Sueli 01/11/2013
Nem O Palhaço Escapou
Pois é, caro leitor, o impensável aconteceu... Encontrei um livro da minha diva adorada que não mexeu comigo. Se bem que tenho certeza que o motivo do meu desinteresse tenha ocorrido porque Uma Paixão Indomável, esteja entre os primeiros livros publicados de Nora Roberts.
Contudo, como sendo Nora detentora de um crédito imenso com essa leitora que vos escreve, o fato serviu para que eu pudesse admirar o longo caminho percorrido por Roberts até chegar aos romances que hoje em dia me fazem suspirar de emoção.
Meu primeiro desconforto foi o cenário onde se passa a ação – Um circo! Aí você me pergunta – Como pode alguém tão viciada em fantasia como você não gostar de circos? Esclareço com prazer: Adoro circos! Só tenho restrições a circos que exibam números com animais! Principalmente animais selvagens. Louvo as autoridades que sabiamente redigiram e colocaram em vigência leis proibindo tais espetáculos de exibirem números artísticos com animais selvagens, sem que houvesse prejuízo para essa classe circense. O Cirque Du Soleil não me deixa mentir.
Mas, vamos deixar de nhém, nhém, nhém e partir para os finalmente.
Jovilette é uma treinadora de grandes felinos. Treinadora e não domadora, como a própria personagem faz questão de salientar, pois a mesma esclarece que um gato selvagem jamais permitiria ser domado, além do que isto tiraria a dignidade desses animais lindos e majestosos. Como se o chicote e a extração de suas garras contribuíssem muito para manter o orgulho natural de seus leões!
Seguindo: Jo, como é chamada, trabalha no circo desde criança, e quando perdeu seus pais em um incidente que não ficou muito claro no texto, assumiu o lugar de seu pai como treinadora. Após a morte de seu amigo Frank, proprietário do circo, Jo fica sabendo que seu filho deverá assumir a propriedade do mesmo.
Essa decisão faz com que Jo sinta-se desconfortável, já que Keane Prescott, desde que foi levado embora por sua mãe, há trinta anos, jamais voltou a visitar ou até mesmo entrar em contato com seu pai. Enquanto Frank, seu pai, acompanhou o sucesso da carreira de advogado de seu filho através das notícias dos jornais.
Porém esse conflito inicial foi rapidamente diluído, e todos os outros resolvidos sem muita coerência ou maiores elaborações. O casal principal, em minha opinião, não conseguiu a magia que se seguiu em todos os livros que li de Nora Roberts, e algumas tramas paralelas terminaram em becos sem saída, até mesmo aquela que levou ao altar a simpática Rose.
O livro serve para divertir, mas sem nenhuma expectativa de encontrarmos a emoção e o carisma que é a característica principal de Nora Roberts.