrimentos, doenças, a dificuldade de sobrevivência em uma terra liderada à bala. Jorge Amado nos faz questionar sobre o certo e o errado, a verdade e a mentira, o amor e a traição. É fácil se afeiçoar às personagens...
É uma história bem contada, uma narrativa envolvente e talvez aquilo que fosse o objetivo do comunista Jorge Amado: a denúncia das condições de vida na região do cacau. O romance é poderoso.
Por fim, os enormes cocos de cacau que as lavouras do Sequeiro Grande produzem, um ano antes do normal, são explicados pelo adubo extra de sangue humano ali derramado em abundância como vaticinava o feiticeiro Jeremias...
Luhhh ^___^ 05/07/2015minha estante
Não sabia que foi inspirada na história do pai de Jorge Amado, esse livro é ótimo mesmo! O Jorge Amado escreve muito bem.




Israel145 07/09/2012

Terras do sem fim é um romance que trata do desbravamento de terras do município de Ilhéus/BA na febre do cacau. Narra a história da luta entre duas facções políticas, formadas por famílias rivais, os Badarós e o Coronel Horácio Silveira para a conquista da área de terra denominada de Sequeiro Grande, cuja finalidade é plantar cacau e ampliar suas riquezas, fato que vai fazer com que quem consiga o intento, vai dominar política e financeiramente a região.
Infelizmente o ritmo do livro é um pouco arrastado. Jorge Amado apresenta os personagens e o lugar de forma lenta, armando as situações, amarrando nomes e casos até mais da metade do livro e isso cansa um pouco. Tem personagem que aparecem no início da trama e só vai reaparecer quase no final, já tendo um papel de suma importância no romance. Em termo de construção dos personagens, Jorge Amado é um mestre em compor tipos marcantes. Cada personagem do livro é singular e tem suas características e personalidades bem definidas.
Outro ponto que me incomodou foi devido os fatos importantes acontecerem no fim do capítulo e ao invés de dar seqüência no capítulo seguinte, Jorge Amado prefere “cortar” pra outros fatos esfriando a trama e reiniciando tudo com o mesmo ritmo lento. A sensação que se tem é que o romance não tem um clímax.
A história em si é fabulosa. O tema do coronelismo é abordado de forma que o escritor mostra conhecimento do tema por ter vivido fatos do gênero. As tocaias, a violência, o desrespeito pelas leis e outros fatos são registrados tal qual como ocorrem, sem floreios e maquiagens. Os coronéis são mostrados como homens com uma dualidade espantosa onde ao mesmo tempo em que honram sua palavra, usam das sujeiras mais infames contra os adversários para atingirem suas intenções.
A edição da Record também não está legal porque o livro é estreito e tem muitas páginas (300) e confere um desconforto pra segurar porque tem que forçar pra abrir bem as páginas já que quase não dá pra ver a margem interna das folhas.
Pra encarar esse aqui tem que ter muita força de vontade, gostar de Jorge Amado e não ser do tipo que encerra uma leitura no meio.
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Egídio Pizarro 07/08/2012

A história começa num ritmo estranho, por vezes repetitivo demais, e demora a embalar. Quando o faz, até se torna uma boa leitura.
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